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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Manutenção de cadeia asséptica




"Todas as manobras como esterilização do instrumental, anti-sepsia do campo operatório, colocação de luvas, máscaras,  etc., fazem parte da cadeia asséptica."
"É um conjunto de medidas tomadas para a prevenção de contaminação e proliferação de vírus e bactérias."

Terminologias:
Para melhor entendimento, entre os diversos procedimentos existentes, que têm como objetivo inibir, destruir e eliminar microrganismos presentes em artigos, superfícies e tecidos vivos, apresentamos a seguir algumas definições:

1 – ANTISSEPSIA:Visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias microbiocidas (microbicidas) ou microbiostáticas de uso de pele ou mucosa.

2 – ASSEPSIA:Visa o controle a partir do uso de substâncias microbiocidas ou microbiostáticas de uso em superfícies, equipamentos e instrumentos.

3 – ARTIGOS:Instrumentos de naturezas diversas, que podem ser veículos de contaminação.

4 – ARTIGOS CRÍTICOS:São aqueles que penetram através da pele e mucosas adjacentes. Estão nesta categoria os materiais, como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas periodontais, materiais cirúrgicos e outros. Exigem esterilização ou uso único (descartáveis).

5- ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS:São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, alicates de uso ortodôntico etc. exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização.

6 – ARTIGOS NÃO CRÍTICOSSão destinados ao contato com a pele íntegra do paciente, requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.

7 – Barreiras:Todo meio físico que pode ser utilizado com forma de impedir ou dificultar o carreamento de agentes patogênicos de um indivíduo para outro.

8 – Descontaminação:É o processo de desinfecção ou esterilização terminal de objetos e superfícies contaminadas com microrganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para manipulação.

9 – DESINFECÇÃO:É um processo físico ou químico, que destrói microrganismos presentes em objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos.

10 – ESTERILIZAÇÃO:É o processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos.

11 – EPI:Equipamentos de proteção individual.
São eles: protetores oculares, máscaras, luvas, gorros, avental, protetores oculares para luz halógena, roupa branca de uso exclusivo para o atendimento no consultório e avental plumbífero (para gônadas e tireóide).

12 – LIMPEZA:É o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujicidade) de superfícies e objetos. Normalmente é realizada através da aplicação de água e sabão ou detergentes e ação mecânica
.
13 – JANELA IMUNOLÓGICA:Período no qual o organismo, após o contágio pelo agente infeccioso, deflagra o mecanismo de ativação linfocitária, no intuito de produzir anticorpos. Como estes anticorpos ainda não atingiram níveis detectáveis pelos métodos usuais de diagnósticos, tais como Elisa e Imuno Fluorescência, podem aparecer resultados falso-negativos. Este período dura de 3 a 6 meses.

IMUNIZAÇÃO
Todos os funcionários devem estar com o calendário de vacinação atualizado com as seguintes vacinas:
- BCG (tuberculose)
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- Dupla bacteriana (difteria e tétano)
-  Hepatite tipo B.
- Tétano.

EPI (Equipamentos de Proteção Individual)
São equipamentos de proteção utilizados pela equipe odontológica e pessoal auxiliar para evitar contaminações de acidentes.
A maior concentração de microorganismos no consultório se encontra na boca do paciente. Ao utilizarmos instrumentos rotatórios, jatos de ar/água/bicarbonato e ultra-som, a contaminação é gerada em até 1,5 metros de distância, pelo lançamento de saliva/sangue na forma de partículas de aerossóis.
Por isso devemos utilizar todas as barreiras a fim de minimizar a propagação de patógenos.

As formas de contaminação são:
Direta: Ocorre pelo contato direto entre o portador e o hospedeiro, por exemplo: doenças sexualmente transmissíveis, hepatites virais, HIV.
Indiretas: Quando o hospedeiro entra em contato com uma superfície ou substância contaminada, ex: hepatites B, herpes simples.
À Distância: Através do ar, o hospedeiro entra em contato com os microorganismos, por ex: tuberculose, influenza, sarampo e varicela.

