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domingo, 16 de setembro de 2018

Clareamento de consultório


Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/


Clareamento de consultório

A aplicação em consultório permite uma resposta mais rápida com a utilização de agente em maior concentração. Exige mais tempo de atendimento clínico e, portanto, maior custo. Contudo, muitas vezes necessita-se de apenas uma consulta. Apesar de ser mais indicado para um ou pequenos grupos de dentes, também é usado no clareamento de todos os dentes. Neste caso, o profissional pode optar pelo uso de uma moldeira com peróxido de hidrogênio a 7,5%. Porém, nesta técnica, o uso mais comum é de peróxido de hidrogênio a 35%4. Na clínica, inicialmente faz-se o registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor e fotografias para possibilitar o acompanhamento da evolução do tratamento. Em seguida, protegem-se os tecidos moles com aplicação de vaselina sólida, criando uma segunda barreira entre o dique de borracha e o dente, evitando uma eventual infiltração. Faz-se um isolamento absoluto dos dentes que receberão o clareamento. Após isso, realiza-se um ataque ácido do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos. Este passo da técnica é facultativo. A aplicação do agente deve-se iniciar pelos dentes mais escuros ou pelas porções mais manchadas do mesmo dente. Os dentes, então, são generosamente lavados com água, assim como todo o lençol de borracha, dos resíduos do clareador. A forma em gel facilita o manuseio, principalmente quando se quer aplicar numa área específica em um mesmo dente, logo permite um maior controle pelo profissional. Normalmente, faz-se necessário duas a três consultas para ser obtido um resultado satisfatório e, em casos mais graves como os de tetraciclina, até 6 consultas podem ser empregadas. Nos casos em que não houver sensibilidade, deve-se respeitar um intervalo de uma semana entre as sessões. Caso contrário, esse intervalo deve ser maior, de quatro a seis semanas4. Vale ressaltar que essa técnica tende a apresentar maior hipersensibilidade que a caseira, já que o peróxido de hidrogênio puro atinge a polpa em maior concentração que o peróxido de carbamida, e o emprego de luz — principalmente a halógena — aumenta a temperatura intrapulpar, influenciando no nível de sensibilidade do paciente. Vantagens: utilização de materiais facilmente encontrados no mercado, maior controle da técnica — pois não depende da colaboração do paciente — , maior controle dos locais de aplicação (principalmente nos locais de retração gengival, propícios à formação de hipersensibilidade). Desvantagens: necessita de um tempo maior de atendimento, é indispensável o uso de dique de borracha para proteger tecidos moles, não age em manchas escuras como a derivadas de tetraciclina, nem em dentes que apresentam restaurações extensas, contra indicados a gestantes e lactantes, pacientes com irritações gengivais severas, fumantes e em pacientes em condições pré-cancerígenas.

