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sábado, 15 de fevereiro de 2020

O que é Prótese Total?

O que é Prótese Total?


Próteses totais, popularmente conhecidas como dentaduras, são substitutos para os dentes ausentes que podem ser retiradas e recolocadas na boca.
Embora leve algum tempo para que a pessoa consiga se habituar a utilizá-las, e embora nunca sejam exatamente iguais aos dentes naturais, atualmente elas oferecem uma aparência mais natural e maior conforto quando comparadas a aquelas de alguns anos atrás. No caso de próteses totais, uma base acrílica da cor da mucosa bucal se apoia sobre sua gengiva. A base da prótese superior cobre todo o palato (céu da boca), enquanto que a prótese inferior é confeccionada na forma de uma ferradura, a fim de permitir espaço livre para acomodar sua língua.
As próteses são feitas sob medida em laboratorio, a partir de moldes tirados de sua boca. O dentista irá determinar qual dos três tipos de próteses descritas abaixo é o melhor para você:
Prótese Total Definitiva: A prótese total convencional é colocada em sua boca depois que os dentes remanescentes foram extraídos e os tecidos cicatrizarem. A cicatrização pode demorar vários meses durante os quais você poderá ficar sem dentes.
Prótese Total Imediata: A prótese total imediata é instalada imediatamente após a extração dos dentes remanescentes. O dentista tira as medidas e faz as moldagens de seus ossos maxilares durante a consulta. A razão para isto é que o osso no qual os dentes estavam inseridos sofre uma mudança após a cicatrização, fazendo com que a prótese fique sem estabilidade.

Por que devo utilizar uma Prótese Total?



O seu principal objetivo é a reabilitação bucal, em todas as suas funções: estática, fonética e mastigação. Repõe ou restaura de forma indireta os dentes ausentes ou perdidos

O que fazer para utilizar uma Prótese Total?


Sua confecção se inicia através da moldagem das arcadas dentárias. Tais modelos são montados em laboratório para a montagem dos dentes de maneira que respeite a oclusão (mordida) de cada paciente. Os dentes utilizados são feitos em resina acrílica especial.
É realizado o envio dos moldes para o técnico em próteses dentárias(protético). Depois de pronta a prótese, algumas consultas são necessárias para determinação da altura, tamanho e formato dos dentes, sendo sempre todas as etapas acompanhadas pelo dentista. O tempo de vida útil de uma prótese total não é eterna e, como todas as próteses dentárias, devem ser substituídas periodicamente. O tempo adequado para se trocar uma dentadura é de 5 a 7 anos (no máximo). Após esse período, além da quantidade de bactéria que passa a residir na prótese e a pressão contra a mucosa (gengiva e osso alveolar), pode existir perda óssea severa e até câncer bucal.

Alguns cuidados após a instalação da Prótese Total:


– O período de adaptação com a nova prótese é muito importante, você terá que reaprender a falar e se alimentar, evite alimentos muito duros ou carnes com muitas fibras;
– Em muitos casos, a dentadura inferior não pára na boca e a reabsorção da gengiva impede a estabilização da prótese dentária. Caso o paciente não se acostume com esta situação, o ideal é começar a se pensar em utilizar uma prótese total sobre implantes, como a overdenture.
– É muito importante que a prótese não lhe machuque. É comum a necessidade de se voltar dentista para realizar determinados ajustes;
– Quando fora da boca, guarde sua prótese num recipiente com água. A dentadura foi feita para ficar em ambiente úmido, caso contrário ela poderá ressecar e quebrar facilmente;
– Higienize diariamente sua prótese com uma escova dental macia. Também é indicado massagear a gengiva e o palato (céu da boca) para promover a circulação sanguínea e remover placas bacterianas aderidas à mucosa.

Quais os riscos de eu não utilizar uma Prótese Total?