Usos de luvas no consultório:

Tipos de luvas:
Luvas de borracha grossa:  usadas para manipular materiais, instrumentais contaminados e durante os procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório.
Deverá ser usado 1 para cada tipo de procedimento: um par para limpeza e desinfecção de instrumentais e materiais; um par para limpeza e desinfecção de pisos, superfícies e equipamentos.
As luvas deverão ser desinfetadas, lavadas com água e sabão e secadas ao ar de ponta cabeça.

Luvas para procedimentos semicríticosUsadas para procedimentos não invasivos; Lavar as mãos com água e sabão líquido, secando-as com toalhe de papel antes de se calçar as luvas;
Descartar a luva no lixo contaminado após o uso.

Luvas para procedimentos críticos:São aquelas usadas para procedimentos invasivos.
Lavar e escovar as mãos com água e sabão líquido, secando-as com toalhas de papel antes de se calçar as luvas;
Em procedimentos de longa duração, acima de 2 horas recomenda-se a troca das luvas durante o procedimento;
Não reprocessar essas luvas;

Uso de máscaras no Consultório:A máscara se constitui na mais importante medida de proteção das vias aéreas superiores contra os microrganismos presentes nas partículas e aerossóis produzidas durante os procedimentos odontológicos.
Deve-se trocar a mascaro quando esta ficar úmida e no intervalo de pacientes.

Uso de gorros descartáveis no consultório:
Evitam que haja contaminação dos cabelos dos profissionais por aerossóis provenientes da cavidade bucal.
Uso de óculos de proteção no consultório:

Os óculos de proteção são o melhor meio de proteção contra partículas que podem lesar e contaminar o globo ocular.
É necessário também o uso de óculos de proteção para o paciente, esses têm a finalidade de proteger seus olhos a produtos irritantes, contaminados e perfuro-cortantes.

Uso de aventais nos consultórioO avental de preferência, deve ter gola do tipo “gola de padre”, com mangas longas, punho em elásticos e com comprimento ¾ cobrindo os joelhos.

Uso de toalhas no consultório:Aconselha-se o uso de toalhas de papel.
As toalhas de pano apresentam cultura positiva para um número muito grande de bactérias.

Recomendações com relação aos cuidados pessoais:Retirar jóias, anéis, relógios etc...
Manter perfeita higiene pessoal (unhas limpas e aparadas, lavar mãos com solução anti-séptica antes e após o trabalho).

BARREIRAS NECESSÁRIAS NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO:
CLASSIFICAÇÃO:A) Aquelas que protegem o profissional (EPI): luvas, máscaras, gorros etc... (CITADAS LOGO ACIMA)

B) As que protegem superfícies: folhas de alumínio, folhas de plástico (capa plástica e filme PVC);

C) As que impedem a contaminação de pontos específicos: controle de pé nas cadeiras, uso de flush (sist. De auto limpeza nos equipamentos), canetas de alta rotação que podem ser auto-claváveis, uso de sabão anti-sépticos líquidos no consultório, toalhas de papel descartáveis e adoção de um fluxo para descontaminação, lavagem, secagem e esterilização de instrumentais. (E.A.S.);

D) Na redução de microorganismos nos aerossóis: técnicas de antissepsia, uso de suctores de alta potência e identificação do paciente de risco.

Proteção de superfícies:As superfícies mais contaminadas pelas mãos do profissional são: cabos e interruptores, encosto de cabeça, comando manual da cadeira, pontas (seringa tríplice, alta rotação e micromotor), encaixe das pontas, unidade auxiliar, unidades de controle, mesa auxiliar, cabo de rx e seus controles.
Essas superfícies devem ser encapadas para que sejam estabelecidas as barreiras. A cobertura deve ser feita por material impermeável a água, como o plástico PVC, folha de alumínio e o látex.
Necessitam ser trocadas a cada atendimento.

