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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

O que é a mordida cruzada?

 


A mordida cruzada é um dos problemas ortodônticos mais comuns e pode afetar crianças e adultos. Você sabe quais são as principais características da mordida cruzada e como é possível tratar este problema? Caso tenha dúvidas, não deixe de acompanhar o novo artigo que preparamos para você!

O que é a mordida cruzada?

A mordida cruzada pode ser definida como um desalinhamento entre os dentes superiores e os dentes inferiores, fazendo com que os portadores deste problema fiquem com o sorriso torto. Além disso, a mordida cruzada pode ocasionar outra série de problemas, como, por exemplo:

  • Dificuldade na escovação, facilitando assim o aparecimento de cáries e outras doenças bucais e nas gengivas;
  • Bruxismo;
  • Desgastes, traumas e até a perda de dentes;
  • Retração (diminuição) da gengiva;
  • Distúrbios temporomandibulares.

É importante apontar que existem dois tipos de mordida cruzada:

Anterior – quando os dentes da frente da arcada superior não conseguem encobrir os da arcada inferior. Assim, quando a boca se fecha, os dentes de baixo ficam mais à frente, projetando o queixo do paciente para frente.

Posterior – quando os dentes superiores da parte de trás se fecham ‘por dentro’ dos dentes inferiores;

Quais as causas e os principais sintomas da mordida cruzada?

Embora o desalinhamento entre as arcadas dentárias seja a principal característica visível da mordida cruzada, o problema pode acabar gerando outros sintomas, como:

  • Dores de cabeça;
  • Dores nas articulações temporomandibulares;
  • Zumbidos no ouvido;
  • Ruídos ou dificuldades para movimentar a mandíbula;
  • Sensibilidade nos dentes devido ao desgaste do esmalte dental.

Dentre as principais causas para a mordida cruzada, podemos citar:

  • Hábitos da infância, como chupar o dedo ou usar chupeta por tempo prolongado;
  • Fatores genéticos e de hereditariedade;
  • Atraso no processo de oclusão e crescimento dental.

Além disso, segundo um estudo especializado publicado na Revista CEFAC, a mastigação unilateral (quando utiliza-se só um lado da boca durante a alimentação) pode contribuir para o surgimento de casos de mordida cruzada em crianças.

Como tratar a mordida cruzada?

Há uma série de tratamentos que podem ser recomendados para a correção da mordida cruzada, dependendo sempre da gravidade e das características de cada caso. Por isso mesmo, somente seu dentista poderá fazer uma avaliação e lhe indicar o tratamento correto.

Dito isso, dentre os principais procedimentos odontológicos utilizados para a correção da mordida cruzada, podemos citar:

Uso de aparelhos dentais: o uso de aparelhos costuma ser bastante recomendado para tratar a mordida cruzada. Vale salientar que há diversos tipos de aparelho, dos fixos aos alinhadores transparentes.

Você pode conferir aqui qual aparelho é mais indicado para você!

Cirurgia: a cirurgia pode ser utilizada, por exemplo, nos casos em que o paciente precisa reposicionar seu maxilar para corrigir a mordida cruzada.

Expansores de palato: o expansor de palato geralmente é utilizado para expandir a arcada dos dentes superiores e pode contribuir com um tratamento de mordida cruzada, o qual, geralmente, ainda incluirá o uso de aparelhos dentais.

Agora que você já sabe tudo sobre os sintomas e causas da mordida cruzada, caso suspeite do problema, não deixe de procurar um dentista

sábado, 15 de fevereiro de 2020

O que é Herpes labial?


Herpes labial é uma infecção viral e contagiosa causada pelo vírus da herpes simples (CID 10 - B00). É caracterizada pelo surgimento de bolhas pequenas e doloridas agrupadas no formato de cacho de uva nos lábios, gengivas, língua, céu da boca, interior das bochechas, nariz e, às vezes, no rosto, queixo e pescoço.


Nestes locais predomina-se a herpes simplex do tipo 1 (HSV-1), que pode também causar sintomas como aumento do tamanho dos gânglios linfáticos (ínguas), febre e dores musculares.
Existe também outro tipo de vírus do herpes chamado de herpes simplex do tipo 2 (HSV-2) que é transmitido por via sexual. Ele provoca coceira e o aparecimento de bolhas ou mesmo úlceras na região genital.

A infecção cruzada dos vírus HSV-1 e HSV-2 pode acontecer se houver contato oral-genital (pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital).


