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domingo, 16 de setembro de 2018

Clareamento de consultório


Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/


Clareamento de consultório

A aplicação em consultório permite uma resposta mais rápida com a utilização de agente em maior concentração. Exige mais tempo de atendimento clínico e, portanto, maior custo. Contudo, muitas vezes necessita-se de apenas uma consulta. Apesar de ser mais indicado para um ou pequenos grupos de dentes, também é usado no clareamento de todos os dentes. Neste caso, o profissional pode optar pelo uso de uma moldeira com peróxido de hidrogênio a 7,5%. Porém, nesta técnica, o uso mais comum é de peróxido de hidrogênio a 35%4. Na clínica, inicialmente faz-se o registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor e fotografias para possibilitar o acompanhamento da evolução do tratamento. Em seguida, protegem-se os tecidos moles com aplicação de vaselina sólida, criando uma segunda barreira entre o dique de borracha e o dente, evitando uma eventual infiltração. Faz-se um isolamento absoluto dos dentes que receberão o clareamento. Após isso, realiza-se um ataque ácido do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos. Este passo da técnica é facultativo. A aplicação do agente deve-se iniciar pelos dentes mais escuros ou pelas porções mais manchadas do mesmo dente. Os dentes, então, são generosamente lavados com água, assim como todo o lençol de borracha, dos resíduos do clareador. A forma em gel facilita o manuseio, principalmente quando se quer aplicar numa área específica em um mesmo dente, logo permite um maior controle pelo profissional. Normalmente, faz-se necessário duas a três consultas para ser obtido um resultado satisfatório e, em casos mais graves como os de tetraciclina, até 6 consultas podem ser empregadas. Nos casos em que não houver sensibilidade, deve-se respeitar um intervalo de uma semana entre as sessões. Caso contrário, esse intervalo deve ser maior, de quatro a seis semanas4. Vale ressaltar que essa técnica tende a apresentar maior hipersensibilidade que a caseira, já que o peróxido de hidrogênio puro atinge a polpa em maior concentração que o peróxido de carbamida, e o emprego de luz — principalmente a halógena — aumenta a temperatura intrapulpar, influenciando no nível de sensibilidade do paciente. Vantagens: utilização de materiais facilmente encontrados no mercado, maior controle da técnica — pois não depende da colaboração do paciente — , maior controle dos locais de aplicação (principalmente nos locais de retração gengival, propícios à formação de hipersensibilidade). Desvantagens: necessita de um tempo maior de atendimento, é indispensável o uso de dique de borracha para proteger tecidos moles, não age em manchas escuras como a derivadas de tetraciclina, nem em dentes que apresentam restaurações extensas, contra indicados a gestantes e lactantes, pacientes com irritações gengivais severas, fumantes e em pacientes em condições pré-cancerígenas.