Medidas que impedem a contaminação em pontos específicos
Uso obrigatório de sabão líquido e toalha de papel, cobertura dos controles dos comandos da cadeira, lavatórios e reservatórios de sabão líquido por comando de pedal.

Barreiras de Redução do número de microorganismos nos aerossóis:Suctores de alta potência (ciclone – bomba de vácuo).

Antissepsia da Cavidade Bucal:A antissepsia pode reduzir de 75 a 99,9% a quantidade de microorganismos na boca do paciente. Fica, assim, evidente, que uma correta antissepsia pré-procedimento odontológico é altamente satisfatória, e tornar uma medida muito eficiente no controle da contaminação do consultório. Foi relatado ainda, uma redução significativa nas bacteremias transitórias, responsáveis pelas endocardites, com o uso prévio de anti-sépticos bucais, à base de clorexidina.

Esterilização


 



Esquema geral de esterilização:

1. Material contaminado da bandeja: depois de utilizado, deve ser embrulhado no campo e levado para a área de esterilização, que atualmente é chamada de área de Recirculação dos Materiais (RCM) e regulamentada pela vigilância sanitária. 

2. O material descartável: agulhas, lâminas de bisturi e outros materiais descartáveis devem ser colocados em recipientes próprios para descarte de materiais perfurocortantes, como os Descartex, e eliminados com a indicação de material contaminado. O profissional que efetuar esses procedimentos deve estar sempre com EPI (Equipamento de Proteção Individual) e tomar todo cuidado para não se ferir com os instrumentos perfurocortantes que está manipulando.

3. Pré-lavagem com desincrustantes: os instrumentos que vão ser recirculados devem ser colocados em cubas ultrasônicas com desincrustantes ou enzimas proteolíticas para a pré-lavagem.
As alta-rotações, micromotores e contra-ângulos não devem ser colocados nas cubas ultra-sônicas.

4. Lavagem em água corrente: todo material pré-lavado deve ser retirado do recipiente ultra-sônico com luvas plásticas comerciais e abundantemente lavados em água corrente. O profissional deve ainda inspecionar todos os instrumentos, se possível com lupa, certificando-se de que toda sujidade foi eficientemente removida e que o instrumento está em perfeitas condições de uso.

5. Secagem do material: o material, para ser eficientemente esterilizado, precisa estar completamente limpo e seco. A secagem pode ser feita com papel toalha ou jato de ar comprimido, de preferência em um escorredor que drene a  água para a cuba da pia.

6. Embalagem: os materiais e instrumentos devem ser embalados em envelopes próprios, com plástico termorresistentes, nylon, papel grau cirúrgico.

7. Esterilização: a esterilização deve ser feita em autoclave ou estufa, seguindo cuidados e técnicas e obedecendo às determinações do fabricante. Também é importante lembrar que os procedimentos de manutenção e testes de aferição da eficiência do funcionamento da autoclave e estufas são essenciais para a garantia da esterilização e conservação do aparelho.

8. Armazenamento do material: todo instrumental esterilizado, devidamente etiquetado com data de esterilização e prazo de validade desta deve ser armazenado em local seguro, muito bem fechado, como gavetas ou armários. Semanalmente, os locais de armazenamento podem ser desinfetados com produtos à base de fenol. Podem ainda ser colocadas pastilhas de cânfora para evitar insetos que danifiquem as embalagens.

Todos esses procedimentos devem ser realizados em área própria para os procedimentos de esterilização, que pode ser chamada de Centro de Recirculação dos Materiais (CRM).



Confecção de Núcleos


CONFECÇÃO DO NÚCLEO

Para a confecção do núcleo podem ser empregadas duas técnicas: a direta e a indireta.

Nesse resumo estaremos abordando a técnica direta tanto para dentes unirradiculares quanto para dentes multirradiculares.