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

Clareamento caseiro



Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/

Clareamento caseiro

É empregado preferencialmente em todos os dentes e indicado para dentes naturalmente escurecidos, escurecidos por pigmentos da dieta ou do cigarro, pela idade, por trauma e manchados por tetraciclina ou fluorose. Na clínica, o processo tem início com o registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor, para possibilitar um acompanhamento dos resultados do tratamento. Em seguida, confecciona-se um modelo de gesso da arcada do paciente. Este modelo deve ser recortado de modo que se obtenha uma abertura na porção palatal, permitindo uma melhor adaptação da moldeira plástica nessa região. O material de confecção da moldeira normalmente é fornecido pelo fabricante do agente clareador. Uma folha plástica siliconizada resiliente é posicionada em uma parte superior do aparelho plastificador e o modelo de gesso na região inferior, de modo a adaptar o material ao modelo. Após o resfriamento, a folha plástica pode ser removida do modelo e recortada na linha dentogengival ou até mesmo 1 mm acima desta linha, em direção à gengiva, promovendo uma melhor adaptação da moldeira, evitando a possibilidade de deslocamento, diminuindo a infiltração de saliva e um possível extravasamento do gel para o meio bucal. Em uma segunda consulta é feito o teste da moldeira plástica no paciente para verificar a adaptação e a presença de regiões que possam ferir a mucosa. É importante explicar ao paciente a quantidade de material a ser colocada na moldeira —1 gota dentro de cada espaço da placa equivalente a cada dente —, escovar os dentes adequadamente e usar o fio dental antes do tratamento, evitar o contato do gel às mucosas — removendo todo o excesso do gel que extravasar da moldeira —  e estar atento ao tempo de aplicação, que irá variar segundo a concentração e à composição do agente. O peróxido de carbamida nas concentrações de 10 ou 16% pode ser aplicado todas as noites, por 6 a 8 horas, ou durante o dia, em aplicações de uma a 2 horas cada. Alguns estudos não recomendam a utilização do gel durante o dia por mais de uma vez, para evitar a sensibilidade dental7. Já o peróxido de hidrogênio a 5,5 ou 7,5% deve ser usado 2 vezes ao dia, por 30 minutos a 1 hora cada. Assim, faz-se importante seguir as recomendações do fabricante. Após a remoção da moldeira, deve-se limpá-la cuidadosamente para retirar resíduos do agente que possam atrapalhar uma nova aplicação, e enxaguar a boca com água para remover os resíduos do agente clareador. O paciente deve evitar beber e comer durante o uso da moldeira, para evitar que o agente clareador sofra diluição ou contaminação. Deve-se evitar também ingerir líquidos corados como o café, pois a estrutura dental estará mais susceptível à pigmentação. 
Ao atingir a cor desejada, pode-se interromper o tratamento, ou prosseguir por mais uma semana, o mais recomendado para estabilizar a cor. Vantagens: técnica simples e fácil, baixo custo, utiliza agentes clareadores com baixa concentração, pode ser empregado em vários dentes simultaneamente, utiliza substâncias fáceis de ser encontradas no mercado, não promove efeitos deletérios nos dentes e tecidos moles, é de fácil reaplicação nos casos de recidiva de cor. Desvantagens: como a aplicação do agente é feita pelo paciente, a evolução do tratamento dependerá do mesmo; alguns pacientes podem apresentar hipersensibilidade dental durante o tratamento; não age em dentes com manchas brancas ou opacas nem em manchas extremamente escuras como aquelas provocadas por tetraciclina; também não atua de modo eficaz em dentes que apresentam restaurações extensas, pois eles não possuem estrutura dentária suficiente para reagir adequadamente com o agente clareador.

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

Clareamento em dentes vitais




Fonte da imagem:https://tudoela.com/clareamento-dental-tipos-e-resultados/

Os agentes clareadores

Existem no mercado agentes compostos por peróxido de carbamida, peróxido de hidrogênio, perborato de sódio e hidroxilite. O perborato de sódio é um agente de uso predominante no tratamento de dentes não vitais, logo não será abordado nesta revisão. Já o hidroxilite foi introduzido no mercado com a intenção de controlar a sensibilidade dentária decorrente do tratamento. Este agente possibilita a liberação de oxigênio sem a liberação do peróxido. Alguns produtos para clareamento caseiro são acompanhados de flúor para aplicação tópica, com o objetivo de diminuir uma possível sensibilidade, potencializar e estabilizar o efeito do clareamento. A seguir, estão descritos os agentes mais utilizados: o peróxido de carbamida e o peróxido de hidrogênio. 

