sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Manutenção de cadeia asséptica




"Todas as manobras como esterilização do instrumental, anti-sepsia do campo operatório, colocação de luvas, máscaras,  etc., fazem parte da cadeia asséptica."
"É um conjunto de medidas tomadas para a prevenção de contaminação e proliferação de vírus e bactérias."

Terminologias:
Para melhor entendimento, entre os diversos procedimentos existentes, que têm como objetivo inibir, destruir e eliminar microrganismos presentes em artigos, superfícies e tecidos vivos, apresentamos a seguir algumas definições:

1 – ANTISSEPSIA:Visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias microbiocidas (microbicidas) ou microbiostáticas de uso de pele ou mucosa.

2 – ASSEPSIA:Visa o controle a partir do uso de substâncias microbiocidas ou microbiostáticas de uso em superfícies, equipamentos e instrumentos.

3 – ARTIGOS:Instrumentos de naturezas diversas, que podem ser veículos de contaminação.

4 – ARTIGOS CRÍTICOS:São aqueles que penetram através da pele e mucosas adjacentes. Estão nesta categoria os materiais, como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas periodontais, materiais cirúrgicos e outros. Exigem esterilização ou uso único (descartáveis).

5- ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS:São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, alicates de uso ortodôntico etc. exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização.

6 – ARTIGOS NÃO CRÍTICOSSão destinados ao contato com a pele íntegra do paciente, requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.

7 – Barreiras:Todo meio físico que pode ser utilizado com forma de impedir ou dificultar o carreamento de agentes patogênicos de um indivíduo para outro.

8 – Descontaminação:É o processo de desinfecção ou esterilização terminal de objetos e superfícies contaminadas com microrganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para manipulação.

9 – DESINFECÇÃO:É um processo físico ou químico, que destrói microrganismos presentes em objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos.

10 – ESTERILIZAÇÃO:É o processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos.

11 – EPI:Equipamentos de proteção individual.
São eles: protetores oculares, máscaras, luvas, gorros, avental, protetores oculares para luz halógena, roupa branca de uso exclusivo para o atendimento no consultório e avental plumbífero (para gônadas e tireóide).

12 – LIMPEZA:É o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujicidade) de superfícies e objetos. Normalmente é realizada através da aplicação de água e sabão ou detergentes e ação mecânica
.
13 – JANELA IMUNOLÓGICA:Período no qual o organismo, após o contágio pelo agente infeccioso, deflagra o mecanismo de ativação linfocitária, no intuito de produzir anticorpos. Como estes anticorpos ainda não atingiram níveis detectáveis pelos métodos usuais de diagnósticos, tais como Elisa e Imuno Fluorescência, podem aparecer resultados falso-negativos. Este período dura de 3 a 6 meses.

IMUNIZAÇÃO
Todos os funcionários devem estar com o calendário de vacinação atualizado com as seguintes vacinas:
- BCG (tuberculose)
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- Dupla bacteriana (difteria e tétano)
-  Hepatite tipo B.
- Tétano.

EPI (Equipamentos de Proteção Individual)
São equipamentos de proteção utilizados pela equipe odontológica e pessoal auxiliar para evitar contaminações de acidentes.
A maior concentração de microorganismos no consultório se encontra na boca do paciente. Ao utilizarmos instrumentos rotatórios, jatos de ar/água/bicarbonato e ultra-som, a contaminação é gerada em até 1,5 metros de distância, pelo lançamento de saliva/sangue na forma de partículas de aerossóis.
Por isso devemos utilizar todas as barreiras a fim de minimizar a propagação de patógenos.

As formas de contaminação são:
Direta: Ocorre pelo contato direto entre o portador e o hospedeiro, por exemplo: doenças sexualmente transmissíveis, hepatites virais, HIV.
Indiretas: Quando o hospedeiro entra em contato com uma superfície ou substância contaminada, ex: hepatites B, herpes simples.
À Distância: Através do ar, o hospedeiro entra em contato com os microorganismos, por ex: tuberculose, influenza, sarampo e varicela.

Usos de luvas no consultório:

Tipos de luvas:
Luvas de borracha grossa:  usadas para manipular materiais, instrumentais contaminados e durante os procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório.
Deverá ser usado 1 para cada tipo de procedimento: um par para limpeza e desinfecção de instrumentais e materiais; um par para limpeza e desinfecção de pisos, superfícies e equipamentos.
As luvas deverão ser desinfetadas, lavadas com água e sabão e secadas ao ar de ponta cabeça.

Luvas para procedimentos semicríticosUsadas para procedimentos não invasivos; Lavar as mãos com água e sabão líquido, secando-as com toalhe de papel antes de se calçar as luvas;
Descartar a luva no lixo contaminado após o uso.

Luvas para procedimentos críticos:São aquelas usadas para procedimentos invasivos.
Lavar e escovar as mãos com água e sabão líquido, secando-as com toalhas de papel antes de se calçar as luvas;
Em procedimentos de longa duração, acima de 2 horas recomenda-se a troca das luvas durante o procedimento;
Não reprocessar essas luvas;

Uso de máscaras no Consultório:A máscara se constitui na mais importante medida de proteção das vias aéreas superiores contra os microrganismos presentes nas partículas e aerossóis produzidas durante os procedimentos odontológicos.
Deve-se trocar a mascaro quando esta ficar úmida e no intervalo de pacientes.

