quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Doenças mais frequentes relacionadas ao uso de próteses totais


O uso de Pts (Próteses totais) pode acarretar em uma série de patologias levando a alterações nos tecidos de suporte e nos demais tecidos a sua volta.

Quais são as principais patologias?

Reabsorção do rebordo residual




Apos extrações dentárias, uma cascata de respostas inflamatórias é imediatamente ativada e os alvéolos são temporariamente preenchidos pelo coágulo sanguíneo. Os tecidos epiteliais iniciam sua proliferação e migração na primeira semana, restaurando rapidamente sua integridade. Evidências histológicas de formação ativa do osso podem ser encontradas na parte mais profunda do alvéolo, duas semanas após as extrações. O alvéolo vai ser então progressivamente preenchido por novo tecido ósseo por seis meses. Com esse padrão de deposição óssea o tamanho do rebordo residual é reduzido mais rapidamente nos seis meses, mas a remodelação óssea continua por toda a vida, o que pode resultar em grandes perdas de estrutura no rebordo remanescente. Adicionalmente quando o tecido ósseo para de receber estímulos mecânicos deixa de manter o equilíbrio entre osteoclastos e osteoblastos que pode resultar também em perda de massa óssea, chamada de atrofia por desuso, além também de pressões exageradas em áreas específicas podem acarretar também em reabsorção.

Hiperplasia fibrosa inflamatória ou Epúlide Fissurada





É comum surgirem úlceras traumáticas nos primeiros dias após a instalação de uma PT(Prótese total). Essas úlceras geralmente ocorrem por sobreextensões da base da prótese por pontos de pressão exagerada sobre a base da prótese ou por alguma interferência oclusal grosseira que faça a prótese se movimentar horizontalmente durante a mastigação ferindo a mucosa subjacente. Essa resposta da mucosa a permanente irritação crônica pode levar a hiperplasia fibrosa inflamatória ou epúlide fissurada.

Candidíase Eritematosa ou candidíase atrófica crônica



Muitos usuários de Pts(Próteses totais) desenvolvem uma resposta inflamatória na mucosa relativa a área de suporte das próteses especialmente no palato. As lesões podem ser localizadas ou difusas e apresentam-se com superfícies lisas e\ou papilomatosa. Uma das causas dessas lesões são a má higienização, que permite que se estabeleçam as condições para a proliferação de micro-organismos  principalmente Candida albicans.

Referência:

TELLES, Daniel. Prótese Total Convencional. São Paulo: Santos, 2011.



  


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Dimensão Vertical de Oclusão (DVO)






Para se entender o que é (DVO), você leitor precisa entender o que é dimensão vertical (DV).

O que é Dimensão Vertical?

Pode ser definida como altura do terço inferior da face ou relação espacial da mandíbula em relação a má xila no plano vertical. Sendo que a essa altura se inclui o espaço funcional livre (EPL), que nada mais é do que o espaço existente entre os dentes quando a mandíbula estar em repouso.

O que é Dimensão Vertical de Oclusão (DVO)?

Pode ser entendida como a relação vertical da maxila com mandíbula em oclusão, ou seja, com contatos dentários, sem o espaço funcional livre (EFL).

Quais são os métodos para se obter a Dimensão Vertical de Oclusão(DVO)?

Através dos Métodos métrico, fonético,fisiológico,estético.

Como utilizar cada um?

Método métrico - É feito através do compasso do Willis, a parti desse instrumento se mensura a distância do canto externo do olho até a comissura labial, depois diminui 3 a 4 mm que corresponde ao espaço funcional livre, então se obtém a (DVO)..

Método fisilógico - O paciente deve  desencostar da cadeira para manter sua própria postura, isso deve levar a mandíbula a posição de repouso depois de algum tempo, pode-se pedir para o paciente deglutir para se verificar a posição de retorno da mandíbula para posição inicial confirmando assim a posição de repouso, em seguída se mensura a (DV) com o compasso de Willis, subtrai 3 a 4 mm que corresponde ao (EFL) então se obtém a (DVO).

Método estético - Esse método se baseia na reconstituição facial para a obtenção da (DVO). Assim o ponto básico é a obtenção da harmonia do terço inferior da face com as demais parte do corpo, sendo necessária bastante experiência.

Método fonético - Solicita-se que o paciente emita sons sibilantes como "Mississípi", enquanto se observa o movimento da mandíbula formando um espaço interoclusal denominado espaço funcional de pronuncia (EFP). Esse método é utilizado para aferir a funcionalidade da (DVO) .

* A melhor forma de obter a (DVO) é através da combinação dos diversos métodos.

Referência:

TELLES, Daniel. Prótese Total Convencional. São Paulo: Santos, 2011.




sábado, 17 de dezembro de 2016

Síndrome da Combinação

Você sabe o que é " Síndrome da Combinação"?

Quando o paciente é edêntulo total superiormente, ou seja, na maxila e dentado inferiormente com extremidades livres posteriores bilateralmente na mandíbula, podem ocasionar um conjunto de alterações. O grupo formado por essas alterações é chamado de "Síndrome da Combinação".