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

Clareamento caseiro



Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/

Clareamento caseiro

É empregado preferencialmente em todos os dentes e indicado para dentes naturalmente escurecidos, escurecidos por pigmentos da dieta ou do cigarro, pela idade, por trauma e manchados por tetraciclina ou fluorose. Na clínica, o processo tem início com o registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor, para possibilitar um acompanhamento dos resultados do tratamento. Em seguida, confecciona-se um modelo de gesso da arcada do paciente. Este modelo deve ser recortado de modo que se obtenha uma abertura na porção palatal, permitindo uma melhor adaptação da moldeira plástica nessa região. O material de confecção da moldeira normalmente é fornecido pelo fabricante do agente clareador. Uma folha plástica siliconizada resiliente é posicionada em uma parte superior do aparelho plastificador e o modelo de gesso na região inferior, de modo a adaptar o material ao modelo. Após o resfriamento, a folha plástica pode ser removida do modelo e recortada na linha dentogengival ou até mesmo 1 mm acima desta linha, em direção à gengiva, promovendo uma melhor adaptação da moldeira, evitando a possibilidade de deslocamento, diminuindo a infiltração de saliva e um possível extravasamento do gel para o meio bucal. Em uma segunda consulta é feito o teste da moldeira plástica no paciente para verificar a adaptação e a presença de regiões que possam ferir a mucosa. É importante explicar ao paciente a quantidade de material a ser colocada na moldeira —1 gota dentro de cada espaço da placa equivalente a cada dente —, escovar os dentes adequadamente e usar o fio dental antes do tratamento, evitar o contato do gel às mucosas — removendo todo o excesso do gel que extravasar da moldeira —  e estar atento ao tempo de aplicação, que irá variar segundo a concentração e à composição do agente. O peróxido de carbamida nas concentrações de 10 ou 16% pode ser aplicado todas as noites, por 6 a 8 horas, ou durante o dia, em aplicações de uma a 2 horas cada. Alguns estudos não recomendam a utilização do gel durante o dia por mais de uma vez, para evitar a sensibilidade dental7. Já o peróxido de hidrogênio a 5,5 ou 7,5% deve ser usado 2 vezes ao dia, por 30 minutos a 1 hora cada. Assim, faz-se importante seguir as recomendações do fabricante. Após a remoção da moldeira, deve-se limpá-la cuidadosamente para retirar resíduos do agente que possam atrapalhar uma nova aplicação, e enxaguar a boca com água para remover os resíduos do agente clareador. O paciente deve evitar beber e comer durante o uso da moldeira, para evitar que o agente clareador sofra diluição ou contaminação. Deve-se evitar também ingerir líquidos corados como o café, pois a estrutura dental estará mais susceptível à pigmentação. 
Ao atingir a cor desejada, pode-se interromper o tratamento, ou prosseguir por mais uma semana, o mais recomendado para estabilizar a cor. Vantagens: técnica simples e fácil, baixo custo, utiliza agentes clareadores com baixa concentração, pode ser empregado em vários dentes simultaneamente, utiliza substâncias fáceis de ser encontradas no mercado, não promove efeitos deletérios nos dentes e tecidos moles, é de fácil reaplicação nos casos de recidiva de cor. Desvantagens: como a aplicação do agente é feita pelo paciente, a evolução do tratamento dependerá do mesmo; alguns pacientes podem apresentar hipersensibilidade dental durante o tratamento; não age em dentes com manchas brancas ou opacas nem em manchas extremamente escuras como aquelas provocadas por tetraciclina; também não atua de modo eficaz em dentes que apresentam restaurações extensas, pois eles não possuem estrutura dentária suficiente para reagir adequadamente com o agente clareador.

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

Clareamento em dentes vitais




Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/

Os agentes clareadores

Existem no mercado agentes compostos por peróxido de carbamida, peróxido de hidrogênio, perborato de sódio e hidroxilite. O perborato de sódio é um agente de uso predominante no tratamento de dentes não vitais, logo não será abordado nesta revisão. Já o hidroxilite foi introduzido no mercado com a intenção de controlar a sensibilidade dentária decorrente do tratamento. Este agente possibilita a liberação de oxigênio sem a liberação do peróxido. Alguns produtos para clareamento caseiro são acompanhados de flúor para aplicação tópica, com o objetivo de diminuir uma possível sensibilidade, potencializar e estabilizar o efeito do clareamento. A seguir, estão descritos os agentes mais utilizados: o peróxido de carbamida e o peróxido de hidrogênio. 

Peróxido de carbamida

É o agente clareador mais utilizado no clareamento caseiro em concentrações de 10, 15 e 16%. Para o clareamento em consultório, sua concentração aumenta para 35%. Inicialmente, era utilizado como antisséptico oral em pacientes que utilizavam aparelhos ortodônticos e apresentavam traumas ou inflamações, e em casos de gengivites. Os produtos à base de peróxido de carbamida apresentam em sua composição glicerol ou propilenoglicol — que atuam como transportadores e constituem cerca de 85% do produto — , agente aromático, ácido fosfórico ou cítrico e Carbapol, um polímero de carboxipolimetileno. Logo, esse agente clareador pode ser dividido segundo a presença ou ausência do Carbapol. A função principal do Carbapol é espessar o material e aumentar a aderência do gel aos tecidos dentais. Além disso, aqueles agentes que contêm Carbapol liberam oxigênio mais lentamente, sendo, portanto, indicados para aplicação noturna. A taxa de liberação do oxigênio interfere na freqüência com que o agente clareador será substituído. Desse modo, será necessário utilizar menos material. Uma liberação lenta mantém a solução agindo por mais tempo na moldeira, melhorando a eficácia da técnica. As soluções de liberação rápida do oxigênio não possuem o Carbapol.  Ao entrar em contato com os tecidos ou com a saliva, o peróxido de carbamida decompõe-se em peróxido de hidrogênio de 3% a 5% e uréia 7% a 10%. O peróxido de hidrogênio continua a se decompor, dando origem a oxigênio e água, enquanto a decomposição da uréia originará amônia e dióxido de carbono. Vale ressaltar que a uréia apresenta um papel importante na elevação do pH e que também se move livremente através do esmalte e dentina. O peróxido de carbamida apresenta várias vantagens, como não necessitar de calor, não requerer condicionamento ácido e poder atuar além das áreas em contato com os dentes, como as áreas cobertas por restaurações. Apesar dos riscos citados, o clareamento vital noturno com peróxido de carbamida a 10% — quando feito de acordo com as instruções do fabricante — é eficaz e seguro, com efeitos colaterais mínimos e transitórios.

