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sexta-feira, 4 de junho de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
domingo, 5 de março de 2017
O que é um Freio Lingual?
O freio lingual é uma prega mediana de túnica mucosa que
recobre a face lingual da crista alveolar anterior.1
A alteração
ocorre quando uma pequena porção de tecido embrionário,
que deveria ter sofrido apoptose durante o desenvolvimento,
permanece na face ventral da língua, causando alterações
de inserção e/ou comprimento.2
A alteração nesta estrutura
pode se manifestar de diversas formas, desde uma prega que
tem a inserção na crista alveolar até a que surgirá após as carúnculas
sublinguais. O mesmo ocorre com a inserção na base
da língua que pode estar inserida no ápice lingual ou antes
dele. Esta alteração no freio da língua é denominada de anquiloglossia
e popularmente conhecida como língua presa.3-5
Aspectos relacionados ao diagnóstico variam conforme o
referencial teórico utilizado, baseando-se, na sua maioria, em
critérios anatômicos relacionados à cavidade bucal na apresentação
do freio lingual como curto e espesso. Há menção
ao formato de “coração” e aos aspectos funcionais, entretanto
não há um protocolo validado para avaliação de crianças em
idade pré-escolares ou maiores.4
No Brasil há um consenso
entre fonoaudiólogos para utilização de um protocolo que
está em processo de validação.6
A prevalência da alteração do freio lingual pode variar
conforme os critérios diagnósticos estabelecidos, dado que
na literatura não há um consenso sobre o mesmo, sendo que
os estudos indicam uma variação de 0,1 a 10,7%.4,7 A etiologia
é desconhecida, mas há predomínio desta alteração no
gênero masculino e quando há histórico positivo da alteração
na família.4
As alterações funcionais vão depender da idade da crian-
ça. Sabe-se que em muitos casos a alteração do freio da língua
pode prejudicar o aleitamento materno; após, a aquisição
de outras funções orofaciais, como a mastigação e a deglutição.
E, por fim, alterar a aquisição e produção de alguns
sons na fala ou até mesmo em comprometimentos sociais. As
alterações mais comumente encontradas são a redução ou
inabilidade na mobilidade da língua (principalmente a vibra-
ção), a imprecisão articulatória devido a redução da abertura
da boca e a dificuldade na aquisição ou produção distorcida
do fonema [r] e dos grupos consonantais com [l] e com [r],
além da distorção para os fonemas fricativos.3,5
A técnica cirúrgica envolve procedimentos simples e pode
ser facilmente realizada em consultório odontológico. Sob a
anestesia local do nervo alveolar inferior e lingual, insere-se
um fio de sutura no ápice da língua para que seja realizado
o tracionamento. É realizada então a secção da porção
mais fina deste tecido localizada entre o processo alveolar e
o dorso da língua. Por fim, é realizada a sutura e o paciente
permanece sob avaliação.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Periodontal Screening and Recording (PSR) ou Registro Periodontal Simplificado (RPS)
Em 1992, a Associação Dental Americana (ADA) em associação com a Academia Americana de Periodontologia (AAP), sob o patrocínio da Procter & Gamble, desenvolveram o Periodontal Screening and Recording (PSR) ou Registro Periodontal Simplificado (RPS), uma modificação do CPITN8.
O RPS tem sido amplamente difundido, devido ao seu objetivo de avaliar de forma rápida e simples as condições periodontais dos indivíduos, tanto para identificar a saúde periodontal como problemas periodontais. Para tal exame, a boca é dividida em sextantes e a sondagem é realizada em 6 pontos para cada dente: mésio-vestibular, médio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual/ palatino, médio-lingual/palatino e disto-lingual/palatino, sendo anotado em uma ficha clínica (Figura 1) o escore mais alto do sextante8.
