domingo, 1 de maio de 2016

Classificação das Retrações Gengivais



Inicialmente Sullivan e Atkins (1968), classificaram as recessões em: rasas e estreitas, rasas e largas, profundas e estreitas e profundas e largas. Os autores basearam-se apenas em uma avaliação subjetiva, que gerava dúvidas com relação ao prognóstico. Por outro lado, a classificação preconizada por Miller (1985), baseiase em medidas entre a margem gengival, a junção mucogengival e a perda óssea interdentária. Dessa maneira, a classificação de Miller permite uma maior precisão no prognóstico com relação à previsibilidade de cobertura radicular. Sendo assim, segundo Miller (1985), as recessões podem ser classificadas em: 


Classe I - recessão do tecido marginal que não se estende até a junção mucogengival. Não há perda de osso ou de tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe II - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. Não há perda de osso ou tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe III - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. A perda de osso ou tecido mole interdentais é apical em relação à junção cemento-esmalte, porém coronária à extensão apical da retração do tecido marginal. Previsão de cobertura radicular parcial; 


Classe IV - recessão marginal se estendendo além da junção mucogengival. A perda do osso interdental se estende até um nível apical em relação à extensão da retração do tecido marginal. Não há previsão de cobertura radicular pelos métodos cirúrgicos convencionais. 

Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126122.pdf
Fonte da Foto: http://odontoup.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Classe-II.png

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Classificação das Lesões de Furca

 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA:



 Os sistemas de graduação do envolvimento de furca foram propostos, com base na intensidade da penetração da sondagem vertical e horizontal na bifurcação. Heins e Canter 1968 classificaram o envolvimento de furca baseado na localização e quantidade de paredes ósseas dentro dos defeitos de furca. Glickman 1958 descreveu quatro classes de envolvimento de furca divididas quanto à extensão da invasão da furca horizontal. Rosenberg 1978 baseou-se nos tipos de defeitos ósseos horizontais, verticais e de cratera dentro das áreas inter-radiculares. Riccheti 1982 baseou-se na relação entre a câmara pulpar e a furca e a perda óssea vertical radiográfica. Glickman (1958) foi o primeiro a classificar as lesões de furca:

 GRAU I : pequena perda óssea, osso interradicular intacto.

GRAU II : perda óssea interradicular é visível radiograficamente. 

GRAU III : completa perda de osso interradicular e radiograficamente nota-se área radiolúcida triangular, furca não é visível clinicamente.
 GRAU IV : similar ao grau III, porém com recessão gengival tornando a furca visível clinicamente.


Hamp et al. (1975) descreveu a classificação baseado em perda óssea horizontal:

 Classe I, perda óssea horizontal até 3mm.

 Classe II perda óssea horizontal maior que 3mm, mas que não ultrapassa totalmente a furca.

 Classe III significativa perda horizontal com comunicação.

Esta classificação tem a colaboração de Lindhe e Nyman(1975). Guey et al 1998 , ao comparar as primeiras classificações de envolvimento de furca , notaram que não havia dados quanto à extensão vertical da invasão de furca relacionados a um comprimento diferente do tronco radicular. Guey e colaboradores (1998) usaram amostras de estudo de 70 primeiros molares superiores, 96 segundos molares superiores, 103 primeiros molares inferiores e 97 segundos molares inferiores, forma selecionados e não tinham raízes fundidas e sem restaurações para não comprometer a mensuração exata da dimensão vertical do tronco e do comprimento radiculares. Esta classificação proposta dos molares pode fornecer mais informações para determinar as Perda de Inserção, Perda Osso Alveolar, tipos e dimensões dos troncos radiculares, correlacionados com o diagnóstico e o prognóstico de envolvimento de furca de molar , mas é muito complexa , portanto vamos nos fixar na classificação mais clássica de lesão de furca no sentido horizontal que é a de Hamp , Nyman , Lindhe (1975): CLASSE I-Perda Horizontal do tecido periodontal de suporte não exedendo 1/3 da largura do dente CLASSE II-Perda horizontal do tecido de suporte exedendo 1/3 da largura do dente.
CLASSE III- Destruição horizontal de lado a lado dos tecidos periodontais na área da furca.

