quinta-feira, 14 de julho de 2016

Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?

Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?


Como calcular o volume máximo de uma solução anestésica:



Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: concentração do anestésico na solução, doses máximas recomendadas e peso corporal do paciente.

Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 mL de solução, ou 20mg/mL. Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg, 30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução.
Exemplificando:

Solução de lidocaína a 2%
Contém 2g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL
20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg

Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36 mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%.



Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal


Dose máxima para um adulto com 60kg
60 x 4,4 = 264 mg

264 mg ÷ 36 mg = 7,3 tubetes

Portanto, o volume máximo de suma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60 kg, é equivalente ao contido em aproximadamente 7 tubetes.


Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)

Anestésico Local
Dose máxima (por kg peso corporal)
Número de tubetes (1,8 mL) para adultos com 60kg
Máximo absoluto (independente do peso)
Lidocaina 2%
4,4 mg
7
300mg
Lidcaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300 mg
Mepivacaina 2%
4,4 mg
7
300 mg
Mepivacaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300mg
Articaína
7 mg
5 e meio
500mg
Prilocaina 3%
6 mg
6 e meio
400mg
Bupivacaina 0,5%
1,3 mg
8 e meio
90mg

 
Fonte: "Terapêutica Medicamentosa em Odontologia" Eduardo Dias de Andrade.

domingo, 1 de maio de 2016

Classificação das Retrações Gengivais



Inicialmente Sullivan e Atkins (1968), classificaram as recessões em: rasas e estreitas, rasas e largas, profundas e estreitas e profundas e largas. Os autores basearam-se apenas em uma avaliação subjetiva, que gerava dúvidas com relação ao prognóstico. Por outro lado, a classificação preconizada por Miller (1985), baseiase em medidas entre a margem gengival, a junção mucogengival e a perda óssea interdentária. Dessa maneira, a classificação de Miller permite uma maior precisão no prognóstico com relação à previsibilidade de cobertura radicular. Sendo assim, segundo Miller (1985), as recessões podem ser classificadas em: 


Classe I - recessão do tecido marginal que não se estende até a junção mucogengival. Não há perda de osso ou de tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe II - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. Não há perda de osso ou tecido mole interdentais. Previsão de 100% de cobertura radicular; 


Classe III - recessão do tecido marginal se estende até ou além da junção mucogengival. A perda de osso ou tecido mole interdentais é apical em relação à junção cemento-esmalte, porém coronária à extensão apical da retração do tecido marginal. Previsão de cobertura radicular parcial; 


Classe IV - recessão marginal se estendendo além da junção mucogengival. A perda do osso interdental se estende até um nível apical em relação à extensão da retração do tecido marginal. Não há previsão de cobertura radicular pelos métodos cirúrgicos convencionais. 

Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126122.pdf
Fonte da Foto: http://odontoup.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Classe-II.png

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Classificação das Lesões de Furca

 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA:



 Os sistemas de graduação do envolvimento de furca foram propostos, com base na intensidade da penetração da sondagem vertical e horizontal na bifurcação. Heins e Canter 1968 classificaram o envolvimento de furca baseado na localização e quantidade de paredes ósseas dentro dos defeitos de furca. Glickman 1958 descreveu quatro classes de envolvimento de furca divididas quanto à extensão da invasão da furca horizontal. Rosenberg 1978 baseou-se nos tipos de defeitos ósseos horizontais, verticais e de cratera dentro das áreas inter-radiculares. Riccheti 1982 baseou-se na relação entre a câmara pulpar e a furca e a perda óssea vertical radiográfica. Glickman (1958) foi o primeiro a classificar as lesões de furca:

 GRAU I : pequena perda óssea, osso interradicular intacto.

GRAU II : perda óssea interradicular é visível radiograficamente. 

GRAU III : completa perda de osso interradicular e radiograficamente nota-se área radiolúcida triangular, furca não é visível clinicamente.
 GRAU IV : similar ao grau III, porém com recessão gengival tornando a furca visível clinicamente.


Hamp et al. (1975) descreveu a classificação baseado em perda óssea horizontal:

 Classe I, perda óssea horizontal até 3mm.

 Classe II perda óssea horizontal maior que 3mm, mas que não ultrapassa totalmente a furca.

 Classe III significativa perda horizontal com comunicação.