A não reposição de dentes perdidos, utilizando uma dentadura, pode acarretar uma série de complicações, entre as quais:
– Modificação na mordida;
– Desconforto na articulação;
– Problemas estéticos;
– Perda da autoestima;
– Problemas digestivos;



domingo, 22 de dezembro de 2019

Placas Miorrelaxantes

 

Placas Estabilizadoras ou Miorrelaxantes Lisas:
São geralmente confeccionadas em resina acrílica termopolimerizavel ou em resina acrílica autopolimerizável podendo ser instalada no arco superior ou inferior.
Podem ser de cobertura total ou parcial.
As de cobertura parcial cobrem apenas os dentes posteriores (placa de Gelb ) ou os dentes anteriores (“front “plateau”). A desvantagem dessas placas é que podem levar à extrusão dos dentes que ficam em infra-oclusão.

Segundo Clark 1984, o aparelho comumente usado para impedir a oclusão dos dentes é uma placa estabilizadora de cobertura total de acrílico rígido, ajustada para se obter contatos múltiplos, simultâneos e estáveis com os dentes antagonistas e com uma guia nos dentes anteriores que permite a desoclusão dos dentes posteriores nos movimentos excursivos.

Esse aparelho deve ser ajustado semanalmente para acompanha o reposicionamento da mandíbula em relação cêntrica, o que é conseguido após o relaxamento dos músculos mastigatórios e a estabilização da ATM.

Nos movimentos de lateralidade os caninos devem desocluir os dentes posteriores e no movimento protrusivo os dentes anteriores devem desocluir os posteriores.
Indicações:

O objetivo do tratamento é eliminar a má oclusão que contribui para desordem temporomandibular. Essa placa é indicada para desordens musculares tais como contratura, espamos e miosites.
Pode ser indicada também para pacientes com sinais e sintomas advindos de trauma oclusal (artrite traumática), desordens inflamatórias (capsulites, sinuvites), atividades parafuncionais como bruxismo e apertamento.

Atividades profissinais que induza estresse emocional podem se beneficiar com o uso dessa placa.


Ajustada para se obter:
-
Contatos múltiplos e simultâneos.
 (os dentes antagonistas devem tocar na placa simultaneamente e bilateralmente)
-Estáveis
- Confeccionar guia anterior para protrusão com desoclusão dos posteriores.
- Guia Canina.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Resumo FLÚOR

Resumo FLÚOR

FORMAS DE USO DO FLÚOR:
Uso sistêmico:
- Água fluoretada: 60% na redução da cárie.
- No Brasil 0,7 ppm de flúor. (1ppm = 1mg/L)
Uso tópico:
autoaplicação: dentifrícios e enxaguantes.
uso profissional: géis e vernizes.
USO TÓPICO:
*Dentifrícios:
Reduz a cárie ao redor de 24%
Colgade: 1.450 ppm (1.450mg/l)
Sorriso: 1450. PPM
Close-up: 1.450 PPM
obs: Para crianças indicar de 500 a 1.100 PPM
*Enxaguantes:
Vantagens: útil em programAs de saúde pública, supervisionado por pessoal treinado.
Uso diário: 225 ppm de Flúor.
Uso diário semanal: 900 ppm de flúor.
Quantidade de 7 a 10 ml.
Contra-indicado para menores de 6 anos.
APLICAÇÃO TÓPICA PROFISSIONAL
GEL:
Basicamente duas formas são utilizadas:
-NaF a 2% (9.000 ppm de Flúor) com pH neutro.
- FFA: Fluorfosfato Acidulado 1,23% (12.300 ppm de flúor), pH ao redor de 3,5 tem sido o mais utilizado devido a maior concentração e ácido formando mais CaF2.
Exceções para indicar esses materiais é em pacientes que apresentam restaurações estéticas (manchamento das restaurações), nesses casos é indicado com pH neutro.
Vernizes:
São produtos de alta concentração, liberam o flúor mais lentamente que os géis, liberação que dura até 12 horas.