Uso de gorros descartáveis no consultório:
Evitam que haja contaminação dos cabelos dos profissionais por aerossóis provenientes da cavidade bucal.
Uso de óculos de proteção no consultório:

Os óculos de proteção são o melhor meio de proteção contra partículas que podem lesar e contaminar o globo ocular.
É necessário também o uso de óculos de proteção para o paciente, esses têm a finalidade de proteger seus olhos a produtos irritantes, contaminados e perfuro-cortantes.

Uso de aventais nos consultórioO avental de preferência, deve ter gola do tipo “gola de padre”, com mangas longas, punho em elásticos e com comprimento ¾ cobrindo os joelhos.

Uso de toalhas no consultório:Aconselha-se o uso de toalhas de papel.
As toalhas de pano apresentam cultura positiva para um número muito grande de bactérias.

Recomendações com relação aos cuidados pessoais:Retirar jóias, anéis, relógios etc...
Manter perfeita higiene pessoal (unhas limpas e aparadas, lavar mãos com solução anti-séptica antes e após o trabalho).

BARREIRAS NECESSÁRIAS NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO:
CLASSIFICAÇÃO:A) Aquelas que protegem o profissional (EPI): luvas, máscaras, gorros etc... (CITADAS LOGO ACIMA)

B) As que protegem superfícies: folhas de alumínio, folhas de plástico (capa plástica e filme PVC);

C) As que impedem a contaminação de pontos específicos: controle de pé nas cadeiras, uso de flush (sist. De auto limpeza nos equipamentos), canetas de alta rotação que podem ser auto-claváveis, uso de sabão anti-sépticos líquidos no consultório, toalhas de papel descartáveis e adoção de um fluxo para descontaminação, lavagem, secagem e esterilização de instrumentais. (E.A.S.);

D) Na redução de microorganismos nos aerossóis: técnicas de antissepsia, uso de suctores de alta potência e identificação do paciente de risco.

Proteção de superfícies:As superfícies mais contaminadas pelas mãos do profissional são: cabos e interruptores, encosto de cabeça, comando manual da cadeira, pontas (seringa tríplice, alta rotação e micromotor), encaixe das pontas, unidade auxiliar, unidades de controle, mesa auxiliar, cabo de rx e seus controles.
Essas superfícies devem ser encapadas para que sejam estabelecidas as barreiras. A cobertura deve ser feita por material impermeável a água, como o plástico PVC, folha de alumínio e o látex.
Necessitam ser trocadas a cada atendimento.

Medidas que impedem a contaminação em pontos específicos
Uso obrigatório de sabão líquido e toalha de papel, cobertura dos controles dos comandos da cadeira, lavatórios e reservatórios de sabão líquido por comando de pedal.

Barreiras de Redução do número de microorganismos nos aerossóis:Suctores de alta potência (ciclone – bomba de vácuo).

Antissepsia da Cavidade Bucal:A antissepsia pode reduzir de 75 a 99,9% a quantidade de microorganismos na boca do paciente. Fica, assim, evidente, que uma correta antissepsia pré-procedimento odontológico é altamente satisfatória, e tornar uma medida muito eficiente no controle da contaminação do consultório. Foi relatado ainda, uma redução significativa nas bacteremias transitórias, responsáveis pelas endocardites, com o uso prévio de anti-sépticos bucais, à base de clorexidina.

Esterilização


 



Esquema geral de esterilização:

1. Material contaminado da bandeja: depois de utilizado, deve ser embrulhado no campo e levado para a área de esterilização, que atualmente é chamada de área de Recirculação dos Materiais (RCM) e regulamentada pela vigilância sanitária. 

2. O material descartável: agulhas, lâminas de bisturi e outros materiais descartáveis devem ser colocados em recipientes próprios para descarte de materiais perfurocortantes, como os Descartex, e eliminados com a indicação de material contaminado. O profissional que efetuar esses procedimentos deve estar sempre com EPI (Equipamento de Proteção Individual) e tomar todo cuidado para não se ferir com os instrumentos perfurocortantes que está manipulando.

3. Pré-lavagem com desincrustantes: os instrumentos que vão ser recirculados devem ser colocados em cubas ultrasônicas com desincrustantes ou enzimas proteolíticas para a pré-lavagem.
As alta-rotações, micromotores e contra-ângulos não devem ser colocados nas cubas ultra-sônicas.

4. Lavagem em água corrente: todo material pré-lavado deve ser retirado do recipiente ultra-sônico com luvas plásticas comerciais e abundantemente lavados em água corrente. O profissional deve ainda inspecionar todos os instrumentos, se possível com lupa, certificando-se de que toda sujidade foi eficientemente removida e que o instrumento está em perfeitas condições de uso.