Peróxido de carbamida

É o agente clareador mais utilizado no clareamento caseiro em concentrações de 10, 15 e 16%. Para o clareamento em consultório, sua concentração aumenta para 35%. Inicialmente, era utilizado como antisséptico oral em pacientes que utilizavam aparelhos ortodônticos e apresentavam traumas ou inflamações, e em casos de gengivites. Os produtos à base de peróxido de carbamida apresentam em sua composição glicerol ou propilenoglicol — que atuam como transportadores e constituem cerca de 85% do produto — , agente aromático, ácido fosfórico ou cítrico e Carbapol, um polímero de carboxipolimetileno. Logo, esse agente clareador pode ser dividido segundo a presença ou ausência do Carbapol. A função principal do Carbapol é espessar o material e aumentar a aderência do gel aos tecidos dentais. Além disso, aqueles agentes que contêm Carbapol liberam oxigênio mais lentamente, sendo, portanto, indicados para aplicação noturna. A taxa de liberação do oxigênio interfere na freqüência com que o agente clareador será substituído. Desse modo, será necessário utilizar menos material. Uma liberação lenta mantém a solução agindo por mais tempo na moldeira, melhorando a eficácia da técnica. As soluções de liberação rápida do oxigênio não possuem o Carbapol.  Ao entrar em contato com os tecidos ou com a saliva, o peróxido de carbamida decompõe-se em peróxido de hidrogênio de 3% a 5% e uréia 7% a 10%. O peróxido de hidrogênio continua a se decompor, dando origem a oxigênio e água, enquanto a decomposição da uréia originará amônia e dióxido de carbono. Vale ressaltar que a uréia apresenta um papel importante na elevação do pH e que também se move livremente através do esmalte e dentina. O peróxido de carbamida apresenta várias vantagens, como não necessitar de calor, não requerer condicionamento ácido e poder atuar além das áreas em contato com os dentes, como as áreas cobertas por restaurações. Apesar dos riscos citados, o clareamento vital noturno com peróxido de carbamida a 10% — quando feito de acordo com as instruções do fabricante — é eficaz e seguro, com efeitos colaterais mínimos e transitórios.

Peróxido de hidrogênio

Pode-se apresentar tanto na forma líquida como em gel, a forma preferível, por ter um melhor controle da aplicação. É o agente clareador mais largamente utilizado em consultório odontológico (a uma concentração de 35%), justamente porque os sistemas clareadores à base dessa substância, ativados por luz e/ou calor que aumentam a quantidade de oxigênio nascente, são mais seguros e confortáveis para o paciente, além de serem mais rápidos. O peróxido de hidrogênio na concentração de 35% apresenta um alto poder de penetração no esmalte e dentina, o que é justificado pelo baixo peso molecular e pela propriedade de desnaturar proteínas — macromoléculas de pigmentos — tanto as que estiverem na superfície do dente como as localizadas mais profundamente, o que aumenta o movimento de íons através do dente. Deve-se levar em conta que este produto é cáustico. Por isso seu manuseio deve ser cauteloso, isolando todos os tecidos moles: gengiva, bochecha, língua e lábios do paciente. O peróxido de hidrogênio apresenta um pH ácido em torno de 3, o que é uma desvantagem por este pH ser abaixo do crítico para o dente — em torno de 5,5 . No entanto, já existem materiais a base de peróxido de hidrogênio em que o pH apresenta-se mais alto e, portanto, são mais eficientes. O peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida são agentes muito efetivos no clareamento dental, porém, quando comparados isoladamente, ambos a uma concentração de 35%, o peróxido de hidrogênio apresenta uma eficiência 2,76 vezes maior do que o peróxido de carbamida.

 Mecanismo de ação dos agentes clareadores

Ao pensar em clareamento dental, deve-se considerar que a estrutura do dente é permeável aos agentes clareadores, capazes de se difundir livremente pelo dente e promover o clareamento. Os agentes clareadores agem principalmente através da oxidação de compostos orgânicos. Esses agentes são altamente instáveis e, quando em contato com o tecido, liberam radicais livres (principalmente o oxigênio nascente) que oxidam os pigmentos. O oxigênio liberado penetra nos túbulos dentinários e age nos compostos com anéis de carbono que são altamente pigmentados, convertendo-os em compostos mais claros. Além disso, converte compostos de carbono pigmentados e com ligação dupla em grupos hidroxila que se apresentam sem cor. Quando o clareamento ultrapassa o “ponto de saturação” — a quantidade ótima do clareamento na qual o branqueamento obtido é máximo — o branqueamento diminui muito e o agente clareador começa a atuar em outros compostos que apresentam cadeias de carbono, como as proteínas da matriz do esmalte. Neste ponto, a perda de material da matriz do esmalte torna-se muito rápida e é convertido em dióxido de carbono e água, o que leva a um aumento da porosidade e da fragilidade do dente. 