Esta classificação tem a colaboração de Lindhe e Nyman(1975). Guey et al 1998 , ao comparar as primeiras classificações de envolvimento de furca , notaram que não havia dados quanto à extensão vertical da invasão de furca relacionados a um comprimento diferente do tronco radicular. Guey e colaboradores (1998) usaram amostras de estudo de 70 primeiros molares superiores, 96 segundos molares superiores, 103 primeiros molares inferiores e 97 segundos molares inferiores, forma selecionados e não tinham raízes fundidas e sem restaurações para não comprometer a mensuração exata da dimensão vertical do tronco e do comprimento radiculares. Esta classificação proposta dos molares pode fornecer mais informações para determinar as Perda de Inserção, Perda Osso Alveolar, tipos e dimensões dos troncos radiculares, correlacionados com o diagnóstico e o prognóstico de envolvimento de furca de molar , mas é muito complexa , portanto vamos nos fixar na classificação mais clássica de lesão de furca no sentido horizontal que é a de Hamp , Nyman , Lindhe (1975): CLASSE I-Perda Horizontal do tecido periodontal de suporte não exedendo 1/3 da largura do dente CLASSE II-Perda horizontal do tecido de suporte exedendo 1/3 da largura do dente.
CLASSE III- Destruição horizontal de lado a lado dos tecidos periodontais na área da furca.

Fonte da imagem: http://perioclinic.blogspot.com.br/p/envolvimento-endodontico-e-periodontal.html
Fonte: http://ns.abopr.org.br/imagens/biblioteca/1267126098.pdf

domingo, 5 de julho de 2015

Des-Re: "Desmineralização e Remineralização"







Para a compreensão o dos fenômenos que se traduzem no processo Des-Re: "Desmineralização e Remineralização" . Para desenvolve-lo, consideraremos, a seguir, as seguintes etapas ou estágios:


1 — Estágio do equilíbrio dinâmico
2 — Estágio da desmineralização
3 — Estágio da remineralização

Estágio do equilíbrio dinâmico:

Caracteriza-se por um equilíbrio nas trocas iônicas que se verificam entre o esmalte e o meio ambiente . Em outras palavras, a quantidade de íons "perdidos" pelo esmalte (DES) a igual ou semelhante aquela que o meio ambiente (placa ou saliva)  fornece (RE).

Estágio de Desmineralização:

Este equilíbrio poderá ser rompido se, por exemplo, houver uma acentuada ou prolongada ingestão de carboidratos, sem a imediata limpeza dos dentes e anexos. Nesta situação, os açucares disponíveis serão metabolizados pelas bactérias acidogênicas da placa dental. Formar-se-a"o ácidos que vão se difundir na placa, em todas as direcões e sentidos, dentre os quais o do esmalte e da superfície externa . O pH baixa na intimidade da placa. Os ácidos que se difundiram no sentido da saliva determinam, também , uma queda no pH desta. Cinco minutos apos a ingesta"o dos carboidratos, o pH da placa dental pode atingir 4.8, 4.0 e ate menos . Nesta situação "o, e como o pH critico para a dissolução da apatita e 5 .5, os ácidos que contactam com o esmalte, rompem ligações moleculares da estrutura da hidroxiapatita, liberando grandes quantidades de ion s Ca+ e radicais PO 4 -.

Estágio de Remineralização:

O quadro de desmineralizacão , desde que sem cavitação, poderá se revertido nas seguintes situações: 
a) Ainda em presença da placa dental tornada inativa ou com fraca atuação.
b) Sem a presença da placa, em condições naturais ou ainda com uma atuação dirigida. 

No primeiro caso, existindo uma placa dental inativa, ou de fraca atua - determinada pela baixa ou infrequente ingestão de carboidratos e/ou razoáveis condições de higiene bucal , que mesmo sem elimina-la, tornem-na de um baixo potencial de atuação, verifica-se que: 
- Os ácidos produzidos na placa dental se difundem em todos os sentidos, inclusive para a saliva ;
- A presença de ácidos junto a saliva proporciona uma estimulação das glândulas salivares determinando um aumento do fluxo salivar; 
- O fluxo salivar aumentado promove uma lavagem mais acentuada junto as estruturas dentais, o que se traduz em uma ação mecânica de limpeza — são removidas substancias e elementos diversos; —havendo uma maior quantidade de saliva,  em consequência , maior quantidade de seus componentes, dentre os quais os chamados de tampões; - os tampões regulam o pH, elevando-o, em busca da neutralidade. 
Todos estes fatores, associados a maior presença de íons inorgânicos na saliva, sobretudo o Cálcio e o Fósforo , determinam uma reversão no sentido de seu fluxo. Ambos se dirigem preponderantemente da saliva para a placa e desta para o esmalte, determinando o predomínio da Remineralização sobre a desmineralização . 