Fonte da imagem: http://perioclinic.blogspot.com.br/p/envolvimento-endodontico-e-periodontal.html
Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126098.pdf

domingo, 5 de julho de 2015

Des-Re: "Desmineralização e Remineralização"







Para a compreensão o dos fenômenos que se traduzem no processo Des-Re: "Desmineralização e Remineralização" . Para desenvolve-lo, consideraremos, a seguir, as seguintes etapas ou estágios:


1 — Estágio do equilíbrio dinâmico
2 — Estágio da desmineralização
3 — Estágio da remineralização

Estágio do equilíbrio dinâmico:

Caracteriza-se por um equilíbrio nas trocas iônicas que se verificam entre o esmalte e o meio ambiente . Em outras palavras, a quantidade de íons "perdidos" pelo esmalte (DES) a igual ou semelhante aquela que o meio ambiente (placa ou saliva)  fornece (RE).

Estágio de Desmineralização:

Este equilíbrio poderá ser rompido se, por exemplo, houver uma acentuada ou prolongada ingestão de carboidratos, sem a imediata limpeza dos dentes e anexos. Nesta situação, os açucares disponíveis serão metabolizados pelas bactérias acidogênicas da placa dental. Formar-se-a"o ácidos que vão se difundir na placa, em todas as direcões e sentidos, dentre os quais o do esmalte e da superfície externa . O pH baixa na intimidade da placa. Os ácidos que se difundiram no sentido da saliva determinam, também , uma queda no pH desta. Cinco minutos apos a ingesta"o dos carboidratos, o pH da placa dental pode atingir 4.8, 4.0 e ate menos . Nesta situação "o, e como o pH critico para a dissolução da apatita e 5 .5, os ácidos que contactam com o esmalte, rompem ligações moleculares da estrutura da hidroxiapatita, liberando grandes quantidades de ion s Ca+ e radicais PO 4 -.

Estágio de Remineralização:

O quadro de desmineralizacão , desde que sem cavitação, poderá se revertido nas seguintes situações: 
a) Ainda em presença da placa dental tornada inativa ou com fraca atuação.
b) Sem a presença da placa, em condições naturais ou ainda com uma atuação dirigida. 

No primeiro caso, existindo uma placa dental inativa, ou de fraca atua - determinada pela baixa ou infrequente ingestão de carboidratos e/ou razoáveis condições de higiene bucal , que mesmo sem elimina-la, tornem-na de um baixo potencial de atuação, verifica-se que: 
- Os ácidos produzidos na placa dental se difundem em todos os sentidos, inclusive para a saliva ;
- A presença de ácidos junto a saliva proporciona uma estimulação das glândulas salivares determinando um aumento do fluxo salivar; 
- O fluxo salivar aumentado promove uma lavagem mais acentuada junto as estruturas dentais, o que se traduz em uma ação mecânica de limpeza — são removidas substancias e elementos diversos; —havendo uma maior quantidade de saliva,  em consequência , maior quantidade de seus componentes, dentre os quais os chamados de tampões; - os tampões regulam o pH, elevando-o, em busca da neutralidade. 
Todos estes fatores, associados a maior presença de íons inorgânicos na saliva, sobretudo o Cálcio e o Fósforo , determinam uma reversão no sentido de seu fluxo. Ambos se dirigem preponderantemente da saliva para a placa e desta para o esmalte, determinando o predomínio da Remineralização sobre a desmineralização . 