5. Secagem do material: o material, para ser eficientemente esterilizado, precisa estar completamente limpo e seco. A secagem pode ser feita com papel toalha ou jato de ar comprimido, de preferência em um escorredor que drene a  água para a cuba da pia.

6. Embalagem: os materiais e instrumentos devem ser embalados em envelopes próprios, com plástico termorresistentes, nylon, papel grau cirúrgico.

7. Esterilização: a esterilização deve ser feita em autoclave ou estufa, seguindo cuidados e técnicas e obedecendo às determinações do fabricante. Também é importante lembrar que os procedimentos de manutenção e testes de aferição da eficiência do funcionamento da autoclave e estufas são essenciais para a garantia da esterilização e conservação do aparelho.

8. Armazenamento do material: todo instrumental esterilizado, devidamente etiquetado com data de esterilização e prazo de validade desta deve ser armazenado em local seguro, muito bem fechado, como gavetas ou armários. Semanalmente, os locais de armazenamento podem ser desinfetados com produtos à base de fenol. Podem ainda ser colocadas pastilhas de cânfora para evitar insetos que danifiquem as embalagens.

Todos esses procedimentos devem ser realizados em área própria para os procedimentos de esterilização, que pode ser chamada de Centro de Recirculação dos Materiais (CRM).



Núcleos - restauração com núcleos fundidos, preparo do remanescente, princípios mecânicos

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NÚCLEOS

Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento estão indicados em dentes que apresentam-se com a coroa clínica com certo grau de destruição e que necessitam tratamento com prótese. Deste modo, as características anatômicas da coroa clínica são recuperadas, conferindo ao dente preparado condições biomecânicas para manter a prótese em função por um período de tempo razoável.
As técnicas e os materiais utilizados para reparar a anatomia dentária variam de acordo com o grau de destruição da porção coronária e se o dente apresenta ou não vitalidade pulpar.

Dentes Polpados:

Uma regra básica é que, existindo aproximadamente a metade da estrutura coronária, de preferência envolvendo o terço cervical do dente, pois é essa região responsável pela retenção friccional da coroa, o restante da coroa pode ser restaurada com material de preenchimento, usando meios adicionais de retenção através de pinos rosqueáveis em dentina.




Os materiais que melhor desempenham a função de repor a estrutura dentinária perdida na porção coronária de um dente preparado são as resinas compostas, os ionômeros de vidro, e a combinação de ambos, os chamados compômeros.

Quando após o preparo da estrutura coronária remanescente chegar-se a conclusão que não existe estrutura suficiente para resistir às forças mastigatórias, com o risco de ocorrerem fraturas no material de preenchimento, deve-se realizar o tratamento endodôntico.

Dentes Despolpados:

Restauração com núcleos Fundidos:Nos casos de grande destruição coronária, indica-se o uso de núcleo metálicos fundidos.

Preparo do Remanescente Coronário:
Remove-se o cimento temporário contido na câmara pulpar até a entrada do conduto. É muito importante que se preserve o máximo de estrutura dental para manter a resistência do dente e aumentar a retenção da prótese.

Após eliminar as retenções da câmara pulpar, as paredes da coroa preparada devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo, com espessura mínima de 1 mm.

É nesta base que as forças são dirigidas para a raiz do dente, minimizando as tensões que se formam na interface núcleo metálico/raiz, principalmente na região apical do núcleo.

Quando não existe estrutura coronária suficiente para propiciar essa base de sustentação, as forças que incidem sobre o núcleo são direcionadas no sentido oblíquo, tornando a raiz mais suscetível à fratura.



Nesses casos, deve-se preparar uma caixa no interior da raiz com aproximadamente 2mm de profundidade para criar-se uma base de sustentação para o núcleo e assim direcionar as forças no sentido vertical. 

Essas pequenas caixas não devem enfraquecer a raiz nessa região e, portanto, só podem ser confeccionadas quando a raiz apresentar estrutura suficiente.

Essas caixa quando confeccionadas também irão atuar como elementos anti-rotacionais.



Preparo Do Conduto:


Existem 4 fatores que devem ser analisados para propiciar retenção adequanda ao núcleo intra-radicular:

1: Comprimento;
2: Inclinação das paredes;
3: Diâmetro;
4: Característica superficial.


Comprimento: Deve ser igual ou maior que a coroa clínica.

Como regra geral, o comprimento do pino intra-radicular deve atingir 2/3 do comprimento total do remanescente dental, embora o meio mais seguro, principalmente naqueles dentes que tenham sofrido perda óssea, é ter o pino no comprimento equivalente à metade do suporte ósseo da raiz envolvida.

O comprimento adequado do pino no interior da raiz proporciona uma distribuição mais uniforme das forças oclusais ao longo da raiz diminuindo a concentração de estresse, e fratura.

O comprimento do pino deve ser analisado com uma radiografia periapical e levar em consideração a quantidade mínima de 4mm de material obturador que deve ser deixada na região apical do conduto radicular para garantir vedamento efetivo nessa região.







Inclinação das paredes do conduto:Os núcleos intra-radiculares com paredes inclinadas, além de apresentarem menor retenção que os de paredes paralelas também desenvolvem maior concentração de força em suas paredes, podendo gerar efeito de cunha, e consequentemente, desenvolver fratura.