- Verniz neutro de NaF, contendo 2,26% de Flúor, equivalente a 22.600 ppm de flúor. (Duraphat, Fluorniz, Duraflou, Biophat) e outro composto de fluorsilano com pH acidulado com 0,1 % de flúor ou seja 1000 ppm de flúor (Fluorprotector)
CONCENTRAÇÕES:
Água fluoretada: 0,7 ppm
Dentifrícios: 1.000 a 1500 ppm.
Enxaguantes:
NaF 0,05% (0,025% de Flúor) 225 ppm F
NaF 0,2 % 900 PpmF
Gel: NaF a 2% (9.000 ppm)
FFA (12.300 ppm)
Vernizes: NaF 2,26% de flúor (22.600 ppm)
Com pH acidulado (1000ppm)
TOXICIDADE DO FLÚOR:
DPT (Dose provavelmente tóxica)
DPT= 5mg F/kg
DCL (Dose certamente Letal)
DCL = 32 a 63mgF/kg
DST (Dose sguramente Tolerada)
DST= 8 a 16 mgF/kg

EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA CÁRIE


EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA CÁRIE

Conceito: Estuda os fatores que determinam a freqüência e a distribuição das doenças em grupos de pessoas, e a aplicação desse estudo para o controle dos problemas de saúde.

Indicadores de saúde:
- Índices: indicam a freqüência com que ocorrem certas doenças e eventos na comunidade, podendo incluir ou não, uma indicação do grau da severidade da doença.

Os índices são usados em estudos de prevalência e incidência.

-Prevalência: Frequência de casos de uma doença, existente em um dado momento.
É uma medida estática, casos existentes detectados através de 1 única observação.

-Incidência: Frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo.

-Índice: sempre expressa por valores numéricos.

-Indicadores: Podem incluir tanto índices quanto informações qualitativas ex: condições de vida, acesso a serviços de saúde etc..

UM INDICADOR DEVE SATISFAZER OS SEGUINTES CRITÉRIOS:
Aceitabilidade: ser prático e aceitável para o paciente.
Clareza simplicidade e objetividade: memorizar fácil regras e critérios sem perda de tempo.
Pertinência: ter relação com a doença estudada.
Confiabilidade: ser padronizado e confiável para permitir comparações.
Análise estatística: permitir a quantificação numérica e a análise estatística.

ÍNDICE CPO.D (C: cariado, P: perdido, O: obturado/ D: dente)
No índice é possível perceber a história anterior da doença (P.O) e a história atual da doença (Ei: extração indicada e C: cariados).
Obs: os componentes (Ei) + (E) formam no conjunto os dentes “perdidos” (P).

Critérios para exame:-É considerado como cariado “C”:
1- Que apresenta lesão clínica óbvia. Existe uma cavidade definida, em que o próprio exame visual é suficiente para diagnosticar.
2- Evidência de esmalte socavado.
3- Em sulcos e fissuras com retenção do explorador, desde que exista dentina amolecida ou opacidade de esmalte.
4- Em faces proximais se o explorador prente.
5- Em casos que o explorador penetra entre dente e restauração.
6- Quando houver restauração deficiente com infiltrações ou fraturas.

- É considerado como extraído “P”:
1- Ausente da boca depois do período em que normalmente deveria ter feito sua erupção, em decorrência da doença cárie.

- É considerado como extração indicada (EI)1- Que apresente cavidades abertas e sinais óbvios de exposição ou morte pulpar;
2- Que apresente lesão profunda, próxima a polpa, em que tudo leve a crer que a polpa será exposta quando se intencionar preparar uma cavidade para posterior restauração.

- É considerado como OBTURADO “O”
1- Apresenta uma coroa artificial em bom estado;
2- Apresente uma ou mais restaurações com material restaurador definitivo (resinas, ionômero, ouro, ligas...) sem reincidência de cárie.