Referência:
Soares FF, et al. Clareamento em dentes vitais: uma revisão literária. Rev.Saúde.Com 2008; 4(1): 72-84.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Abertura Coronária

CONCEITO

Procedimento através do qual expomos a câmara pulpar e removemos todo o seu teto.

INTRODUÇÃO

O campo de trabalho do endodontista é a cavidade pulpar. Durante um tratamento de canal radicular, este campo é visualizado apenas parcialmente. Para compensar esta falta de visão direta do campo onde vai atuar, o endodontista conta com a radiografia. Aliado à radiografia e o perfeito conhecimento prévio da anatomia interna dos dentestanto dos aspectos normais como das variações mais frequentes.Antes de descrevermos a técnica da abertura coronária, vejamos de uma maneira muito sucinta alguns aspectos e conceitos da cavidade pulpar. 







INSTRUMENTAL PARA ABERTURA CORONÁRIA

O acesso à cavidade pulpar pode ser realizado com pontas diamantadas ou com brocas carbide em alta ou baixa rotação. A baixa rotação normalmente é empregada para a remoção do tecido cariado com o auxílio das brocas esféricas lisa carbide nº 2, 4, 6 ou 8. Em alta rotação empregamos primeiro brocas de ponta ativa até atingirmos a câmara pulpar. Para este procedimentos podemos utilizar as brocas carbide nº 1557 ou as pontas diamantadas tronco-cônica nº 1095. Todas as brocas devem possuir tamanhos proporcionais à coroa do dente a ser tratado. Após atingirmos a câmara pulpar devemos substituir as brocas de ponta ativa por uma broca tronco-cônica de ponta inativa para a remoção de todo o teto da cavidade pulpar. Podem ser empregadas as pontas diamantadas n° 3080, 3082 ou a broca Endo-Z. Ao final desta manobra chegaremos à forma de conveniência adequada a cada elemento dentário. Além das brocas ou pontas, são empregados curetas de haste longa n° 11/12, 29/30 ou 35/36, espelho bucal primeiro plano, explorador 
duplo clínico no. 5 e explorador para Endodontia.


ETAPAS OPERATÓRIAS DA ABERTURA CORONÁRIA

Ponto de Eleição – é o ponto de partida para o início do desgaste da estrutura dentária.Sendo determinado por um ponto localizado na superfície lingual dos dentes anteriores ou oclusal no caso de dentes posteriores.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Direção de Acesso – é a angulagem que se deve dar à broca para que esta atinja a câmara pulpar, devendo-se respeitar a angulagem dos dentes na arcada.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               forma de Contorno – é realizada com a remoção do teto da câmara pulpar. O formato da cavidade corresponde à forma da câmara pulpar de cada elemento dental. Utiliza-se para tanto, uma broca com ponta inativa  para se evitar desgaste indesejado.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              • desgaste Compensatório – é o desgaste adicional que serealiza para que se consiga um a c e s s o  d i r e t o  
a o s  c a n a i s radiculares, sem interferência de

projeções dentinárias.


CONCEITO

Quando o tratamento endodôntico não é concluído em sessão única, recomenda-se a aplicação de um medicamento no interior do canal. O fármaco ali empregado terá objetivos diferentes conforme se esteja diante de um caso de biopulpectomia ou necropulpectomia. Assim, nas biopulpectomias os objetivos primordiais do curativo de demora serão de impedir a contaminação do canal radicular e principalmente preservar a vitalidade do chamado "coto periodontal", que nada mais é do que o tecido conjuntivo periodontal contido no interior do canal cementário. Nas necropulpectomias geralmente o coto pulpar está necrosado, ou severamente comprometido, constituindo nossa principal preocupação a eliminação das bactérias contidas nos túbulos dentinários e canal radicular e suas ramificações. Desta forma o principal local de ação dos medicamentos será junto ao coto periodontal e tecidos periapicais, nas biopulpectomias, e interior do sistema de canais radiculares e túbulos dentinários, nas necropulpectomias .