Diâmetro do pino:Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a sua retenção e resistência porém, deve ser considerado também o possível enfraquecimento da raiz remanescente. Em vista disto, têm sido sugerido que o diâmetro do pino deve apresentar 1/3 do diâmetro total da raiz e que a espessura de dentina deve ser maior na face vestibular dos dentes anteriores superiores, devido a incidência de força ser maior neste sentido.



Clinicamente, o diâmetro do pino deve ser determinado comparando-se através de uma radiografia o diâmetro da broca com o do conduto.

Para que o metal utilizado apresente resistência satisfatória, é indispensável que tenha pelo menos 1mm de diâmetro na sua extremidade apical.

Característica superficial do pino intra-radicular:Para aumentar a retenção de núcleos fundidos que apresentam superfícies lisas, estas podem ser tornadas irregulares ou rugosas antes da cimentação, usando-se brocas ou jato de alumínio.

PREPARO DO CONDUTO:
A remoção do material obturador é feito com brocas de Gates, Peeso ou Largo, de diâmetro apropriado ao do conduto.

Deve-se considerar deixar no mínimo 4 mm de material obturador no ápice do conduto para garantir selamento efetivo na região.

Para dentes multirradiculares: com condutos paralelos, não é necessário que o preparo dos condutos apresente o mesmo comprimento. Somente o de maior diâmetro é levado à sua extensão máxima,  ex: 2/3, e o outro apenas até a metade do comprimento total da raiz-coroa remanescente.

Como os condutos são paralelos, pode-se ter o núcleo com os 2 pinos unidos pela base, que se comportam como dispositivos anti-rotacionais; assim não é necessário o alargamento e ovalamento dos condutos, buscando-se atingir o diâmetro mínimo (1mm) para que a liga metálica mantenha suas características de resistência, evintando assim desgaste desnecessário de dentina.

Dentes como os pré-molares superiores, que podem apresentar divergência das raízes, devem ter seu conduto mais volumoso preparado na extensão convencional (2/3) e o outro preparado parcialmente apenas com o objetivo de conferir estabilidade, funcionando como dispositivo anti-rotacional.

Nos dentes multirradiculares superiores com condutos divergentes e que apresentam remanescente coronário, prepara-se o conduto palatino até 2/3 da sua extensão, e um dos vestibulares até sua metade (o mais volumoso deles) e o outro terá apenas parte de sua embocadura preparada. Esta metade do núcleo se encaixará na porção palatina através de sistemas de encaixes.  

Somente na ausência total do remanescente coronário, deve-se preparar os 3 condutos divergentes. Consequentemente, o núcleo resultante deverá ser confeccionado em 3 partes distintas.

Preparo de núcleo em dente com raizes divergentes.

Os molares inferiores geralmente apresentam sua raiz mesial com condutos paralelos ou ligeiramente divergentes e raramente exigem divisão do núcleo em mais que 2 segmentos, pois podem ser tornados paralelos através do preparo.

Resumo do livro "Prótese Fixa - Luiz Fernando Pegoraro"

Confecção de Núcleos


CONFECÇÃO DO NÚCLEO

Para a confecção do núcleo podem ser empregadas duas técnicas: a direta e a indireta.

Nesse resumo estaremos abordando a técnica direta tanto para dentes unirradiculares quanto para dentes multirradiculares.

Resumo do livro "Prótese Fixa - Luiz Fernando Pegoraro"

Clique na imagem para aumentar de tamanho.

Técnica Direta – Dente Unirradicular:

A) Prepara-se um bastão de resina acrílica que se adapta ao diâmetro e comprimento do conduto preparado e que se estenda 1 cm além da coroa remanescente.




É indispensável que o bastão atinja a porção apical do conduto e que exista espaço entre ele e as paredes axiais, para facilitar a moldagem do conduto com resina Duralay.


B) Lubrifica-se o conduto e porção coronária.

C) Molda-se o conduto, levando-se a resina preparada com sonda, pincel ou seringa Centrix no seu interior e envolvendo o bastão que é introduzido no mesmo, verificando se atingiu toda sua extensão.



O material em excesso é acomodado no bastão para confeccionar a porção coronária do núcleo.



Durante a polimerização da resina, o bastão deve ser removido e novamente introduzido várias vezes no conduto, para evitar que o núcleo fique retido pela resença de retenções deixadas durante o preparo do conduto.



Corta-se o bastão no nível oclusal e faz se o preparo da porção coronária.



A parte coronária do núcleo deve apenas complementar a estrutura dentária perdida, dando-lhe forma e características de um dente preparado.



D) A adaptação do núcleo no interior do conduto deve ser passiva e este procedimento é facilitado empregando-se evidenciadores de contato no núcleo.

E) Previamente a cimentação o conduto deve ser limpo com álcool absoluto ou líquidos próprios para esse fim, e seco completamente.
A cimentação pode ser realizada com cimentos de fosfato de zinco ou ionômero de vidro.




TÉCNICA DIRETA PARA DENTES MULTIRRADICULARES

É possível também confeccionar núcleos em dentes com raízes divergentes pela técnica direta.