- Observações Importantes:

Dente hígido: é o dente íntegro.
Dente erupcionado:
1- Incisivos e caninos: comprimento da coroa pelo menos = a largura.
2- Pré-molares: toda superfície oclusal exposta.
3- Molar: 2/3 da superfície oclusal exposta.
Não se consideram extraídos os dentes ausentes congenitamente (anodontia) e os extraídos por razões ortodônticas ou em decorrência de acidentes traumáticos.

-Dente ausente: quando decíduo não mais se encontrar na cavidade bucal e o permanente ainda não fez sua erupção. Neste caso o permanente é que está ausente.

- ESCORES:- Muito baixo: 0,0 s 1,1
- Baixo: 1,2 a 2,6
- Moderado: 2,7 a 4,4
- Alto: 4,5 a 6,5
Exercícios:

C.E.O – ADAPTAÇÃO DO CPO.D PARA DENTIÇÃO DECÍDUA
Representa a média de dentes decíduos para criança:
- C: cariados.
- E: extração indicada.
- O: obturados.
Obs: O máximo c.e.o para criança é 20.

CPO.S – Adaptação do CPO à unidade superfície dentária.
Representa o nº médio de superfícies CPO por indivíduo
Cada dente é considerado como sendo possuidor de 5 superfícies.
O número Max. CPO.S por pessoa é de 140.

IHO.S – ÍNDICE DE HIGIENE ORAL SIMPLIFICADO
Propósito de: 1- Estudar a epidemiologia da doença periodontal;
2- Verificar a eficiência de métodos de escovação;
3- Verificar os efeitos de programas de educação de saúde bucal.
Técnica:
* Utilizar substâncias evidenciadoras de placa bacteriana (Fucsina básica, eritrosina)
* Examinamos apenas algumas superfícies específicas de dentes selecionados:
- São elas: Vestibular do 16, Vestibular do 11, Vestibular do 26, Lingual do 36, Vestibular do 31 e Lingual do 46.

IBV – ÍNDICE DE BIOFILME VISÍVEL

ISG – ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL.Tem como função verificar áreas com necessidade de tratamento periodontal e hábitos de higiene dental do paciente.
Técnica: sonda milimetrada + espelho + rolete de algodão.
Sonda deve percorrer de distal para mesial dos dentes de posterior para anterior na região vestibular e lingual.

FATORES QUE INTERFEREM NA EPIDEMIOLOGIA DA CÁRIE:
1 – Idade 2- Sexo 3- Grupo étnico 4- condições sociais.

Idade: correlação positiva entre a doença e idade.
*Períodos alternados: Exacerbação aguda, inatividade, período de progressão lenta.

Sexo: >prevalência no sexo feminino até os 18 anos.
Hipótese: dentição erupciona mais cedo.

Grupo étnico: confundidor, a prevalência independe do grupo étnico.
hábitos semelhantes = prevalência semelhantes.

Condições sociais: não apresenta variações em termos de prevalência
Indica a existência e a eficiência de cuidados de saúde bucal.

ESCORES PARA CPO.D – WHO PARA IDADE DE 12 ANOS:
Muito baixo: 0,0 e 1,1
Baixo: 1,2 a 2,6
Moderado: 2,7 a 4,4
Alto: 4,5 a 6,5
Muito alto: acima de 6,6.

PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL:
Objetivos:
-Fazer diagnóstico de saúde bucal da população brasileira.
- Traçar comparativo com a pesquisa SB Brasil 2003.
- Avaliar impacto do programa  Brasil sorridente.
- Planejar ações de saúde bucal para próximo ano.

SB BRASIL 2010:Pesquisa realizada em 177 municípios (26 capitais e o DF, 30 municípios de cada região do país)
Entrevistas e exames bucais em 38 mil pessoas divididas em 5 grupos etários:

- 5 anos (crianças)
- 12 anos (crianças)
- 15 a 19 anos (adolescentes)
-35 a 44 anos (adultos)
- 65 a 74 anos (Idosos).