Fonte: GOMES FILHO, JoÃo Eduardo; CINTRA, Luciano Tavares Angelo; DEZAN JUNIOR, Eloi. MANUAL DE ENDODONTIA PRÉ-CLÍNICA. 2014. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2017.

Fonte das imagens :GOMES FILHO, JoÃo Eduardo; CINTRA, Luciano Tavares Angelo; DEZAN JUNIOR, Eloi. MANUAL DE ENDODONTIA PRÉ-CLÍNICA. 2014. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2017.








sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Periodontal Screening and Recording (PSR) ou Registro Periodontal Simplificado (RPS)

Em 1992, a Associação Dental Americana (ADA) em associação com a Academia Americana de Periodontologia (AAP), sob o patrocínio da Procter & Gamble, desenvolveram o Periodontal Screening and Recording (PSR) ou Registro Periodontal Simplificado (RPS), uma modificação do CPITN8.
O RPS tem sido amplamente difundido, devido ao seu objetivo de avaliar de forma rápida e simples as condições periodontais dos indivíduos, tanto para identificar a saúde periodontal como problemas periodontais. Para tal exame, a boca é dividida em sextantes e a sondagem é realizada em 6 pontos para cada dente: mésio-vestibular, médio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual/ palatino, médio-lingual/palatino e disto-lingual/palatino, sendo anotado em uma ficha clínica (Figura 1) o escore mais alto do sextante8.



A sondagem é realizada através de uma sonda periodontal (Figura 2) modelo 621 determinada pela OMS (WHO-621), a qual apresenta em sua extremidade uma esfera com 0,5mm (considerada atraumática e de maior confiabilidade na detecção de sangramento gengival) e, uma faixa colorida presente entre as mensurações de 3,5 a 5,5mm9.



A faixa colorida é a base para determinação dos códigos, que variam de 0 a 4, os quais o RPS estabelece como forma de avaliação da condição periodontal do paciente. Anteriormente, a sondagem era realizada em seis sítios, nos chamados "dentes-índices" de cada sextante (dentes-índices: 17-16, 11, 27-26, 37-36, 31 47-46), os quais eram tidos como dentes representativos daquela região oral. Para efeito de análise é considerado para cada sextante o código de maior valor7. Contudo, outros autores preconizam a técnica de que todos os dentes presentes devem ser examinados nos seis sítios, registrando na ficha clínica apenas o código mais grave referente ao sextante10. Ressalta-se que todos os dentes devem ser examinados individualmente, até mesmo os implantes5. Um estudo comparando a utilização do RPS segundo o método de registro ("dentes-índice" ou todos os dentes) sugeriu a aplicação deste índice através do método total, onde todos os dentes dos indivíduos devem ser examinados.





Fonte: 

Mylena Rafhaele Gomes de Oliveira I; Marcia Rosana Farias de Oliveira II; Jussiara Élcia Gomes Rodrigues II; Eduardo Sérgio Donato Duarte FilhoIII. RPS (REGISTRO PERIODONTAL SIMPLIFICADO): MÉTODO RÁPIDO E SIMPLES NA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DA DOENÇA PERIODONTAL. Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.14 no.1 Recife Jan./Mar. 2015

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Classificação de Dentes Inclusos e Impactados

Classificação de Winter:
1- Vertical 2-Mesioangular 3- Distoangular 4-Horizontal 5-Vestibulo-angular 6- Linguo-angular 7- Invertido



Classificação de Pell e Gregory


Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?

Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?


Como calcular o volume máximo de uma solução anestésica:



Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: concentração do anestésico na solução, doses máximas recomendadas e peso corporal do paciente.

Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 mL de solução, ou 20mg/mL. Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg, 30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução.
Exemplificando:

Solução de lidocaína a 2%
Contém 2g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL
20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg

Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36 mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%.



Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal


Dose máxima para um adulto com 60kg
60 x 4,4 = 264 mg

264 mg ÷ 36 mg = 7,3 tubetes

Portanto, o volume máximo de suma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60 kg, é equivalente ao contido em aproximadamente 7 tubetes.


Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)

Anestésico Local
Dose máxima (por kg peso corporal)
Número de tubetes (1,8 mL) para adultos com 60kg
Máximo absoluto (independente do peso)
Lidocaina 2%
4,4 mg
7
300mg
Lidcaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300 mg
Mepivacaina 2%
4,4 mg
7
300 mg
Mepivacaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300mg
Articaína
7 mg
5 e meio
500mg
Prilocaina 3%
6 mg
6 e meio
400mg
Bupivacaina 0,5%
1,3 mg
8 e meio
90mg

 
Fonte: "Terapêutica Medicamentosa em Odontologia" Eduardo Dias de Andrade.

domingo, 1 de maio de 2016

Classificação das Retrações Gengivais



Inicialmente Sullivan e Atkins (1968), classificaram as recessões em: rasas e estreitas, rasas e largas, profundas e estreitas e profundas e largas. Os autores basearam-se apenas em uma avaliação subjetiva, que gerava dúvidas com relação ao prognóstico. Por outro lado, a classificação preconizada por Miller (1985), baseiase em medidas entre a margem gengival, a junção mucogengival e a perda óssea interdentária. Dessa maneira, a classificação de Miller permite uma maior precisão no prognóstico com relação à previsibilidade de cobertura radicular. Sendo assim, segundo Miller (1985), as recessões podem ser classificadas em: 


Classe I - recessão do tecido marginal que não se estende até a junção mucogengival. Não há perda de osso ou de tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe II - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. Não há perda de osso ou tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe III - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. A perda de osso ou tecido mole interdentais é apical em relação à junção cemento-esmalte, porém coronária à extensão apical da retração do tecido marginal. Previsão de cobertura radicular parcial; 


Classe IV - recessão marginal se estendendo além da junção mucogengival. A perda do osso interdental se estende até um nível apical em relação à extensão da retração do tecido marginal. Não há previsão de cobertura radicular pelos métodos cirúrgicos convencionais. 

Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126122.pdf
Fonte da Foto: http://odontoup.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Classe-II.png

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Classificação das Lesões de Furca

 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA:



 Os sistemas de graduação do envolvimento de furca foram propostos, com base na intensidade da penetração da sondagem vertical e horizontal na bifurcação. Heins e Canter 1968 classificaram o envolvimento de furca baseado na localização e quantidade de paredes ósseas dentro dos defeitos de furca. Glickman 1958 descreveu quatro classes de envolvimento de furca divididas quanto à extensão da invasão da furca horizontal. Rosenberg 1978 baseou-se nos tipos de defeitos ósseos horizontais, verticais e de cratera dentro das áreas inter-radiculares. Riccheti 1982 baseou-se na relação entre a câmara pulpar e a furca e a perda óssea vertical radiográfica. Glickman (1958) foi o primeiro a classificar as lesões de furca:

 GRAU I : pequena perda óssea, osso interradicular intacto.

GRAU II : perda óssea interradicular é visível radiograficamente. 

GRAU III : completa perda de osso interradicular e radiograficamente nota-se área radiolúcida triangular, furca não é visível clinicamente.
 GRAU IV : similar ao grau III, porém com recessão gengival tornando a furca visível clinicamente.


Hamp et al. (1975) descreveu a classificação baseado em perda óssea horizontal:

 Classe I, perda óssea horizontal até 3mm.

 Classe II perda óssea horizontal maior que 3mm, mas que não ultrapassa totalmente a furca.

 Classe III significativa perda horizontal com comunicação.