Os procedimentos para o preparo dos condutos e confecção dos núcleos seguem os mesmos princípios descritos anteriormente.
Uma maneira para obter núcleos pela técnica direta em dentes com condutos divergentes, é confeccionar inicialmente o pino do canal de maior volume que irá transpassar a porção coronária do núcleo.



Vista oclusal do molar com os condutos já preparados



O conduto palatino é moldado em resina deixando a porção coronal do pino com suas paredes divergentes para oclusal, lisas e ligeiramente ovaladas.



O pino de resina e as paredes da camâra pulpar são isolados e faz-se a moldagem do(s) outro(s) conduto(s). Em seguida faz-se o preenchimento da câmara pulpar com resina para a formação da parte coronária do núcleo.




Após a polimerização da resina, remove-se o pino do conduto palatino e prepara-se a parte coronária do núcleo.






Adaptação do núcleo
Adaptação do pino palatino
Imagem Radiográfica
Núcleo cimentado

domingo, 14 de julho de 2019

Resumo Medicação Intracanal

VIII – MEDICAÇÃO INTRACANAL 
 8.1 Introdução 
 Diversas situações clínicas exigem o emprego de medicação intra canal. Na endodontia, tais medicamentos 
 deverão permanecer ativos durante todo o período entre as consultas do tratamento endodôntico. Esta 
 característica se torna fundamental quando se pensa em casos de processo infeccioso enquanto que diante das 
 polpas vivas esta característica não é tão importante. Objetivos: combater microorganismos, ajudar na 
 desinfecção das áreas não atingidas pelo preparo do canal, moderar a inflamação (biopulpectomia), 
 estimular a reparação, promover a neutralização dos produtos tóxicos. 
 
 • Colocados na cavidade pulpar entre as sessões operatórias – NUNCA APÓS A OBTURAÇÃO. 
 • Fases do tratamento: 
 
 o Químico-mecânico: 
 � Instrumentos;
� Soluções irrigadoras; 
 � Medicação intracanal (necrose – principalmente); 
 
 • Principalmente depois da instrumentação, pois depois de instrumentado o 
 medicamento irá neutralizar a região que está com os microorganismos. 
 
 � Obturação. 
 
 8.1.1 Objetivos 
 Um medicamento pode ser aplicado no interior do sistema de canais radiculares pelas seguintes razões: 
 
 • Eliminar micro-organismos que sobreviveram ao preparo químico-mecânico; 
 • Impedir a proliferação de micro-organismos que sobreviveram ao preparo químico-mecânico; 
 • Atuar como barreira físico-química contra a infecção ou reinfecção por micro-organismos da saliva; 
 • Reduzir a inflamação perirradicular e consequente sintomatologia; 
 • Controlar exsudação persistente; 
 • Solubilizar matéria orgânica; 
 • Neutralizar produtos tóxicos; 
 • Controlar reabsorção dentária inflamatória externa; 
 • Estimular a reparação por tecido mineralizado. 
 
 8.1.2 Propriedades ideais 
 Propriedades ideais da medicação intracanal: antimicrobiana, anti-inflamatória, estimular o reparo tecidual, 
 prevenir ou reduzir a dor, não ser irritante aos tecidos, difusibilidade através da dentina, começar a agir 
 rapidamente, longa ação, agir na presença de restos de matéria orgânica, solúvel em água, uso prático, não 
 manchar os dentes e tecidos moles, baixo custo, tempo de validade prolongado. 
 
 8.1.3 Tipos de medicamentos 
 • Voláteis: atuam à distância (sem contato direto com a região); 
 • Cremosos (agem por contato direto); 
 • Líquidos (atuam por contato direto); 
 
 8.1.4 Emprego da medicação intra-canal 
 • Medicação preparatória – toda aquela que iremos utilizar antes de instrumentar apical – tempo mais 
 
 curto de atuação 24-48h; 
 • Medicação de demora: depende do estado patológico da polpa e tempo da medicação intra-canal no 
 
 canal, FAE do tratamento endodôntico.         

    • O uso de determinado medicamento intra-canal deverá respeitar o tipo de característica apresentado 
 pela polpa, sendo classificado em: 
 
 o Polpa viva – biopulpectomia; 
 � Medicação preparatória (otosporin, clorexidina a 2%, hipoclorito de sódio); 
 � Medicação de demora (hidróxido de cálcio). 
 
 o Polpa morta – necropulpectomia. 
 � Medicação preparatória (formocresol); 
 � Medicação de demora (PMCC (p-monoclorofenal canforado), Clorexidina a 2%, 
 
 Hidróxido de cálcio (é o favorito) 
 
 8.2 Polpa viva – biopulpectomia 
 Geralmente, a infecção em dentes com vitalidade pulpar está restrita à superfície da polpa coronária exposta, 
 sendo que a radicular se encontra apenas inflamada, isenta de microorganismos. Isso porque os mecanismos 
 de defesa do hospedeiro, conquanto a polpa se encontre vital, impedem o avanço da infecção em direção 
 apical. Esse fato se reveste de importância clínica, no que se refera à conduta terapêutica em dentes com polpa 
 vital. Uma vez eliminada a infecção superficial da polpa através da profusa irrigação da câmara pulpar com 
 solução de Hipoclorito de sódio, todos os procedimentos intracanais serão realizados em ambiente asséptico, 
 não infectado. Quando indicados nas biopulpectomias, os medicamentos intracanais recomendados são uma 
 solução de corticoesteroide/antibiótico (ostoporin ou decadron colírio) ou as pastas de hidróxido de cálcio. 
 