Diagnóstico da Cárie Dentária.


 



Cárie Dentária

A cárie dentária é uma doença multifatorial, sacarose-dependente (açúcar-dependente), que se desenvolve a partir de um processo dinâmico e lento, sendo produto direto da variação contínua do pH, que por sua vez desencadeia o mecanismo de desmineralização e remineralização da estrutura dentária de forma desiquilibrada.
Vale ressaltar, que o seu desenvolvimento requer um hospedeiro susceptível, uma microbiota específica e uma dieta cariogênica e interagindo em condições críticas, por um determinado período de tempo.
As características ideais de um método de diagnóstico da cárie são as seguintes: ser confiável, preciso e seguro, capaz de influenciar a escolha do tratamento a ser executado, possuir um baixo custo, ser de fácil utilização diária e aplicável a todos os sítios dentários, diferenciar lesões reversíveis de irreversíveis, superar qualquer risco associado ao seu uso, ser capaz de identificar as lesões incipientes, possibilitar uma melhor reprodutibilidade e evitar a grande variação individual, facilitar o treinamento e calibração dos examinadores, ser acessível e confortável ao paciente. Entretanto um método que reúna todas essas almejadas características não existe, de maneira que deve-se selecionar os meios mais apropriados para cada situação.
Em seu estágio inicial, a lesão de cárie denomina-se de mancha branca e pode apresentar-se nas formas ativa/aguda ou intativa/crônica. Quando em atividade também conhecida como lesão cariosa incipiente, que assume forma branca opaca e rugosa. Neste estágio, a doença possui natureza reversível, sendo fundamental um diagnóstico precoce e preciso. Deste  modo, com a melhora da higiene bucal, alteração da dieta e/ou terapêutica com flúor pode se tornar inativa ou crônica caracterizando-se por uma superfície de esmalte brilhante lisa ou polida.
Os critérios utilizados para a identificação das lesões de cárie inativa e ativa em dentina são os de Miller (1959), que descreve que na lesão ativa a cor da camada superficial é de pigmentação clara com consistência macia, friável (quebrável), massa necrótica; normalmente é sensível ao frio, a doces e a ácidos; o progresso é rápido, geralmente expõe a polpa; o tipo de dentina sob a camada superficial é sensível, descalcificada. Já a lesão inativa possui pigmentação escura,  consistência dura e até mesmo ebúrnea (marfim), seu progresso é lento, intermitente e a dentina subjacente é assintomática, esclerótica e pigmentada.
Frequentemente, a lesão cariosa ativa ao atingir a dentina vem acompanhada de mancha branca ativa nos bordos e rápida progressão. Esta lesão deve receber atenção clínica imediata, de modo que o tecido infectado, mais amolecido, seja removido e a restauração realizada com o objetivo de impedir a progressão da lesão e converter a sua atividade de aguda para lesão menos progressiva (crônica), devendo-se evitar a remoção excessiva do tecido dentinário. Desta forma, o tratamento de uma lesão inativa, consiste no acompanhamento da lesão, ou ainda, na curetagem superficial sem a remoção do tecido escurecido e restauração.
Métodos tradicionais de Diagnóstico da Cárie Dentária

Os métodos mais utilizados pelos CD no diagnósticos das lesões de cárie são os exames visual e tátil, tanto por sua facilidade, como pela sua falta de familiarização com os métodos alternativos. Em seguida, vem a radiografia interproximal e a separação temporária dos dentes com recursos auxiliares ao diagnóstico de lesões de cárie.
Inspeção Visual:

Este método baseia-se no registro de mudanças de coloração e configuração anatômica da superfície examinada, permitindo, com o auxílio do exame tátil, a diferenciação entre lesões ativas e inativas. Contudo, a técnica visual é pouco sensível e incapaz de revelar pequenas lesões proximais, devido ao fato de a visualização desta superfície ser impossibilitada pelo contato anatômico dos dentes adjacentes. Embora, seja possível a observação de uma sombra azul/cinza na superfície oclusal ou no bordo marginal, indicando a presença de uma lesão proximal e/ou oclusal envolvendo dentina.
Para uma boa visualização clínica das lesões é de fundamental importância superfícies dentárias limpas, secas e bem iluminadas. Aspectos como textura, brilho e coloração das lesões são características relevantes para a diferenciação das lesões ativas e inativas.
Em relação as superfícies dentárias livres, a inspeção visual é o método que oferece melhores resultados, pelo fato de, muitas vezes, se tratar de áreas acessíveis à observação clínica, permitindo a fácil visualização de manchas brancas (cárie em estágio inicial).
Corante:
Correspondem a recursos utilizados por CD, para auxiliar a remoção do tecido cariado a ser removido. No entanto, estudos demonstraram que os corantes não são eficientes na diferenciação de dentina infectada (deve ser removida) e afetada (não deve ser removida), podendo corar tecido dentário hígido.
Sondagem:
Durante muito tempo, o sinal tátil de resistência ao se retirar a sonda exploradora era considerado como sinônimo de presença de cárie. Contudo, este procedimento não é mais aconselhável, pois a própria morfologia da superfície oclusal pode reter a sonda, e não devido à presença de cárie, ademais pode fraturar esmalte desmineralizado, favorecer a progressão da doença e transmitir as bactérias de um sítio ao outro.
O uso da sonda exploradora no método visual-tátil de detecção de cárie mostrou-se desaconselhável por ser um procedimento invasivo e transmite microorganismos cariogênicos a outros dentes da cavidade oral.
Quando utilizada, a sonda deve possuir a ponta romba e ser manuseada sem pressão, objetivando a remoção do biofilme superficialmente ao tecido dentário de modo a viabilizar o diagnóstico visual e/ou para tatear o contorno e fundo das cavidades presentes avaliando a possível condição e extensão da lesão.
Radiografia Interproximal:
Em se tratando de lesões cariosas em áreas de difícil acesso, como em superfícies proximais e dentes posteriores, o método tátil-visual apresenta limitações sendo necessário o auxílio da imagem radiográfica, principalmente a radiografia interproximal.

Constituindo este, o método auxiliar de maior fidedignidade para o diagnóstico da cárie proximal, lesões oclusais ocultas, cavidades subgengivais, além de permitir o acompanhamento da progressão da cárie. Mas para um correto diagnóstico, a técnica radiográfica deve ser respeitada, assim como a avaliação da radiografia deverá ter o auxílio de uma boa iluminação, a fim de evitar erros na produção e interpretação da imagem, respectivamente.
Todavia, a radiografia interproximal apresenta baixa sensibilidade para detecção da cárie proximal e oclusal incipientes, uma vez que se faz necessário a perda de certa quantidade de minerais para que a detecção seja possível, logo, percebe-se que as radiografias subestimam a extensão da desmineralização.
O método radiográfico também não é recomendado para diagnóstico de cárie em superfícies livres, por um erro no direcionamento do feixe durante a tomada radiográfica poderá gerar sobreposição de imagens, simulando lesões em dentina.
Separação Dentária:
Trata-se de uma técnica desenvolvida no século XIX, inicialmente realizada por meio de vários aparelhos que produziam o afastamento imediato, todavia a agressão aos tecidos periodontais fez com que paulatinamente fosse sendo substituído por meios de afastamento mediato com os elásticos ortodôntico em que se necessita consulta adicional para visualizar bem a interproximal.
É um método tradicional, bastante conservador, simples, barato e eficiente para o diagnóstico de lesões proximais. Utiliza borrachas ou elásticos ortodônticos, porém requer uma consulta adicional quando se necessita maior afastamento podendo gerar algum desconforto ou exacerbar uma inflamação gengival. Esta alternativa permite uma visualização direta das superfícies afastadas, e consequentemente, a diferenciação de lesões com ou sem cavidade, determinação do seu padrão de atividade e de sua extensão.
Métodos alternativos de Diagnóstico da Cárie Dentária