Esta classificação tem a colaboração de Lindhe e Nyman(1975). Guey et al 1998 , ao comparar as primeiras classificações de envolvimento de furca , notaram que não havia dados quanto à extensão vertical da invasão de furca relacionados a um comprimento diferente do tronco radicular. Guey e colaboradores (1998) usaram amostras de estudo de 70 primeiros molares superiores, 96 segundos molares superiores, 103 primeiros molares inferiores e 97 segundos molares inferiores, forma selecionados e não tinham raízes fundidas e sem restaurações para não comprometer a mensuração exata da dimensão vertical do tronco e do comprimento radiculares. Esta classificação proposta dos molares pode fornecer mais informações para determinar as Perda de Inserção, Perda Osso Alveolar, tipos e dimensões dos troncos radiculares, correlacionados com o diagnóstico e o prognóstico de envolvimento de furca de molar , mas é muito complexa , portanto vamos nos fixar na classificação mais clássica de lesão de furca no sentido horizontal que é a de Hamp , Nyman , Lindhe (1975): CLASSE I-Perda Horizontal do tecido periodontal de suporte não exedendo 1/3 da largura do dente CLASSE II-Perda horizontal do tecido de suporte exedendo 1/3 da largura do dente.
CLASSE III- Destruição horizontal de lado a lado dos tecidos periodontais na área da furca.

Fonte da imagem: http://perioclinic.blogspot.com.br/p/envolvimento-endodontico-e-periodontal.html
Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126098.pdf

domingo, 5 de julho de 2015

Des-Re: "Desmineralização e Remineralização"







Para a compreensão o dos fenômenos que se traduzem no processo Des-Re: "Desmineralização e Remineralização" . Para desenvolve-lo, consideraremos, a seguir, as seguintes etapas ou estágios:


1 — Estágio do equilíbrio dinâmico
2 — Estágio da desmineralização
3 — Estágio da remineralização

Estágio do equilíbrio dinâmico:

Caracteriza-se por um equilíbrio nas trocas iônicas que se verificam entre o esmalte e o meio ambiente . Em outras palavras, a quantidade de íons "perdidos" pelo esmalte (DES) a igual ou semelhante aquela que o meio ambiente (placa ou saliva)  fornece (RE).

Estágio de Desmineralização:

Este equilíbrio poderá ser rompido se, por exemplo, houver uma acentuada ou prolongada ingestão de carboidratos, sem a imediata limpeza dos dentes e anexos. Nesta situação, os açucares disponíveis serão metabolizados pelas bactérias acidogênicas da placa dental. Formar-se-a"o ácidos que vão se difundir na placa, em todas as direcões e sentidos, dentre os quais o do esmalte e da superfície externa . O pH baixa na intimidade da placa. Os ácidos que se difundiram no sentido da saliva determinam, também , uma queda no pH desta. Cinco minutos apos a ingesta"o dos carboidratos, o pH da placa dental pode atingir 4.8, 4.0 e ate menos . Nesta situação "o, e como o pH critico para a dissolução da apatita e 5 .5, os ácidos que contactam com o esmalte, rompem ligações moleculares da estrutura da hidroxiapatita, liberando grandes quantidades de ion s Ca+ e radicais PO 4 -.

Estágio de Remineralização:

O quadro de desmineralizacão , desde que sem cavitação, poderá se revertido nas seguintes situações: 
a) Ainda em presença da placa dental tornada inativa ou com fraca atuação.
b) Sem a presença da placa, em condições naturais ou ainda com uma atuação dirigida. 

No primeiro caso, existindo uma placa dental inativa, ou de fraca atua - determinada pela baixa ou infrequente ingestão de carboidratos e/ou razoáveis condições de higiene bucal , que mesmo sem elimina-la, tornem-na de um baixo potencial de atuação, verifica-se que: 
- Os ácidos produzidos na placa dental se difundem em todos os sentidos, inclusive para a saliva ;
- A presença de ácidos junto a saliva proporciona uma estimulação das glândulas salivares determinando um aumento do fluxo salivar; 
- O fluxo salivar aumentado promove uma lavagem mais acentuada junto as estruturas dentais, o que se traduz em uma ação mecânica de limpeza — são removidas substancias e elementos diversos; —havendo uma maior quantidade de saliva,  em consequência , maior quantidade de seus componentes, dentre os quais os chamados de tampões; - os tampões regulam o pH, elevando-o, em busca da neutralidade. 
Todos estes fatores, associados a maior presença de íons inorgânicos na saliva, sobretudo o Cálcio e o Fósforo , determinam uma reversão no sentido de seu fluxo. Ambos se dirigem preponderantemente da saliva para a placa e desta para o esmalte, determinando o predomínio da Remineralização sobre a desmineralização . 