 • Infecção, se pré-existente, não é importante; 
 • Maior problema é a inflamação; 
 • Manutenção da cadeia asséptica; 
 
 o A medicação precisa ter algum componente que mantenha o canal estéril, não pode ser 
 passível de proliferação microbiana. 
 
 • Tratamento em única sessão se possível; 
 • Preocupação com a moldagem; 
 • Integridade da região periapical; 
 • Manutenção da cadeia asséptica; 
 • Polpa viva: 
 
 o Preservação da vitalidade da região periapical. 
 o Estimular a reparação com formação de tecido mineralizado; 
 o Auxiliar no controle da cadeia asséptica; 
 o Impedir a contaminação; 
 o Alívio da dor; 
 o Anti-inflamatória; 
 o Solubilizar matéria orgânica; 
 
 8.2.1 Objetivos da biopulpectomia 
 Modular a inflamação do coto periodontal e tecidos das ramificações do sistema de canais. Prevenir dor pós-
 operatória, evitar contaminação pela restauração provisória, favorecer o reparo apical, ajudar na secagem do 
 canal. 
 
 8.2.2 Medicação preparatória: 
 o Alívio da dor em casos de urgências; 
 o Falta de tempo para executar o preparo do canal; 
 o Neutralizar produtos tóxicos presentes em casos de polpa mortificada;           

o As principais medicações preparatórias utilizadas são: OTOSORIN, CLOREXIDINA 
 2% E HIPOCLORITO; 
 
 o Otosporin (ou decadron colírio): 
 � Medicação preparatória em casos de polpa viva; 
 � Hidrocortisona (antiinflamatório); 
 � Sulfato de neomicina (antibiótico); 
 � Sulfato de polimixina B; 
 � É utilizado para reduzir a inflamação do remanescente pulpar, que poderia resultar em 
 
 sintomatologia até o retorno do paciente para completa instrumentação. Esse 
 medicamento pode ser acondicionado em tubetes de anestésicos vazios, o que facilita 
 sua aplicação no canal radicular com o auxílio de uma seringa do tipo carpule e 
 agulha G30; 
 
 � Também empregamos o otosporin nos casos de uma sobreinstrumentação ou em 
 casos de periodontite apical aguda de etiologia traumática ou química, mas não 
 infecciosa. 
 
 8.2.3 Medicação de demora 
 • Polpa viva: 
 
 o Preservar a vitalidade do coto pulpar; moderar a inflamação e dor, favorecer a reparação, 
 combater o microorganismo – para que o coto pulpar estimule um selamento biológico do 
 forame radicular pelo cemento. 
 
 o Medicamentos: ostoporin (medicação preparatória), hidróxido de cálcio (de demora). 
 
 8.2.4 Sequência técnica da BIO: 
 • Anestesia; 
 • Abertura coronária; 
 • Isolamento absoluto; 
 • Irrigação-aspiração com hipoclorito de sódio; 
 • Remoção da polpa coronária; 
 • Exploração (biopulpectomia); 
 • Hemostasia; 
 • Aplicação da medicação intra-canal – Otosporin ou NDP na câmara coronária; 
 
 o Coloca o otosporin em um pote dapen, inunda o canal e sela com uma bolinha de algodão 
 estéril. 
 
 • Selamento provisório. 
 
 8.3 Polpa necrótica – necropulpectomia 
 
 Após o preparo químico-mecânico de canais radiculares infectados (casos de necrose pulpar ou de 
 retratamento), impõe-se o emprego de um medicamento intracanal vidando maximizar a eliminação de micro-
 organismos. Todavia, é imperioso que se remova a smear layer com objetivo de desobstruir o acesso às 
 ramificações e aos túbulos dentinários e, com isso, facilitar a difusão e atuação do medicamento. 
 
 • Dente despolpado está infectado; 
 • A infecção é o problema principal – gangrena pulpar; 
 • Dificuldade em se estabelecer se há necrose asséptica; 
 • Presença de bactérias e metabólitos – endotoxinas (Gram-negativas); 
 • Deve ser executado a limpeza e modelagem do conduto radicular;           

 o A alta atividade antimicrobiana. Propriedades analgésicas, antiinflamatórias e antimicrobianas. 
 