Herpes labial normalmente é percebida por bolhas doloridas - Foto: Shutterstock
Herpes labial normalmente é percebida por bolhas doloridas - Foto: Shutterstock

Estágios da infecção

O período de incubação do herpes labial varia entre 2 a 26 dias. As lesões aparecem 4 a 6 dias após o contato, entretanto, a maioria das pessoas (80%) não desenvolve sintomas após a contaminação pelo vírus do herpes.
Depois da primeira infecção (primária), o vírus do herpes permanece dormente (latente) no corpo e pode ser periodicamente reativado e causar sintomas.
As três fases da doença são:
- Infecção primária: produz uma erupção de bolhas pequenas e dolorosas e pode estar acompanhada de febre.
- Latência: depois que a erupção de bolhas diminui, o vírus permanece em estado dormente (latente) em um gânglio da raiz dorsal localizado na medula espinhal e nesse estágio não há sintomas.
- Recorrência: periodicamente o vírus pode ser reativado e causar um novo episódio de bolhas. Essa reativação pode ocorrer muitas vezes.

A reativação (reincidências) de uma infecção por HSV latente oral ou genital pode ser desencadeada por febre, menstruação, tensão emocional, supressão do sistema imunológico, trauma físico ou a superexposição à luz solar.
Em algumas situações não se identifica o fator desencadeador do herpes.
Tipos
A herpes labial pode ter dois tipos:

Vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1)

Normalmente associado a infecções dos lábios, da boca e da face. Esse é o vírus mais comum de herpes simples e muitas pessoas têm o primeiro contato com este vírus na infância.
O HSV1 frequentemente causa feridas (lesões) nos lábios e no interior da boca, como afta, ou infecção do olho (principalmente na conjuntiva e na córnea) e também pode levar a uma infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite).
Pode ser transmitido por meio de contato com a saliva infectada. A maioria das pessoas contrai herpes oral quando são crianças, recebendo um beijo de um amigo ou parente.

Vírus da herpes simples 2 (HSV-2)

Normalmente transmitido sexualmente, o HSV-2 provoca coceira e bolhas ou mesmo úlcera e feridas genitais.
Entretanto, algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais (latência).
A infecção cruzada dos vírus de herpes do tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital.
Causas
A herpes labial é causada pelo vírus do herpes simples do tipo 1 (HSV-1) na maioria dos casos, mas o vírus do herpes simples tipo 2 (HSV-2) que é o principal causador do herpes genital, também pode provocar herpes labial.

A infecção inicial pode não causar sintomas ou surgimento de bolhas na boca, porém a característica principal do vírus é permanecer em estado latente no tecido nervoso do rosto por tempo variado.
Um beijo na boca pode transmitir doenças?
A maior parte da população apresenta anticorpos contra o vírus e dificilmente apresentam sintomas clínicos. Em algumas pessoas, o vírus volta à ativa e produz feridas recorrentes que aparecem geralmente no mesmo local.
Fatores de risco
Os fatores que podem aumentar o risco do herpes labial aparecer incluem:

  • Contato íntimo e compartilhamento de objetos com uma pessoa que tenha herpes labial

  • Doenças que afetam o sistema imunológico tais como HIV/AIDS e câncer

  • Sexo sem proteção

  • Exposição ao Sol

  • Menstruação

  • Estresse

  • Outras infecções

Por que a herpes labial ocorre mais no verão?

A exposição solar pode levar a uma baixa na imunidade que facilita a reativação do vírus. O uso do protetor labial pode ajudar a prevenir, mas não serve como garantia que novas lesões não aparecerão.
Sintomas de Herpes labial
Os sintomas de herpes labial pode ser divido em três estágios:

  • Coceira: muitas pessoas sentem uma sensação de coceira, ardor ou formigamento ao redor de seus lábios antes do aparecimento das bolhas.

  • Bolhas: pequenas bolhas cheias de líquido geralmente surgem ao redor dos lábios, nariz ou bochechas.

  • Cicatrização: as bolhas se rompem e formam crostas que iniciam o processo de cicatrização.
Uma erupção geralmente envolve:
Quando bolhas rompem e formam crostas, a herpes labial já está na última fase - Foto: Shutterstock
Quando bolhas rompem e formam crostas, a herpes labial já está na última fase - Foto: Shutterstock

  • Lesões na pele, lábios, boca e gengiva

  • Bolhas doloridas que se rompem e liberam fluido

  • Várias bolhas pequenas que se unem para formar uma bolha maior

  • Crostas amarelas que se soltam e mostram uma pele rosa em cicatrização
Buscando ajuda médica
Marque uma consulta com seu médico se você apresentar:

  • Sintomas de herpes labial

  • Feridas perto dos olhos

Médicos para diagnóstico de herpes labial


  • Clínico geral

  • Infectologista

  • Dermatologista
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica

  • Clínico geral

  • Infectologista

  • Dermatologista
Diagnóstico de Herpes labial
Na maioria das vezes, os médicos conseguem detectar uma infecção pelo vírus do herpes simplesmente por meio do exame clínico, dando especial atenção às feridas.
No caso de dúvidas alguns exames podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico como a sorologia e o exame de PCR (detecção DNA do vírus), obtidos através de exame de sangue.
Exames
Os principais exames incluem:

  • Exames de sangue para anticorpos de HSV (sorologia)

  • Teste de anticorpo fluorescente direto das células extraídas de uma lesão

  • Cultura viral da lesão
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Herpes labial
Se não exigirem tratamento, os sintomas geralmente desaparecem entre uma e duas semanas.
Medicamentos antivirais tomados por via oral podem ajudar os sintomas a desaparecerem mais rapidamente e aliviar a dor.

Remédio para herpes labial

As feridas de herpes costumam reaparecer. Os medicamentos antivirais funcionam melhor se forem tomados quando o vírus estiver começando a voltar, ou seja, antes do aparecimento das feridas.
Se o vírus voltar com frequência, o médico poderá recomendar ainda que você tome os medicamentos constantemente.

Pomada para herpes labial

Pomadas antivirais tópicas podem ser usadas para tratar herpes labial, mas devem ser aplicadas a cada duas hora. Elas são caras e podem reduzir o tempo da erupção entre algumas horas a até um dia, em casos leves de herpes.

Outras alternativas

Faça compressas com loções antissépticas não agressivas se necessário, tendo o cuidado de não retirar as crostas pois pode haver sangramento e retardar a cicatrização.
Especialista explica: herpes labial tem cura?
Medicamentos para Herpes labial
Os remédios mais usados para o tratamento de herpes labial são:

  • Aciclovir

  • Canditrat

  • Ezopen (creme)

  • Nistatina (solução)
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo (prognóstico)
Herpes labial tem cura?
Não há cura para a infecção causada pelo vírus do herpes, pois como o vírus fica no estado de latência ele pode ser reativado a qualquer momento. Contudo, tratamentos ajudam a minimizar os sintomas.

Herpes labial pode causar cegueira caso o vírus atinja a mucosa ocular e não seja tratado - Foto: Shutterstock
Herpes labial pode causar cegueira caso o vírus atinja a mucosa ocular e não seja tratado - Foto: Shutterstock
Complicações possíveis
Se não for tratada, o herpes labial pode levar a problemas como:

  • Recorrência do herpes labial (vários episódios durante o ano)

  • Disseminação do herpes para outras áreas do corpo como os olhos

  • Infecções bacterianas secundárias na pele

  • Infecção generalizada (sepse), mais comum em indivíduos com algum tipo de doença de pele ou imunossupressão como portadores de câncer ou do vírus HIV

  • Cegueira caso o vírus atinja a mucosa ocular e não seja tratado
Convivendo/ Prognóstico
Faça compressas com loções antissépticas não agressivas se necessário, tendo o cuidado de não retirar as crostas pois pode haver sangramento e retardar a cicatrização.
As dicas para evitar futuras erupções incluem aplicar filtro solar ou protetor labial com óxido de zinco quando estiver em áreas abertas.
Um hidratante labial para evitar que os lábios fiquem muito secos também pode ser útil.
Prevenção
Prevenção
Como a infecção pelo vírus do herpes é contagiosa, as pessoas com infecção dos lábios devem evitar beijar assim que sentirem o primeiro formigamento (se nenhum formigamento for sentido quando aparecer uma bolha) até que a ulceração esteja totalmente cicatrizada.
Elas não devem compartilhar copos e, se possível, não devem tocar nos lábios e evitar sexo oral.
As pessoas com herpes genital devem usar sempre preservativos, mesmo sem bolhas visíveis e sem sintomas pois o vírus pode estar presente nos órgãos genitais e contagiar os parceiros sexuais.
Evite fazer sexo oral quando estiver com lesões de herpes na boca ou perto da boca e evite receber sexo oral de alguém que tenha lesões de herpes genital ou oral.
Os preservativos podem ajudar a reduzir, mas não eliminar totalmente, o risco de contaminação pelo vírus herpes no sexo genital ou oral com uma pessoa infectada.
Cuidado para não retirar as crostas das lesões pois pode haver sangramento e retardar a cicatrização. Evitar exposição prolongada ao sol e sem o uso de protetor solar.
Protetor labial também pode ser útil para manter os lábios hidratados e evitar rachaduras.

Referências
Ana Célia Xavier, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
Mayo Clinic
American Sexual Helth Association (ASHA)
Ministério da Saúde
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, Ministério da Saúde, 2016
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Infectologia
Manual MSD