Resumo do livro "Prótese Fixa - Luiz Fernando Pegoraro"

Clique na imagem para aumentar de tamanho.

Técnica Direta – Dente Unirradicular:

A) Prepara-se um bastão de resina acrílica que se adapta ao diâmetro e comprimento do conduto preparado e que se estenda 1 cm além da coroa remanescente.




É indispensável que o bastão atinja a porção apical do conduto e que exista espaço entre ele e as paredes axiais, para facilitar a moldagem do conduto com resina Duralay.


B) Lubrifica-se o conduto e porção coronária.

C) Molda-se o conduto, levando-se a resina preparada com sonda, pincel ou seringa Centrix no seu interior e envolvendo o bastão que é introduzido no mesmo, verificando se atingiu toda sua extensão.



O material em excesso é acomodado no bastão para confeccionar a porção coronária do núcleo.



Durante a polimerização da resina, o bastão deve ser removido e novamente introduzido várias vezes no conduto, para evitar que o núcleo fique retido pela resença de retenções deixadas durante o preparo do conduto.



Corta-se o bastão no nível oclusal e faz se o preparo da porção coronária.



A parte coronária do núcleo deve apenas complementar a estrutura dentária perdida, dando-lhe forma e características de um dente preparado.



D) A adaptação do núcleo no interior do conduto deve ser passiva e este procedimento é facilitado empregando-se evidenciadores de contato no núcleo.

E) Previamente a cimentação o conduto deve ser limpo com álcool absoluto ou líquidos próprios para esse fim, e seco completamente.
A cimentação pode ser realizada com cimentos de fosfato de zinco ou ionômero de vidro.




TÉCNICA DIRETA PARA DENTES MULTIRRADICULARES

É possível também confeccionar núcleos em dentes com raízes divergentes pela técnica direta.

Os procedimentos para o preparo dos condutos e confecção dos núcleos seguem os mesmos princípios descritos anteriormente.
Uma maneira para obter núcleos pela técnica direta em dentes com condutos divergentes, é confeccionar inicialmente o pino do canal de maior volume que irá transpassar a porção coronária do núcleo.



Vista oclusal do molar com os condutos já preparados



O conduto palatino é moldado em resina deixando a porção coronal do pino com suas paredes divergentes para oclusal, lisas e ligeiramente ovaladas.



O pino de resina e as paredes da camâra pulpar são isolados e faz-se a moldagem do(s) outro(s) conduto(s). Em seguida faz-se o preenchimento da câmara pulpar com resina para a formação da parte coronária do núcleo.




Após a polimerização da resina, remove-se o pino do conduto palatino e prepara-se a parte coronária do núcleo.






Adaptação do núcleo
Adaptação do pino palatino
Imagem Radiográfica
Núcleo cimentado