 8.3.1 Objetivos: 
 • Eliminar remanescentes microbianos do preparo biomecânico; 
 • Modular inflamação dos tecidos periapicais; 
 • Fixar conteúdo inerte do canal; 
 • Neutralizar debris teciduais; 
 • Agir como barreira contra inflamação da restauração provisória; 
 • Ajudar a secar exsudato persistente no canal. 
 • Como escolher a medicação? 
 
 o Ação por contato: paramonoclorofenol conoforado (PMCC), otosporin, hidróxido de 
 cálcio, clorexidina, hipoclorito; 
 
 o Ação à distância: tricresol formalina (formocresol); 
 
 8.3.2 Medicação preparatória 
 • Formocresol 
 
 o Pode serchamado de tricresol formalina também, todavia a diferença entre um e outro está na 
 concentração de formalina. Formocresol (19 a 43%) e tricresol formalina (em torno de 90%); 
 
 o Germicida potente; 
 o Ação neutralizadora e de fixação celular; 
 o Efetivo bactericida contra os microorgansmos anaeróbios; 
 o Formaldeído e cresol – gás produzido pela incompleta combustão do metanol, é solúvel em 
 
 água, com solução na concentração aquosa de aproximadamente 38 a 40% de formaldeído em 
  peso, chamado formalina; 
 
 � Formalina possui ação antimicrobiana através da ação aquilante sobre proteínas e 
 ácidos nucleicos do microorganismo. 
 
 o Substância altamente irritante aos tecidos vivos – por causa da formalina; 
 o Citotóxicos, mutagênicos e carcinogênicos. 
 o Neutralização de produtos tóxicos. 
 
 8.3.3 Sequência técnica 
 • Anestesia; 
 • Abertura coronária; 
 • Isolamento absoluto; 
 • Exploração do canal radicular por terços; 
 • Irrigação-aspiração com hipoclorito de sódio; 
 • Secagem do canal com cone de papel absorvente; 
 • Preencher a câmara pulpar com clorexidina gel 2% ou hipoclorito de sódio 2,5%; 
 • Bolinha de algodão estéril com formocresol; 
 • Selamento provisóio. 
 
 8.3.4 Medicação de demora 
 • Polpa mortificada: 
 
 o Manter saneamento; 
 o Combater microorganismos; 
 o Favorecer reparação. 
 o Medicamentos: PMCC, Clorexidina, Hidróxido de cálcio (é o favorito)         


    8.3.4.1 Características dos medicamentos de demora 
 
 • Paramonoclorofenal canforado (PMCC) 
 o Introduzido em 1929; 
 o Utilizado por mais de 70 anos; 
 o Bactericida; 
 o Extremamente citotóxico; 
 o Baixa tensão superficial e elevada penetrabilidade; 
 o Não neutraliza produtos tóxicos; 
 o Grande odor e sabor; 
 o Não atua no LPS (lipopolissacarideos) bacteriano. 
 
 • Clorexidina 
 o Alta substantividade: associado a um veículo de liberação controlada pode ser utilizado até 7 
 
 dias dentro do canal radicular diminuindo significantemente o número de microorganismos; 
 o Ação antimicrobiana imediata; 
 o Amplo espectro antimicrobiano sobre bactérias gram-positivas, gram-negativas, anaeróbias 
 
 facultativas, aeróbias, leveduras e fungos; 
 o Ausência de toxicidade; 
 o Capacidade de absorção pela dentina e lenta liberação de substancia ativa; 
 o Necessita de mais pesquisas. 
 
 � TÉCNICA DE USO DA Clorexidina – FOR Unicamp 
 • Clorexidina a 2% em Gel de natrosol (hidroxi etil celulose); 
 • Aplicar com seringa no canal; 
 • Cuidado importante: a associação de NaOCl + Clorexidina resulta em um 
 
 precipitado que pode pigmentar dentes e raízes – paracloranilina. 
 
 • Hidróxido de cálcio 
 o SEMPRE DEPOIS DE INSTRUMENTAR O CONDUTO; 
 o Pó branco, alcalino (pH 12,8), inodoro e pouco solúvel em água; 
 o Apresentação em pó branco, fino, inodoro e alcalino; 
 o Propriedades: 
 
 � Alcalinidade (alta ação antimicrobiana); 
 � Bactericidade; 
 � Antiexsudativo; 
 � Indutor de calcificação; 
 � Inibidor de reabsorção – impede a reabsorção óssea durante a lesão periapical. 
 
 o Veículos: 
 � Uma vez que se encontra em forma de pó, o hidróxido de cálcio deve ser associado a 
 
 uma outra substância que permita sua veiculação para o interior do sistema de canais 
 radiculares. Idealmente, os veículos devem possibilitar a dissociação iônica do 
 hidróxido de cálcio em íons cálcio e hidroxila, uma vez que suas propriedades são 
 dependentes de tal dissociação. Essa dissociação poderá ocorrer de diferentes formas, 
 grau e intensidade, dependendo de outras substâncias que entram na composição da 
 pasta. 
 
 � Aquosos: dissociação extramamente rápida, havendo mais difusão e contato com 
 tecidos e microorganismos; 
 
 • Ex: água destilada, soro fisiológico, solução anestésica; 
 
 User
 Realce
 
 User
 Realce      


    � Viscosos: dissociação mais lenta; 
 • Ex: glicerina, polietilenoglicol e propilenoglicol; 
 
 � Oleoso: óleo de oliva 
 • Diferença entre aquoso e oleoso: dissociação no veiculo aquoso é mais rápida 
 
 (dos íons cálcio hidroxila ....) Quando quero liberação mais lenta colocamos 
 um veículo viscoso. 
 