Fonte: http://www.uel.br/pessoal/buzato/pages/arquivos/seminarios/B5.pdf.pdf






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Anatomia dos dentes e Nomenclatura Básica

  • Coroa— parte superior do dente, geralmente é a única parte visível. O formato da coroa determina a função do dente. Por exemplo, os dentes anteriores são mais afiados, têm a forma de um cinzel e servem para cortar, enquanto os molares têm superfície plana e servem para triturar os alimentos.
  • Linha de junção dos dentes e da gengiva—sem a escovação e uso adequado do fio dental, nesta área podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e outros males.
  • Raiz—parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou menos dois terços do seu tamanho.
  • Estrutura do dente
  • Esmalte— a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode ser danificado se os dentes não forem higienizados adequadamente.
  • Dentina— camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa do dente.
  • Polpa—tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sangüíneos. Quando a cárie atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Quais são os nomes dos dentes?
Cada dente tem uma função ou tarefa específica (Consulte a ilustração do arco dental nesta seção e identifique cada tipo de dente):
  • Incisivos— dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro inferiores) para cortar os alimentos.
  • Caninos— dentes com pontas agudas (cúspides) que rasgam os alimentos..
  • Pré-molares— dentes com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os alimentos.
  • Molares— trituram os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície de mordida.
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teeth
Fonte:Colgate

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Reações de Hipersensibilidade







Tipos:

Hipersensibilidade Tipo I - Conhecida como emediata ou hipersensibilidade anafilática, pode envolver pele, ossos, nasofaringe, tecidos broncopulmonares e trato gastro intestinal. O mecanismo da reação envolve produção preferencial de Ige em resposta a certos antigenos(Alérgicos)

Hipersensibildade tipo II - Conhecida como hipersensibilidade citotóxica e pode afetar uma variedade de orgãos e tecidos. É primariamente mediada por anticorpos das classes IgM, IgG e complemento, resultando na destruição da célula, a qual o antigeno estar aderido. Um exemplo é a anemia hemolítica do recem nascido.

Hipersensibilidade tipo III - Conhecida como hipersensibilidade imuno complexa. A reação pode ser geral ou envolve orgãos individuais ou envolve pele, rins,pulmões, vasos sanguíneos, juntas ou outros orgãos. A reação deve levar de 3 a 10 horas apos a exposição ao antigeno. São na maioria de classe igG embora IgM também possa estar envolvida.

Hipersensibilidade tipo IV - Conhecida como mediada por células ou tardia. São mediadas por células T. Após a ativação a célula T libera citocinas que levam ao acumulo e a ativação de macrófagos causando danos locais, ocorre de um a dois dias apos um novo contato com o antigeno.

Hipersensibilidade tipo V - Este tipo de hipersensibilidade foi recentemente classificado como tal e se baseia  de que algum elemento da resposta imune pode estimular uma função orgânica. O exemplo mais caracteristico é o que ocorre com individuos que produzem anticorpos ANTI recepetores de TSH. Os anticorpos se ligam nesses receptores simulando a ação do TSH e induzem as glândulas a liberar hormonios tireoideanos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Materiais restauradores de acordo com a cavidade.



Cavidades superficiais
  • Cavidade em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária. Não se aplica nenhum material de proteção pulpar apenas o material restaurador.

Cavidade Rasa

  • Cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material restaurador.

Cavidade Média

  • Cavidades com mais de 1mm  e menos 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário
  • Restaurações em amalgama: Verniz Cavitário ou adesivo

Cavidades profundas

  • Cavidade com mais de 0,5 mm e menos de 1mm de estrutura remanecente entre o assoalho e a polpa.
  • Restaurações com resina composta: CIV e adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgama: IRM e verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas

  • Cavidade com mais de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa
  • Restaurações em resina composta: Hca, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações em Amalgama: Hca,IRM,Verniz cavitário ou adesivo e CIV

Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta no preparo em algum ponto
  • Restaurações em resina composta: Hca p.A, CIV, adesivo dentinário
  • Restaurações com amalgáma: Hca Pa, IRM, Verniz cavitário