Dentre as alternativas modernas, encontramos a radiografia digital, o medidor de resistência elétrica, o laser fluorescente e o transiluminador por fibra óptica.
Radiografia Digital:
A radiografia digital permite um melhor monitoramento de lesões proximais, devido a programas de análise de imagens que permitem diagnóstico de mínimas mudanças no padrão de mineralização da lesão cariosa.
Em um estudo realizado com professores universitários, observou-se que os métodos radiográficos convencional e digitalizado, utilizados juntamente com a inspeção visual (foto), não apresentaram diferenças estatisticamente significantes na determinação do plano de tratamento de lesões cariosas oclusais. Deste modo, como a radiografia digitalizada envolve uma tecnologia de alto custo para o profissional, a mesma pode ser substituída pela radiografia convencional.
Laser de Diodo:
Um bom método auxiliar para o diagnóstico da cárie oclusal, incluindo dentes
decíduos, é o sistema de fluorescência induzido pelo laser  diodo (DIAGNOdent  -KaVo). Este sistema apresenta uma alta sensibilidade, porém, baixa especificidade, devendo ser utilizado em conjunto com outros métodos para uma correta decisão de tratamento. O sistema é promissor no monitoramento e diagnóstico de lesões iniciais de  cárie  dentária  em associação  ao  conhecimento  dos  critérios  de  diagnóstico convencional, possibilitando que estas lesões sejam detectadas em uma fase onde métodos preventivos possam ser empregados para inativá-las. Este método também pode ser  indicado para detecção de lesões  de cáries  ocultas,  aferição da total  remoção de tecido cariado em preparos cavitários e controle da recidiva em áreas adjacentes de restaurações (ATTRILL,  ASHLEY, 2001; KOZLOWSKI; KOZLOWSKI JÚNIOR, 2001; ZANET et al., 2006; ZANIN et al., 2007).
Apesar  da  fluorescência  a  laser  representar  a  grande  tecnologia  no diagnóstico de lesão de cárie,  de forma geral,  este método ainda não é utilizado pelos clínicos no Brasil e no mundo, em função do custo, desconhecimento por parte dos  profissionais,  necessidade  de  treinamento  profissional  e  conhecimentos apropriados. Além disso, faz-se necessário a realização de mais pesquisas in vivo que forneçam dados precisos em relação ao que realmente encontramos na clínica diariamente (SANTOS et al., 2003; ZÁRATE-PEREIRA; ODA, 2000).
Transiluminação por fibra óptica
O FOTI (Fiber optic Transilumination) baseia-se no fato de que a estrutura dentária amolecida tem um índice de transmissão de luz mais baixo que o do esmalte sadio e, portanto, a área da lesão é vista como uma mancha escura. Trata-se de um método simples, confortável para o paciente e não invasivo, sendo indicado para o diagnóstico da cárie em lesões em dentina, não apresentando bons resultados para lesões incipientes.
Criado inicialmente para substituir a radiografia interproximal, porém não identifica bem as lesões incipientes.

Medidor de resistência elétrica (ECM)
O método de resistência elétrica serve para diagnosticar lesões dentinárias, sendo mais usado em superfícies oclusais. O ECM tem como principio o fato de que a condutividade elétrica ocorre em função da porosidade e quantidade de água dos tecidos, ou seja, quanto maior for a desmineralização, maior será a presença de poros preenchidos por saliva, e maior será a condutividade elétrica encontrada no esmalte afetado. Apresenta altos índices de sensibilidade, no entanto, seus valores de especificidade são baixos.