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Clareamento de consultório
A aplicação em consultório permite uma resposta mais rápida com a utilização de agente em maior concentração. Exige mais tempo de atendimento clínico e, portanto, maior custo. Contudo, muitas vezes necessita-se de apenas uma consulta. Apesar de ser mais indicado para um ou pequenos grupos de dentes, também é usado no clareamento de todos os dentes. Neste caso, o profissional pode optar pelo uso de uma moldeira com peróxido de hidrogênio a 7,5%. Porém, nesta técnica, o uso mais comum é de peróxido de hidrogênio a 35%4. Na clínica, inicialmente faz-se o registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor e fotografias para possibilitar o acompanhamento da evolução do tratamento. Em seguida, protegem-se os tecidos moles com aplicação de vaselina sólida, criando uma segunda barreira entre o dique de borracha e o dente, evitando uma eventual infiltração. Faz-se um isolamento absoluto dos dentes que receberão o clareamento. Após isso, realiza-se um ataque ácido do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos. Este passo da técnica é facultativo. A aplicação do agente deve-se iniciar pelos dentes mais escuros ou pelas porções mais manchadas do mesmo dente. Os dentes, então, são generosamente lavados com água, assim como todo o lençol de borracha, dos resíduos do clareador. A forma em gel facilita o manuseio, principalmente quando se quer aplicar numa área específica em um mesmo dente, logo permite um maior controle pelo profissional. Normalmente, faz-se necessário duas a três consultas para ser obtido um resultado satisfatório e, em casos mais graves como os de tetraciclina, até 6 consultas podem ser empregadas. Nos casos em que não houver sensibilidade, deve-se respeitar um intervalo de uma semana entre as sessões. Caso contrário, esse intervalo deve ser maior, de quatro a seis semanas4. Vale ressaltar que essa técnica tende a apresentar maior hipersensibilidade que a caseira, já que o peróxido de hidrogênio puro atinge a polpa em maior concentração que o peróxido de carbamida, e o emprego de luz — principalmente a halógena — aumenta a temperatura intrapulpar, influenciando no nível de sensibilidade do paciente. Vantagens: utilização de materiais facilmente encontrados no mercado, maior controle da técnica — pois não depende da colaboração do paciente — , maior controle dos locais de aplicação (principalmente nos locais de retração gengival, propícios à formação de hipersensibilidade). Desvantagens: necessita de um tempo maior de atendimento, é indispensável o uso de dique de borracha para proteger tecidos moles, não age em manchas escuras como a derivadas de tetraciclina, nem em dentes que apresentam restaurações extensas, contra indicados a gestantes e lactantes, pacientes com irritações gengivais severas, fumantes e em pacientes em condições pré-cancerígenas.
Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.