Fonte: http://www.uel.br/pessoal/buzato/pages/arquivos/seminarios/B5.pdf.pdf






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Anatomia dos dentes e Nomenclatura Básica

  • Coroa— parte superior do dente, geralmente é a única parte visível. O formato da coroa determina a função do dente. Por exemplo, os dentes anteriores são mais afiados, têm a forma de um cinzel e servem para cortar, enquanto os molares têm superfície plana e servem para triturar os alimentos.
  • Linha de junção dos dentes e da gengiva—sem a escovação e uso adequado do fio dental, nesta área podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e outros males.
  • Raiz—parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou menos dois terços do seu tamanho.
  • Estrutura do dente
  • Esmalte— a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode ser danificado se os dentes não forem higienizados adequadamente.
  • Dentina— camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa do dente.
  • Polpa—tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sangüíneos. Quando a cárie atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Quais são os nomes dos dentes?
Cada dente tem uma função ou tarefa específica (Consulte a ilustração do arco dental nesta seção e identifique cada tipo de dente):
  • Incisivos— dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro inferiores) para cortar os alimentos.
  • Caninos— dentes com pontas agudas (cúspides) que rasgam os alimentos..
  • Pré-molares— dentes com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os alimentos.
  • Molares— trituram os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície de mordida.
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Fonte:Colgate

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Reações de Hipersensibilidade







Tipos:

Hipersensibilidade Tipo I - Conhecida como emediata ou hipersensibilidade anafilática, pode envolver pele, ossos, nasofaringe, tecidos broncopulmonares e trato gastro intestinal. O mecanismo da reação envolve produção preferencial de Ige em resposta a certos antigenos(Alérgicos)

Hipersensibildade tipo II - Conhecida como hipersensibilidade citotóxica e pode afetar uma variedade de orgãos e tecidos. É primariamente mediada por anticorpos das classes IgM, IgG e complemento, resultando na destruição da célula, a qual o antigeno estar aderido. Um exemplo é a anemia hemolítica do recem nascido.

Hipersensibilidade tipo III - Conhecida como hipersensibilidade imuno complexa. A reação pode ser geral ou envolve orgãos individuais ou envolve pele, rins,pulmões, vasos sanguíneos, juntas ou outros orgãos. A reação deve levar de 3 a 10 horas apos a exposição ao antigeno. São na maioria de classe igG embora IgM também possa estar envolvida.

Hipersensibilidade tipo IV - Conhecida como mediada por células ou tardia. São mediadas por células T. Após a ativação a célula T libera citocinas que levam ao acumulo e a ativação de macrófagos causando danos locais, ocorre de um a dois dias apos um novo contato com o antigeno.

Hipersensibilidade tipo V - Este tipo de hipersensibilidade foi recentemente classificado como tal e se baseia  de que algum elemento da resposta imune pode estimular uma função orgânica. O exemplo mais caracteristico é o que ocorre com individuos que produzem anticorpos ANTI recepetores de TSH. Os anticorpos se ligam nesses receptores simulando a ação do TSH e induzem as glândulas a liberar hormonios tireoideanos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Materiais restauradores de acordo com a cavidade.



Cavidades superficiais
  • Cavidade em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária. Não se aplica nenhum material de proteção pulpar apenas o material restaurador.

Cavidade Rasa

  • Cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material restaurador.

Cavidade Média

  • Cavidades com mais de 1mm  e menos 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário
  • Restaurações em amalgama: Verniz Cavitário ou adesivo

Cavidades profundas

  • Cavidade com mais de 0,5 mm e menos de 1mm de estrutura remanecente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações com resina composta: CIV e adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgama: IRM e verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas

  • Cavidade com mais de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa
  • Restaurações em resina composta: Hca, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações em Amalgama: Hca,IRM,Verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta no preparo em algum ponto
  • Restaurações em resina composta: Hca p.A, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgáma: Hca Pa, IRM, Verniz cavitário