Peróxido de hidrogênio

Pode-se apresentar tanto na forma líquida como em gel, a forma preferível, por ter um melhor controle da aplicação. É o agente clareador mais largamente utilizado em consultório odontológico (a uma concentração de 35%), justamente porque os sistemas clareadores à base dessa substância, ativados por luz e/ou calor que aumentam a quantidade de oxigênio nascente, são mais seguros e confortáveis para o paciente, além de serem mais rápidos. O peróxido de hidrogênio na concentração de 35% apresenta um alto poder de penetração no esmalte e dentina, o que é justificado pelo baixo peso molecular e pela propriedade de desnaturar proteínas — macromoléculas de pigmentos — tanto as que estiverem na superfície do dente como as localizadas mais profundamente, o que aumenta o movimento de íons através do dente. Deve-se levar em conta que este produto é cáustico. Por isso seu manuseio deve ser cauteloso, isolando todos os tecidos moles: gengiva, bochecha, língua e lábios do paciente. O peróxido de hidrogênio apresenta um pH ácido em torno de 3, o que é uma desvantagem por este pH ser abaixo do crítico para o dente — em torno de 5,5 . No entanto, já existem materiais a base de peróxido de hidrogênio em que o pH apresenta-se mais alto e, portanto, são mais eficientes. O peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida são agentes muito efetivos no clareamento dental, porém, quando comparados isoladamente, ambos a uma concentração de 35%, o peróxido de hidrogênio apresenta uma eficiência 2,76 vezes maior do que o peróxido de carbamida.

 Mecanismo de ação dos agentes clareadores

Ao pensar em clareamento dental, deve-se considerar que a estrutura do dente é permeável aos agentes clareadores, capazes de se difundir livremente pelo dente e promover o clareamento. Os agentes clareadores agem principalmente através da oxidação de compostos orgânicos. Esses agentes são altamente instáveis e, quando em contato com o tecido, liberam radicais livres (principalmente o oxigênio nascente) que oxidam os pigmentos. O oxigênio liberado penetra nos túbulos dentinários e age nos compostos com anéis de carbono que são altamente pigmentados, convertendo-os em compostos mais claros. Além disso, converte compostos de carbono pigmentados e com ligação dupla em grupos hidroxila que se apresentam sem cor. Quando o clareamento ultrapassa o “ponto de saturação” — a quantidade ótima do clareamento na qual o branqueamento obtido é máximo — o branqueamento diminui muito e o agente clareador começa a atuar em outros compostos que apresentam cadeias de carbono, como as proteínas da matriz do esmalte. Neste ponto, a perda de material da matriz do esmalte torna-se muito rápida e é convertido em dióxido de carbono e água, o que leva a um aumento da porosidade e da fragilidade do dente. 

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

domingo, 5 de julho de 2015

Des-Re: "Desmineralização e Remineralização"







Para a compreensão o dos fenômenos que se traduzem no processo Des-Re: "Desmineralização e Remineralização" . Para desenvolve-lo, consideraremos, a seguir, as seguintes etapas ou estágios:


1 — Estágio do equilíbrio dinâmico
2 — Estágio da desmineralização
3 — Estágio da remineralização

Estágio do equilíbrio dinâmico:

Caracteriza-se por um equilíbrio nas trocas iônicas que se verificam entre o esmalte e o meio ambiente . Em outras palavras, a quantidade de íons "perdidos" pelo esmalte (DES) a igual ou semelhante aquela que o meio ambiente (placa ou saliva)  fornece (RE).