Fonte: http://www.uel.br/pessoal/buzato/pages/arquivos/seminarios/B5.pdf.pdf






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Anatomia dos dentes e Nomenclatura Básica

  • Coroa— parte superior do dente, geralmente é a única parte visível. O formato da coroa determina a função do dente. Por exemplo, os dentes anteriores são mais afiados, têm a forma de um cinzel e servem para cortar, enquanto os molares têm superfície plana e servem para triturar os alimentos.
  • Linha de junção dos dentes e da gengiva—sem a escovação e uso adequado do fio dental, nesta área podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e outros males.
  • Raiz—parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou menos dois terços do seu tamanho.
  • Estrutura do dente
  • Esmalte— a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode ser danificado se os dentes não forem higienizados adequadamente.
  • Dentina— camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa do dente.
  • Polpa—tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sangüíneos. Quando a cárie atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Quais são os nomes dos dentes?
Cada dente tem uma função ou tarefa específica (Consulte a ilustração do arco dental nesta seção e identifique cada tipo de dente):
  • Incisivos— dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro inferiores) para cortar os alimentos.
  • Caninos— dentes com pontas agudas (cúspides) que rasgam os alimentos..
  • Pré-molares— dentes com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os alimentos.
  • Molares— trituram os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície de mordida.
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Fonte:Colgate

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Reações de Hipersensibilidade







Tipos:

Hipersensibilidade Tipo I - Conhecida como emediata ou hipersensibilidade anafilática, pode envolver pele, ossos, nasofaringe, tecidos broncopulmonares e trato gastro intestinal. O mecanismo da reação envolve produção preferencial de Ige em resposta a certos antigenos(Alérgicos)

Hipersensibildade tipo II - Conhecida como hipersensibilidade citotóxica e pode afetar uma variedade de orgãos e tecidos. É primariamente mediada por anticorpos das classes IgM, IgG e complemento, resultando na destruição da célula, a qual o antigeno estar aderido. Um exemplo é a anemia hemolítica do recem nascido.

Hipersensibilidade tipo III - Conhecida como hipersensibilidade imuno complexa. A reação pode ser geral ou envolve orgãos individuais ou envolve pele, rins,pulmões, vasos sanguíneos, juntas ou outros orgãos. A reação deve levar de 3 a 10 horas apos a exposição ao antigeno. São na maioria de classe igG embora IgM também possa estar envolvida.

Hipersensibilidade tipo IV - Conhecida como mediada por células ou tardia. São mediadas por células T. Após a ativação a célula T libera citocinas que levam ao acumulo e a ativação de macrófagos causando danos locais, ocorre de um a dois dias apos um novo contato com o antigeno.

Hipersensibilidade tipo V - Este tipo de hipersensibilidade foi recentemente classificado como tal e se baseia  de que algum elemento da resposta imune pode estimular uma função orgânica. O exemplo mais caracteristico é o que ocorre com individuos que produzem anticorpos ANTI recepetores de TSH. Os anticorpos se ligam nesses receptores simulando a ação do TSH e induzem as glândulas a liberar hormonios tireoideanos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Materiais restauradores de acordo com a cavidade.



Cavidades superficiais
  • Cavidade em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária. Não se aplica nenhum material de proteção pulpar apenas o material restaurador.

Cavidade Rasa

  • Cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material restaurador.

Cavidade Média

  • Cavidades com mais de 1mm  e menos 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário
  • Restaurações em amalgama: Verniz Cavitário ou adesivo

Cavidades profundas

  • Cavidade com mais de 0,5 mm e menos de 1mm de estrutura remanecente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações com resina composta: CIV e adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgama: IRM e verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas

  • Cavidade com mais de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa
  • Restaurações em resina composta: Hca, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações em Amalgama: Hca,IRM,Verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta no preparo em algum ponto
  • Restaurações em resina composta: Hca p.A, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgáma: Hca Pa, IRM, Verniz cavitário

domingo, 23 de novembro de 2014

Tratamento Expectante







O que é?


Tratamento expectante consiste inicialmente na remoção de parte do tecido cariado amarelado e amolecido da cavidade mais profunda e de todo tecido infectado das paredes circundantes com o objetivo de evitar a exposição pulpar e possibilitar reações no complexo dentina-polpa através da colocação de materiais forradores sobre esse substrato, minimizando com isso a necessidade de tratamento endodontico. Apos periodos variados de tempo 45 dias a 2 anos essa cavidade é reaberta para a remoção para remoção do tecido cariado remanescente e realização de restauração definitiva.