domingo, 16 de setembro de 2018

Clareamento caseiro



Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/

Clareamento caseiro

É empregado preferencialmente em todos os dentes e indicado para dentes naturalmente escurecidos, escurecidos por pigmentos da dieta ou do cigarro, pela idade, por trauma e manchados por tetraciclina ou fluorose. Na clínica, o processo tem início com o registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor, para possibilitar um acompanhamento dos resultados do tratamento. Em seguida, confecciona-se um modelo de gesso da arcada do paciente. Este modelo deve ser recortado de modo que se obtenha uma abertura na porção palatal, permitindo uma melhor adaptação da moldeira plástica nessa região. O material de confecção da moldeira normalmente é fornecido pelo fabricante do agente clareador. Uma folha plástica siliconizada resiliente é posicionada em uma parte superior do aparelho plastificador e o modelo de gesso na região inferior, de modo a adaptar o material ao modelo. Após o resfriamento, a folha plástica pode ser removida do modelo e recortada na linha dentogengival ou até mesmo 1 mm acima desta linha, em direção à gengiva, promovendo uma melhor adaptação da moldeira, evitando a possibilidade de deslocamento, diminuindo a infiltração de saliva e um possível extravasamento do gel para o meio bucal. Em uma segunda consulta é feito o teste da moldeira plástica no paciente para verificar a adaptação e a presença de regiões que possam ferir a mucosa. É importante explicar ao paciente a quantidade de material a ser colocada na moldeira —1 gota dentro de cada espaço da placa equivalente a cada dente —, escovar os dentes adequadamente e usar o fio dental antes do tratamento, evitar o contato do gel às mucosas — removendo todo o excesso do gel que extravasar da moldeira —  e estar atento ao tempo de aplicação, que irá variar segundo a concentração e à composição do agente. O peróxido de carbamida nas concentrações de 10 ou 16% pode ser aplicado todas as noites, por 6 a 8 horas, ou durante o dia, em aplicações de uma a 2 horas cada. Alguns estudos não recomendam a utilização do gel durante o dia por mais de uma vez, para evitar a sensibilidade dental7. Já o peróxido de hidrogênio a 5,5 ou 7,5% deve ser usado 2 vezes ao dia, por 30 minutos a 1 hora cada. Assim, faz-se importante seguir as recomendações do fabricante. Após a remoção da moldeira, deve-se limpá-la cuidadosamente para retirar resíduos do agente que possam atrapalhar uma nova aplicação, e enxaguar a boca com água para remover os resíduos do agente clareador. O paciente deve evitar beber e comer durante o uso da moldeira, para evitar que o agente clareador sofra diluição ou contaminação. Deve-se evitar também ingerir líquidos corados como o café, pois a estrutura dental estará mais susceptível à pigmentação. 
Ao atingir a cor desejada, pode-se interromper o tratamento, ou prosseguir por mais uma semana, o mais recomendado para estabilizar a cor. Vantagens: técnica simples e fácil, baixo custo, utiliza agentes clareadores com baixa concentração, pode ser empregado em vários dentes simultaneamente, utiliza substâncias fáceis de ser encontradas no mercado, não promove efeitos deletérios nos dentes e tecidos moles, é de fácil reaplicação nos casos de recidiva de cor. Desvantagens: como a aplicação do agente é feita pelo paciente, a evolução do tratamento dependerá do mesmo; alguns pacientes podem apresentar hipersensibilidade dental durante o tratamento; não age em dentes com manchas brancas ou opacas nem em manchas extremamente escuras como aquelas provocadas por tetraciclina; também não atua de modo eficaz em dentes que apresentam restaurações extensas, pois eles não possuem estrutura dentária suficiente para reagir adequadamente com o agente clareador.

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Classificação de Dentes Inclusos e Impactados

Classificação de Winter:
1- Vertical 2-Mesioangular 3- Distoangular 4-Horizontal 5-Vestibulo-angular 6- Linguo-angular 7- Invertido



Classificação de Pell e Gregory


Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?

Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?


Como calcular o volume máximo de uma solução anestésica:



Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: concentração do anestésico na solução, doses máximas recomendadas e peso corporal do paciente.

Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 mL de solução, ou 20mg/mL. Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg, 30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução.
Exemplificando:

Solução de lidocaína a 2%
Contém 2g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL
20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg

Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36 mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%.



Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal


Dose máxima para um adulto com 60kg
60 x 4,4 = 264 mg

264 mg ÷ 36 mg = 7,3 tubetes

Portanto, o volume máximo de suma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60 kg, é equivalente ao contido em aproximadamente 7 tubetes.


Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)

Anestésico Local
Dose máxima (por kg peso corporal)
Número de tubetes (1,8 mL) para adultos com 60kg
Máximo absoluto (independente do peso)
Lidocaina 2%
4,4 mg
7
300mg
Lidcaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300 mg
Mepivacaina 2%
4,4 mg
7
300 mg
Mepivacaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300mg
Articaína
7 mg
5 e meio
500mg
Prilocaina 3%
6 mg
6 e meio
400mg
Bupivacaina 0,5%
1,3 mg
8 e meio
90mg

 
Fonte: "Terapêutica Medicamentosa em Odontologia" Eduardo Dias de Andrade.

domingo, 1 de maio de 2016

Classificação das Retrações Gengivais



Inicialmente Sullivan e Atkins (1968), classificaram as recessões em: rasas e estreitas, rasas e largas, profundas e estreitas e profundas e largas. Os autores basearam-se apenas em uma avaliação subjetiva, que gerava dúvidas com relação ao prognóstico. Por outro lado, a classificação preconizada por Miller (1985), baseiase em medidas entre a margem gengival, a junção mucogengival e a perda óssea interdentária. Dessa maneira, a classificação de Miller permite uma maior precisão no prognóstico com relação à previsibilidade de cobertura radicular. Sendo assim, segundo Miller (1985), as recessões podem ser classificadas em: 


Classe I - recessão do tecido marginal que não se estende até a junção mucogengival. Não há perda de osso ou de tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe II - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. Não há perda de osso ou tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe III - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. A perda de osso ou tecido mole interdentais é apical em relação à junção cemento-esmalte, porém coronária à extensão apical da retração do tecido marginal. Previsão de cobertura radicular parcial; 


Classe IV - recessão marginal se estendendo além da junção mucogengival. A perda do osso interdental se estende até um nível apical em relação à extensão da retração do tecido marginal. Não há previsão de cobertura radicular pelos métodos cirúrgicos convencionais. 

Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126122.pdf
Fonte da Foto: http://odontoup.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Classe-II.png

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Classificação das Lesões de Furca

 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA:



 Os sistemas de graduação do envolvimento de furca foram propostos, com base na intensidade da penetração da sondagem vertical e horizontal na bifurcação. Heins e Canter 1968 classificaram o envolvimento de furca baseado na localização e quantidade de paredes ósseas dentro dos defeitos de furca. Glickman 1958 descreveu quatro classes de envolvimento de furca divididas quanto à extensão da invasão da furca horizontal. Rosenberg 1978 baseou-se nos tipos de defeitos ósseos horizontais, verticais e de cratera dentro das áreas inter-radiculares. Riccheti 1982 baseou-se na relação entre a câmara pulpar e a furca e a perda óssea vertical radiográfica. Glickman (1958) foi o primeiro a classificar as lesões de furca:

 GRAU I : pequena perda óssea, osso interradicular intacto.

GRAU II : perda óssea interradicular é visível radiograficamente. 

GRAU III : completa perda de osso interradicular e radiograficamente nota-se área radiolúcida triangular, furca não é visível clinicamente.
 GRAU IV : similar ao grau III, porém com recessão gengival tornando a furca visível clinicamente.


Hamp et al. (1975) descreveu a classificação baseado em perda óssea horizontal:

 Classe I, perda óssea horizontal até 3mm.

 Classe II perda óssea horizontal maior que 3mm, mas que não ultrapassa totalmente a furca.

 Classe III significativa perda horizontal com comunicação.

Esta classificação tem a colaboração de Lindhe e Nyman(1975). Guey et al 1998 , ao comparar as primeiras classificações de envolvimento de furca , notaram que não havia dados quanto à extensão vertical da invasão de furca relacionados a um comprimento diferente do tronco radicular. Guey e colaboradores (1998) usaram amostras de estudo de 70 primeiros molares superiores, 96 segundos molares superiores, 103 primeiros molares inferiores e 97 segundos molares inferiores, forma selecionados e não tinham raízes fundidas e sem restaurações para não comprometer a mensuração exata da dimensão vertical do tronco e do comprimento radiculares. Esta classificação proposta dos molares pode fornecer mais informações para determinar as Perda de Inserção, Perda Osso Alveolar, tipos e dimensões dos troncos radiculares, correlacionados com o diagnóstico e o prognóstico de envolvimento de furca de molar , mas é muito complexa , portanto vamos nos fixar na classificação mais clássica de lesão de furca no sentido horizontal que é a de Hamp , Nyman , Lindhe (1975): CLASSE I-Perda Horizontal do tecido periodontal de suporte não exedendo 1/3 da largura do dente CLASSE II-Perda horizontal do tecido de suporte exedendo 1/3 da largura do dente.
CLASSE III- Destruição horizontal de lado a lado dos tecidos periodontais na área da furca.