Estágio de Desmineralização:

Este equilíbrio poderá ser rompido se, por exemplo, houver uma acentuada ou prolongada ingestão de carboidratos, sem a imediata limpeza dos dentes e anexos. Nesta situação, os açucares disponíveis serão metabolizados pelas bactérias acidogênicas da placa dental. Formar-se-a"o ácidos que vão se difundir na placa, em todas as direcões e sentidos, dentre os quais o do esmalte e da superfície externa . O pH baixa na intimidade da placa. Os ácidos que se difundiram no sentido da saliva determinam, também , uma queda no pH desta. Cinco minutos apos a ingesta"o dos carboidratos, o pH da placa dental pode atingir 4.8, 4.0 e ate menos . Nesta situação "o, e como o pH critico para a dissolução da apatita e 5 .5, os ácidos que contactam com o esmalte, rompem ligações moleculares da estrutura da hidroxiapatita, liberando grandes quantidades de ion s Ca+ e radicais PO 4 -.

Estágio de Remineralização:

O quadro de desmineralizacão , desde que sem cavitação, poderá se revertido nas seguintes situações: 
a) Ainda em presença da placa dental tornada inativa ou com fraca atuação.
b) Sem a presença da placa, em condições naturais ou ainda com uma atuação dirigida. 

No primeiro caso, existindo uma placa dental inativa, ou de fraca atua - determinada pela baixa ou infrequente ingestão de carboidratos e/ou razoáveis condições de higiene bucal , que mesmo sem elimina-la, tornem-na de um baixo potencial de atuação, verifica-se que: 
- Os ácidos produzidos na placa dental se difundem em todos os sentidos, inclusive para a saliva ;
- A presença de ácidos junto a saliva proporciona uma estimulação das glândulas salivares determinando um aumento do fluxo salivar; 
- O fluxo salivar aumentado promove uma lavagem mais acentuada junto as estruturas dentais, o que se traduz em uma ação mecânica de limpeza — são removidas substancias e elementos diversos; —havendo uma maior quantidade de saliva,  em consequência , maior quantidade de seus componentes, dentre os quais os chamados de tampões; - os tampões regulam o pH, elevando-o, em busca da neutralidade. 
Todos estes fatores, associados a maior presença de íons inorgânicos na saliva, sobretudo o Cálcio e o Fósforo , determinam uma reversão no sentido de seu fluxo. Ambos se dirigem preponderantemente da saliva para a placa e desta para o esmalte, determinando o predomínio da Remineralização sobre a desmineralização . 






Fonte: http://www.uel.br/pessoal/buzato/pages/arquivos/seminarios/B5.pdf.pdf






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Anatomia dos dentes e Nomenclatura Básica

  • Coroa— parte superior do dente, geralmente é a única parte visível. O formato da coroa determina a função do dente. Por exemplo, os dentes anteriores são mais afiados, têm a forma de um cinzel e servem para cortar, enquanto os molares têm superfície plana e servem para triturar os alimentos.
  • Linha de junção dos dentes e da gengiva—sem a escovação e uso adequado do fio dental, nesta área podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e outros males.
  • Raiz—parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou menos dois terços do seu tamanho.
  • Estrutura do dente
  • Esmalte— a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode ser danificado se os dentes não forem higienizados adequadamente.
  • Dentina— camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa do dente.
  • Polpa—tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sangüíneos. Quando a cárie atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Quais são os nomes dos dentes?
Cada dente tem uma função ou tarefa específica (Consulte a ilustração do arco dental nesta seção e identifique cada tipo de dente):
  • Incisivos— dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro inferiores) para cortar os alimentos.
  • Caninos— dentes com pontas agudas (cúspides) que rasgam os alimentos..
  • Pré-molares— dentes com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os alimentos.
  • Molares— trituram os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície de mordida.
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Fonte:Colgate

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Materiais restauradores de acordo com a cavidade.



Cavidades superficiais
  • Cavidade em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária. Não se aplica nenhum material de proteção pulpar apenas o material restaurador.

Cavidade Rasa

  • Cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material restaurador.

Cavidade Média

  • Cavidades com mais de 1mm  e menos 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário
  • Restaurações em amalgama: Verniz Cavitário ou adesivo

Cavidades profundas

  • Cavidade com mais de 0,5 mm e menos de 1mm de estrutura remanecente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações com resina composta: CIV e adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgama: IRM e verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas

  • Cavidade com mais de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa
  • Restaurações em resina composta: Hca, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações em Amalgama: Hca,IRM,Verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta no preparo em algum ponto
  • Restaurações em resina composta: Hca p.A, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgáma: Hca Pa, IRM, Verniz cavitário

domingo, 23 de novembro de 2014

Tratamento Expectante







O que é?