A sondagem é realizada através de uma sonda periodontal (Figura 2) modelo 621 determinada pela OMS (WHO-621), a qual apresenta em sua extremidade uma esfera com 0,5mm (considerada atraumática e de maior confiabilidade na detecção de sangramento gengival) e, uma faixa colorida presente entre as mensurações de 3,5 a 5,5mm9.
A faixa colorida é a base para determinação dos códigos, que variam de 0 a 4, os quais o RPS estabelece como forma de avaliação da condição periodontal do paciente. Anteriormente, a sondagem era realizada em seis sítios, nos chamados "dentes-índices" de cada sextante (dentes-índices: 17-16, 11, 27-26, 37-36, 31 47-46), os quais eram tidos como dentes representativos daquela região oral. Para efeito de análise é considerado para cada sextante o código de maior valor7. Contudo, outros autores preconizam a técnica de que todos os dentes presentes devem ser examinados nos seis sítios, registrando na ficha clínica apenas o código mais grave referente ao sextante10. Ressalta-se que todos os dentes devem ser examinados individualmente, até mesmo os implantes5. Um estudo comparando a utilização do RPS segundo o método de registro ("dentes-índice" ou todos os dentes) sugeriu a aplicação deste índice através do método total, onde todos os dentes dos indivíduos devem ser examinados.
Fonte:
Mylena Rafhaele Gomes de Oliveira I; Marcia Rosana Farias de Oliveira II; Jussiara Élcia Gomes Rodrigues II; Eduardo Sérgio Donato Duarte FilhoIII. RPS (REGISTRO PERIODONTAL SIMPLIFICADO): MÉTODO RÁPIDO E SIMPLES NA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DA DOENÇA PERIODONTAL. Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.14 no.1 Recife Jan./Mar. 2015
domingo, 1 de maio de 2016
Classificação das Retrações Gengivais
Inicialmente Sullivan e Atkins (1968), classificaram as recessões em: rasas e estreitas,
rasas e largas, profundas e estreitas e profundas e largas.
Os autores basearam-se apenas em uma avaliação subjetiva, que gerava dúvidas com
relação ao prognóstico. Por outro lado, a classificação preconizada por Miller (1985), baseiase
em medidas entre a margem gengival, a junção mucogengival e a perda óssea interdentária.
Dessa maneira, a classificação de Miller permite uma maior precisão no prognóstico
com relação à previsibilidade de cobertura radicular.
Sendo assim, segundo Miller (1985), as recessões podem ser classificadas em:
Classe I - recessão do tecido marginal que não se estende até a junção mucogengival. Não há
perda de osso ou de tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular;
Classe II - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. Não
há perda de osso ou tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular;
Classe III - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. A
perda de osso ou tecido mole interdentais é apical em relação à junção cemento-esmalte,
porém coronária à extensão apical da retração do tecido marginal. Previsão de cobertura
radicular parcial;
Classe IV - recessão marginal se estendendo além da junção mucogengival. A perda do osso
interdental se estende até um nível apical em relação à extensão da retração do tecido
marginal. Não há previsão de cobertura radicular pelos métodos cirúrgicos convencionais.
Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126122.pdf
Fonte da Foto: http://odontoup.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Classe-II.png
quarta-feira, 12 de junho de 2013
ENDOCARDITE BACTERIANA E DOENÇA PERIODONTAL: UMA IMPORTANTE ASSOCIAÇÃO PARA O CIRURGIÃO-DENTISTA
Autor: Mateus Queiroz Freire Leão*; Universidade de
Pernambuco-UPE
Co-Autores:
Allan Vinícius Martins de Barros; Universidade de
Pernambuco-UPE
Raquel Aragão Maciel; Universidade de Pernambuco-UPE
Wallid Carlos do Nascimento Silva; Universidade de
Pernambuco-UPE
Orientador: Eduardo Sérgio Donato Duarte Filho**; Universidade de
Pernambuco-UPE
Caracterizada pela infecção do endotélio
cardíaco, a endocardite bacteriana é uma doença rara, mas que pode provocar
graves sequelas e até mesmo a morte. Iniciada por uma bacteremia transitória
tem o potencial de comprometer as estruturas endocárdicas, principalmente as
valvas cardíacas. Dados epidemiológicos estimam que a incidência da doença seja
de 25 a 50 novos casos a cada milhão de habitantes, sendo mais prevalente em
pessoas de baixo nível socioeconômico e cultural, do sexo masculino, com idade
entre 47 e 69 anos e com histórico de cardiopatias. De acordo com a
etiopatogenia da endocardite bacteriana, é possível estabelecer uma associação com
a doença periodontal, visto que bactérias patogênicas com alto grau de virulência
presentes no periodonto comprometido podem migrar para a circulação sistêmica
e, desta forma, alcançar o endocárdio, bem como outros órgãos e tecidos. Com
base no exposto, o presente estudo buscou elucidar a provável relação causal
existente entre a doença periodontal e a endocardite bacteriana, de forma que
torne possível a orientação do cirurgião-dentista quanto aos procedimentos
odontológicos que possam vir a desencadear processos inflamatórios sistêmicos,
bem como explicitar o uso da profilaxia antibiótica (classicamente, 2g de
Amoxicilina, 1 hora antes do procedimento ou, para pacientes alérgicos, a opção
da Clindamicina, por exemplo). Para tanto, foi realizado um levantamento
bibliográfico direcionado à pesquisa no banco de dados Lilacs e aporte a
livros-texto; analisou-se três artigos científicos encontrados na referida base
de dados, sob os idiomas português e/ou inglês, contendo o descritor
“Endocardite Bacteriana”, publicados entre 2007 e 2013 e que, em consonância,
apresentassem discussão sobre: correlação da endocardite bacteriana com a
doença periodontal, sua profilaxia e as novas orientações frente ao problema.
Por
ser um processo inflamatório, a doença periodontal acaba por comprometer a
integridade dos tecidos, causando reabsorção óssea, aumento da profundidade do
sulco gengival e sangramentos, aumentando as chances de uma possível bacteremia
e suas consequentes implicações cardiovasculares. Doenças cardíacas reumáticas,
diabetes, prolapso da valva mitral com regurgitação, defeitos congênitos em
válvulas, valvas cardíacas protéticas, histórico de endocardite bacteriana
prévia e doenças do colágeno envolvendo o endocárdio constituem os principais fatores
de risco para a endocardite bacteriana. Atualmente, fica
evidente a associação entre a doença periodontal e a endocardite bacteriana
tanto pela bacteremia por microorganismos com um alto grau de virulência, como
pela ocorrência dos sangramentos. Há evidência de que o sangramento gengival em
um paciente periodontal, causado por procedimentos rotineiros como a escovação
dentária (que pode romper o fino epitélio da mucosa oral), está mais associado
ao risco de endocardite bacteriana do que procedimentos cirúrgicos duradouros
entre 30 e 60 minutos, ou seja, a exposição cumulativa à bactéria poderá ser
maior em procedimentos diários do que cirúrgico-odontológicos. Portanto,
deve-se destacar a importância da prevenção da doença periodontal, um problema
altamente incidente e prevalente na população, não só pelos males susceptíveis
à boca, como também por vários comprometimentos sistêmicos, como a endocardite
bacteriana que, mesmo com a evolução dos procedimentos antibiótico-profiláticos,
ainda possui altas taxas de mortalidade. Dessa forma, o cirurgião-dentista deve
estar atento à aplicação de métodos preventivos eficientes contra bacteremias,
desde uma boa higienização da cavidade oral e tratamento clínico da doença periodontal
a uma profilaxia antibiótica em pacientes odontológicos com risco para a doença.
Palavras-chave: Endocardite Bacteriana, Doenças
Periodontais, Antibioticoprofilaxia, Assistência Odontológica Integral, Bacteriemia.
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Endereço para correspondência: Rua Sebastião
Cristino Bezerra, Bairro São Cristovão, 606, Arcoverde - PE
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