Fonte da imagem: http://perioclinic.blogspot.com.br/p/envolvimento-endodontico-e-periodontal.html
Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126098.pdf

domingo, 5 de julho de 2015

Des-Re: "Desmineralização e Remineralização"







Para a compreensão o dos fenômenos que se traduzem no processo Des-Re: "Desmineralização e Remineralização" . Para desenvolve-lo, consideraremos, a seguir, as seguintes etapas ou estágios:


1 — Estágio do equilíbrio dinâmico
2 — Estágio da desmineralização
3 — Estágio da remineralização

Estágio do equilíbrio dinâmico:

Caracteriza-se por um equilíbrio nas trocas iônicas que se verificam entre o esmalte e o meio ambiente . Em outras palavras, a quantidade de íons "perdidos" pelo esmalte (DES) a igual ou semelhante aquela que o meio ambiente (placa ou saliva)  fornece (RE).

Estágio de Desmineralização:

Este equilíbrio poderá ser rompido se, por exemplo, houver uma acentuada ou prolongada ingestão de carboidratos, sem a imediata limpeza dos dentes e anexos. Nesta situação, os açucares disponíveis serão metabolizados pelas bactérias acidogênicas da placa dental. Formar-se-a"o ácidos que vão se difundir na placa, em todas as direcões e sentidos, dentre os quais o do esmalte e da superfície externa . O pH baixa na intimidade da placa. Os ácidos que se difundiram no sentido da saliva determinam, também , uma queda no pH desta. Cinco minutos apos a ingesta"o dos carboidratos, o pH da placa dental pode atingir 4.8, 4.0 e ate menos . Nesta situação "o, e como o pH critico para a dissolução da apatita e 5 .5, os ácidos que contactam com o esmalte, rompem ligações moleculares da estrutura da hidroxiapatita, liberando grandes quantidades de ion s Ca+ e radicais PO 4 -.

Estágio de Remineralização:

O quadro de desmineralizacão , desde que sem cavitação, poderá se revertido nas seguintes situações: 
a) Ainda em presença da placa dental tornada inativa ou com fraca atuação.
b) Sem a presença da placa, em condições naturais ou ainda com uma atuação dirigida. 

No primeiro caso, existindo uma placa dental inativa, ou de fraca atua - determinada pela baixa ou infrequente ingestão de carboidratos e/ou razoáveis condições de higiene bucal , que mesmo sem elimina-la, tornem-na de um baixo potencial de atuação, verifica-se que: 
- Os ácidos produzidos na placa dental se difundem em todos os sentidos, inclusive para a saliva ;
- A presença de ácidos junto a saliva proporciona uma estimulação das glândulas salivares determinando um aumento do fluxo salivar; 
- O fluxo salivar aumentado promove uma lavagem mais acentuada junto as estruturas dentais, o que se traduz em uma ação mecânica de limpeza — são removidas substancias e elementos diversos; —havendo uma maior quantidade de saliva,  em consequência , maior quantidade de seus componentes, dentre os quais os chamados de tampões; - os tampões regulam o pH, elevando-o, em busca da neutralidade. 
Todos estes fatores, associados a maior presença de íons inorgânicos na saliva, sobretudo o Cálcio e o Fósforo , determinam uma reversão no sentido de seu fluxo. Ambos se dirigem preponderantemente da saliva para a placa e desta para o esmalte, determinando o predomínio da Remineralização sobre a desmineralização . 