Tratamento expectante consiste inicialmente na remoção de parte do tecido cariado amarelado e amolecido da cavidade mais profunda e de todo tecido infectado das paredes circundantes com o objetivo de evitar a exposição pulpar e possibilitar reações no complexo dentina-polpa através da colocação de materiais forradores sobre esse substrato, minimizando com isso a necessidade de tratamento endodontico. Apos periodos variados de tempo 45 dias a 2 anos essa cavidade é reaberta para a remoção para remoção do tecido cariado remanescente e realização de restauração definitiva.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cárie de Mamadeira

O que é Cárie de Mamadeira?



Cárie de mamadeira, também conhecida por uma variedade de sinônimos – BBTD (Baby Bottle Tooth decay), cárie por amamentação, síndrome da mamadeira noturna, síndrome da cárie de mamadeira, cárie em bebês – é um tipo de destruição dental associada ao íntimo contato de líquidos açucarados fermentáveis da mamadeira com os elementos dentais durante o dia ou à noite (durante o sono) ou, ainda, a uma alimentação prolongada no seio materno além da idade considerada normal para o desmame (por volta do primeiro ano de vida). Nesse tipo de manifestação, fatores primários predisponentes estão presentes num determinado período da vida da criança:
• Líquidos fermentáveis (dieta cariogênica) oferecidos várias vezes ao dia, entre as refeições principais e durante a noite;
• Ausência de higiene bucal adequada;
• Presença de microorganismos cariogênicos;
• Permanência por tempo prolongado de líquidos fermentáveis na boca da criança.
A associação desses fatores, somada a um declínio do fluxo salivar durante a noite (quando ocorre uma estagnação maior de carboidratos na placa, por horas seguidas), resulta num quadro de grande destruição dentária (Guedes-Pinto, 1997). Além desses fatores primários, esse tipo de cárie tem características próprias, em que vários aspectos devem ser observados:
• Afeta crianças muito jovens, desde o primeiro ano de vida;
• Sua evolução é rápida;
• Muitos dentes são envolvidos;
• Incide inicialmente na face vestibular dos incisivos superiores decíduos, assim como oclusal dos primeiros molares superiores e inferiores decíduos;
• Quase sempre se percebe o envolvimento de um componente socioeconômico.

Localização da Lesão

A localização das lesões associa-se ao percurso do líquido durante a alimentação
(leite ou outros líquidos adocicados), sendo que os incisivos superiores decíduos são, geralmente, os mais atingidos (pela posição do bico da mamadeira), seguidos pela face oclusal e superfícies livres dos primeiros molares decíduos, caninos e segundos molares decíduos. Raramente atinge os incisivos inferiores decíduos (Corrêa et al.).

Apresentação Clínica

Inicialmente, uma faixa branca de descalcificação desenvolve-se no terço gengival dos incisivos superiores (nos casos de amamentação com leite materno, a linha se dá no terço médio do dente). A cárie progride para uma cor marrom ou preta e, em casos avançados, as coroas dos dentes freqüentemente fraturam- se na margem gengival (Brossok & Cullen).

Prevenção

A prevenção pode ser feita através de vários métodos.
1- Método Etiológico
Baseia-se no reconhecimento dos fatores predisponentes, como susceptibilidade do hospedeiro, dieta e microflora. A partir desta identificação, deve-se procurar eliminar ou controlar os fatores:
• Hospedeiro: aumentar a resistência do dente através da aplicação de selantes, flúor, verniz fluoretado;
• Dieta: controlar a ingestão de carboidratos e diminuir a freqüência de ingestão de sacarose;
• Substituição: substituir a dieta cariogênica e pastosa por uma dieta fibrosa e menos
cariogênica;
• Eliminação: eliminar a placa bacteriana com uma correta higienização da cavidade bucal;
• Microflora: é o fator etiológico mais difícil de ser controlado. Bochechos com flúor ou clorexidine (dependendo do caso) e monitoramento ajudam a equilibrar a microflora (Guedes-Pinto).
2- Métodos de Risco

O fator de risco consiste em avaliar a maior ou menor possibilidade de o indivíduo adquirir a cárie em função de fatores ambientais e não ambientais.