Quais são essas alterações?

Perda do suporte ósseo sob a base da PPR, ou seja, na mandíbula.



Reorientação espacial da porção anterior da mandíbula.


Reabsorção óssea da porção anterior da maxila.



Hiperplasia Inflamatória do palato duro e do fundo de vestíbulo.





Alterações periodontais.


Crescimento das tuberosidades da maxila.



Referência:

TELLES, Daniel. Prótese Total Convencional. São Paulo: Santos, 2011.



Estágios de Nolla

Esse são os estágios de Nolla, com essas referências você pode saber,por exemplo, o período para colocar mantenedores de espaço ou um tratamento endodôntico em crianças.

Nolla dividiu o desenvolvimento dos dentes permanentes em 10 estágios:




sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Periodontal Screening and Recording (PSR) ou Registro Periodontal Simplificado (RPS)

Em 1992, a Associação Dental Americana (ADA) em associação com a Academia Americana de Periodontologia (AAP), sob o patrocínio da Procter & Gamble, desenvolveram o Periodontal Screening and Recording (PSR) ou Registro Periodontal Simplificado (RPS), uma modificação do CPITN8.
O RPS tem sido amplamente difundido, devido ao seu objetivo de avaliar de forma rápida e simples as condições periodontais dos indivíduos, tanto para identificar a saúde periodontal como problemas periodontais. Para tal exame, a boca é dividida em sextantes e a sondagem é realizada em 6 pontos para cada dente: mésio-vestibular, médio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual/ palatino, médio-lingual/palatino e disto-lingual/palatino, sendo anotado em uma ficha clínica (Figura 1) o escore mais alto do sextante8.



A sondagem é realizada através de uma sonda periodontal (Figura 2) modelo 621 determinada pela OMS (WHO-621), a qual apresenta em sua extremidade uma esfera com 0,5mm (considerada atraumática e de maior confiabilidade na detecção de sangramento gengival) e, uma faixa colorida presente entre as mensurações de 3,5 a 5,5mm9.



A faixa colorida é a base para determinação dos códigos, que variam de 0 a 4, os quais o RPS estabelece como forma de avaliação da condição periodontal do paciente. Anteriormente, a sondagem era realizada em seis sítios, nos chamados "dentes-índices" de cada sextante (dentes-índices: 17-16, 11, 27-26, 37-36, 31 47-46), os quais eram tidos como dentes representativos daquela região oral. Para efeito de análise é considerado para cada sextante o código de maior valor7. Contudo, outros autores preconizam a técnica de que todos os dentes presentes devem ser examinados nos seis sítios, registrando na ficha clínica apenas o código mais grave referente ao sextante10. Ressalta-se que todos os dentes devem ser examinados individualmente, até mesmo os implantes5. Um estudo comparando a utilização do RPS segundo o método de registro ("dentes-índice" ou todos os dentes) sugeriu a aplicação deste índice através do método total, onde todos os dentes dos indivíduos devem ser examinados.





Fonte: 

Mylena Rafhaele Gomes de Oliveira I; Marcia Rosana Farias de Oliveira II; Jussiara Élcia Gomes Rodrigues II; Eduardo Sérgio Donato Duarte FilhoIII. RPS (REGISTRO PERIODONTAL SIMPLIFICADO): MÉTODO RÁPIDO E SIMPLES NA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DA DOENÇA PERIODONTAL. Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.14 no.1 Recife Jan./Mar. 2015

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Classificação de Dentes Inclusos e Impactados

Classificação de Winter:
1- Vertical 2-Mesioangular 3- Distoangular 4-Horizontal 5-Vestibulo-angular 6- Linguo-angular 7- Invertido



Classificação de Pell e Gregory


Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?

Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?


Como calcular o volume máximo de uma solução anestésica:



Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: concentração do anestésico na solução, doses máximas recomendadas e peso corporal do paciente.

Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 mL de solução, ou 20mg/mL. Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg, 30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução.
Exemplificando:

Solução de lidocaína a 2%
Contém 2g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL
20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg

Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36 mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%.



Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal


Dose máxima para um adulto com 60kg
60 x 4,4 = 264 mg

264 mg ÷ 36 mg = 7,3 tubetes

Portanto, o volume máximo de suma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60 kg, é equivalente ao contido em aproximadamente 7 tubetes.


Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)

Anestésico Local
Dose máxima (por kg peso corporal)
Número de tubetes (1,8 mL) para adultos com 60kg
Máximo absoluto (independente do peso)
Lidocaina 2%
4,4 mg
7
300mg
Lidcaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300 mg
Mepivacaina 2%
4,4 mg
7
300 mg
Mepivacaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300mg
Articaína
7 mg
5 e meio
500mg
Prilocaina 3%
6 mg
6 e meio
400mg
Bupivacaina 0,5%
1,3 mg
8 e meio
90mg

 
Fonte: "Terapêutica Medicamentosa em Odontologia" Eduardo Dias de Andrade.