 � Inertes (só servem pra que haja dissociação em íons de cálcio hidroxila): água 
 destilada, soro fisiológico, as soluções anestésicas, solução de metilcelulose, óleo de 
 oliva, glicerina, politilenoglicol, propilenoglicol, natrosol; 
 
 � Biologicamente atibvos: PMCC (com hidróxido de cálcio) a clorexidina e o iodeto 
 de potássio iodetado; 
 
 Veículo Tempo de ação 
 Água destilada 48h a 7 dias 
 Propileno glicol Em torno de 21 dias 
 Óleo de oliva Em torno de 6 meses 
 
 o Colocação das pastas de hidróxido de cálcio 
 � Movimentos de vai e vém; 
 � Instrumentos endodônticos; 
 � Lentulo (sentido horário); 
 � Sistema Calen – seringa + agulha 27 G longa 
 
 o Modo de inserção: 
 � Lentulo: inserir entrando 3mm aquém ao comprimento real de trabalho 
 � Limas: entrar no comprimento real de trabalho; 
 
 o Calen (indicada para casos de necropulpectomia) 
 � Hidroxido de cálcio PA 2,5g; 
 � Oxido de zinco 1g; 
 � Colofôna 0,05g; 
 � Polietileno glicol 400 – 1,75 ml; 
 
 o Técnica – emprego da pasta de hidróxido de cálcio 
 � Canal radicular modelado; 
 � Aplicação de EDTA; 
 � Secagem do canal; 
 � Selamento duplo hidróxido de cálcio, bolinha, guta-percha – cimento provisório. 
 
 CANAL BIOPULPECTOMIA NECROPULPECTOMIA 
 Totalmente instrumentado Obturação 
 
 Hidróxido de Cálcio 
 Cloreidina Gel 
 
 Hidróxido de cálcio + PMCC 
 Clorexidina Gel 
 
 Parcialmente intrumentado Algodão estéril 
 Otosporin 
 
 Tricresol formalina 
 Hipoclorito de sódio 2 a 2,5% 
 
 
 
 8.4 Selamento Coronário 
 • Polpa viva 
 
 o Canal parcialmente instrumentado: 
 � Algodão estéril + otosporin. 
 
 o Canal completamente instrumentado:           

    � Algodão estéril; 
 � Hidróxido de cálcio + veículo. 
 
 • Polpa morta: 
 o Canal não instrumentado: 
 
 � Algodão estéril com tricresol formalina ou; 
 � Hipoclorito de sódio 2 a 2,5% inundando os canais radiculares. 
 
 o Canal totalmente instrumentado: 
 � Hidróxido de Cálcio + P-monoclorofenal + Veículo; 
 � Remoção da smear layer (EDTA 5 minutos); 
 � Remoção do EDTA com hipoclorito de sódio 2 a 2,5%; 
 � Remoção do hipoclorito de sódio com soro fisiológico; 
 � Preenchimento dos canais com pasta de hidróxido de cálcio + P-monoclorofenal ou 
 
 HIPG. 
 
 8.4.1 Pasta para selamento 
 • Necrose pulpar: H (substância principal) I(radiopasidade) P (aumentar atividade antimicrobiana) G 
 
 (veículo); 
 o Pasta com hidróxido de cálcio (H), iodofórmio (I), P-monoclorofenal (P) e glicerina (G) 
 
 • Pó: 3 partes de hidróxido de cálcio P.A. + 1 parte de iodofórmio: 
 • Líquido: glicerina + PMCC em partes iguais; 
 • Lentulo (sentido horário) e coloca no conduto; 
 • Bola de algodão; 
 • Guta percha em bastão; 
 • Cotosol por cima; 
 • Radiografar. 
 • Informações do HIPG: 
 
 o Da radiopacidade a aumenta as prop antibaterianas da MIC, casos persistentes, lesões 
 refratarias, ppossivel resposta alérgica 
 
 o Causa escurecimento dental por causa do iodofórmio 
 • Sequência técnica de aplicação da HIPG: 
 
 o Aplicação de pasta medicamentosa com espiral lentulho (pra direita): 
 o Verificar se o motor de baixa rotação está girado à direita; 
 o Introduzinr a lentulo no canal com o motor desligado; 
 o Profundidade aproximadamente 3 mm da região apical; 
 o Acionar o pedal da baixa rotação. 
 
 • “Durante ot tratamento devem ser empregadas substancias que irão combater não somente a 
 infecção remanescente na luz e paredes do canal radicular, mas principalmente aquela situada 
 profunda e difusamente pela estrutura do dente. Áreas estasinacessíveis ao preparo biomecânico e 
 ao sistema de defesa do organismo”. 
 
 • Não pega em biofilme bacteriano – não é sempre. 
 8.4.2 Material selador provisório 
 
 • Cavidads pequenas: tempo curto 
 o Bioplic – fotopolimerizável; 
 o Cotosol: presa com umidade;