Fatores Ambientais:
1. Ausência/presença de hábitos precoces de higienização e escovação dos dentes;
2. Ausência/presença de hábitos alimentares inadequados, como amamentação noturna;
3. Alta/baixa ingestão de carboidratos;
4. Período de contaminação da boca da criança;
5. Ausência/presença de flúor no sistema de abastecimento público.
Fatores não Ambientais
1. Presença de dentes mais suceptíveis por defeitos congênitos (defeitos de estrutura ou mineralização);
2. Contagem de microorganismos – S. mutans e lactobacilos;
3. Ph da placa dental e saliva;
4. Capacidade tampão da saliva;
5. Velocidade de formação de ácido pelos microorganismos bucais.
Para esses fatores serem detectados, devem ser realizados anamnese, exame clínico, testes laboratoriais e diário de dieta alimentar.


Tratamento


O tratamento da cárie de mamadeira deve iniciar pelo controle do processo infeccioso, já que os procedimentos restauradores irão falhar se o processo carioso continuar. Radiografias apropriadas devem ser realizadas para observar possíveis envolvimentos pulpares, lesões no periápice, envolvimento da cripta do dente permanente sucessor ou reabsorção radicular acentuada. É necessário identificar o estágio no qual se encontra o processo carioso para melhor planejar a conduta preventiva/interceptiva/ reabilitatória no manejo pediátrico. A escolha do processo de reabilitação irá considerar a estrutura dental remanescente e a cooperação do paciente e dos pais ou envolvidos. Existem como opções de reabilitação, no caso de grandes destruições dentárias:
• Coroas de policarbonato
-Vantagens: baixo custo dispensa fase laboratorial, resultado estético satisfatório, resistência aos fluidos bucais.
-Desvantagens: adaptação gengival pobre, baixa resistência à abrasão;
• Coroas de acetato (coroas matrizes – Grosso6; Drummond)
-Vantagens: boa estética dispensa fase laboratorial, resistência aos fluidos bucais, pouco tempo de trabalho.
-Desvantagens: o dente deve possuir estrutura dentária remanescente o suficiente para permitir retenção; não existem coroas matrizes para dentes inferiores anteriores decíduos;
• Coroas Veneer (metaloplásticas – Wiedenfeld et al.)
-Vantagens: boa estética, adaptação cervical, suporta bem as forças mastigatórias.
-Desvantagens: maior número de sessões, alto custo;
• Coroas de aço cromado com faceta estética
-Vantagens: estética satisfatória, não necessita de fase laboratorial, resistência aos fluidos bucais.
-Desvantagens: dificuldade de adaptação cervical.
Em casos em que o elemento dentário recebeu tratamento endodôntico e houve grande perda de estrutura coronária, pode-se lançar mão do short post em resina composta fotopolimerizável, com função de núcleo, para melhorar a retentividade da coroa. (Weiberger15; Judd et al.).
Quando a destruição coronária é muito severa, torna-se apropriado o sepultamento radicular e a reabilitação por meio de aparelhos removíveis com função de manutenção de espaço estético-funcional (Vigorito). Em situações de perdas de elementos dentais unitárias ou múltiplas, pode-se confeccionar:
• Aparelhos removíveis com função de  manutenção de espaço estético-funcional;
• Prótese fixa em Cantilever, Denari (sistema tubo/barra), Steffen (sistema tubo/ barra, adicionando uma barra lingual e bandas nos molares);
• Prótese fixa adesiva. Outra forma de tratamento bastante discutida é a extração interceptiva. Se os dentes são removidos antes do estabelecimento da primeira oclusão, ou seja, antes que a própria interdigitação ocorra, sérios problemas podem ocorrer, como decréscimo na eficiência
da mastigação, desenvolvimento de hábitos de língua, interferências com o desenvolvimento dos padrões normais de fala e desenvolvimento de mal oclusões (Liebenberg).


Fonte: Artigo - ETIOLOGIA MULTIFATORIAL DA CÁRIE DE MAMADEIRA E DIFERENTES ABORDAGENS DE TRATAMENTO
                     THE MULTIFACTORIAL ETIOLOGY OF BABY BOTTLE TOOTH DECAY AND DIFFERENT APPROACHES FOR TREATMENT