Fonte: http://www.uel.br/pessoal/buzato/pages/arquivos/seminarios/B5.pdf.pdf






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Anatomia dos dentes e Nomenclatura Básica

  • Coroa— parte superior do dente, geralmente é a única parte visível. O formato da coroa determina a função do dente. Por exemplo, os dentes anteriores são mais afiados, têm a forma de um cinzel e servem para cortar, enquanto os molares têm superfície plana e servem para triturar os alimentos.
  • Linha de junção dos dentes e da gengiva—sem a escovação e uso adequado do fio dental, nesta área podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e outros males.
  • Raiz—parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou menos dois terços do seu tamanho.
  • Estrutura do dente
  • Esmalte— a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode ser danificado se os dentes não forem higienizados adequadamente.
  • Dentina— camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa do dente.
  • Polpa—tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sangüíneos. Quando a cárie atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Quais são os nomes dos dentes?
Cada dente tem uma função ou tarefa específica (Consulte a ilustração do arco dental nesta seção e identifique cada tipo de dente):
  • Incisivos— dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro inferiores) para cortar os alimentos.
  • Caninos— dentes com pontas agudas (cúspides) que rasgam os alimentos..
  • Pré-molares— dentes com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os alimentos.
  • Molares— trituram os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície de mordida.
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Fonte:Colgate

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Reações de Hipersensibilidade







Tipos:

Hipersensibilidade Tipo I - Conhecida como emediata ou hipersensibilidade anafilática, pode envolver pele, ossos, nasofaringe, tecidos broncopulmonares e trato gastro intestinal. O mecanismo da reação envolve produção preferencial de Ige em resposta a certos antigenos(Alérgicos)

Hipersensibildade tipo II - Conhecida como hipersensibilidade citotóxica e pode afetar uma variedade de orgãos e tecidos. É primariamente mediada por anticorpos das classes IgM, IgG e complemento, resultando na destruição da célula, a qual o antigeno estar aderido. Um exemplo é a anemia hemolítica do recem nascido.

Hipersensibilidade tipo III - Conhecida como hipersensibilidade imuno complexa. A reação pode ser geral ou envolve orgãos individuais ou envolve pele, rins,pulmões, vasos sanguíneos, juntas ou outros orgãos. A reação deve levar de 3 a 10 horas apos a exposição ao antigeno. São na maioria de classe igG embora IgM também possa estar envolvida.

Hipersensibilidade tipo IV - Conhecida como mediada por células ou tardia. São mediadas por células T. Após a ativação a célula T libera citocinas que levam ao acumulo e a ativação de macrófagos causando danos locais, ocorre de um a dois dias apos um novo contato com o antigeno.

Hipersensibilidade tipo V - Este tipo de hipersensibilidade foi recentemente classificado como tal e se baseia  de que algum elemento da resposta imune pode estimular uma função orgânica. O exemplo mais caracteristico é o que ocorre com individuos que produzem anticorpos ANTI recepetores de TSH. Os anticorpos se ligam nesses receptores simulando a ação do TSH e induzem as glândulas a liberar hormonios tireoideanos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Materiais restauradores de acordo com a cavidade.



Cavidades superficiais
  • Cavidade em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária. Não se aplica nenhum material de proteção pulpar apenas o material restaurador.

Cavidade Rasa

  • Cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material restaurador.

Cavidade Média

  • Cavidades com mais de 1mm  e menos 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário
  • Restaurações em amalgama: Verniz Cavitário ou adesivo

Cavidades profundas

  • Cavidade com mais de 0,5 mm e menos de 1mm de estrutura remanecente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações com resina composta: CIV e adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgama: IRM e verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas

  • Cavidade com mais de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa
  • Restaurações em resina composta: Hca, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações em Amalgama: Hca,IRM,Verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta no preparo em algum ponto
  • Restaurações em resina composta: Hca p.A, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgáma: Hca Pa, IRM, Verniz cavitário